A média de Minas está acima da constatada nas estradas brasileira, que é de 57%
Minas Gerais tem 61,3% da sua malha rodoviária considerada ruim, regular ou péssima, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta quarta-feira (17). Apenas 38,7% das estradas do Estado foram avaliadas como boa ou ótima.
A média de Minas está um pouco acima da brasileira, que teve 57% da malha rodoviária avaliada como ruim, péssima ou regular. No ano passado, 61,8% das rodovias brasileiras estavam nestas condições.
A CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais também pavimentados no Brasil.
"A variável que contribuiu para a mudança dos dados foi a sinalização, que inclui placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas – elementos inseridos nas vias com a finalidade de reduzir o impacto de possíveis colisões", informou a CNT.
A pesquisa também revela que as condições da geometria das rodovias preocupam, pois 75,7% foram classificadas como regular, ruim ou péssima. A situação do pavimento também é deficiente em 50,9% da extensão total avaliada.
"Outro número que aparece em destaque no estudo é o aumento de pontos críticos, que passaram de 363 em 2017, para 454 casos em 2018. Esses pontos podem ser classificados como situações graves que ocorrem na via e podem trazer riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais de operação, devido à possibilidade de dano severo aos veículos, aumento do tempo de viagem ou elevação da despesa com combustível. Entre os principais identificados pela CNT estão quedas de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e trechos com buracos grandes", informou a CNT.
A pesquisa mostrou também que "as condições do pavimento das rodovias representam acréscimo médio do custo operacional do transporte da ordem de 26,7%". Essas deficiências impactam diretamente na manutenção dos veículos, com maior desgaste de pneus e freios e aumento do consumo de combustível.