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A mobilidade veicular caminha para a regionalização, segundo o diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a América Latina, João Irineu Medeiros, em entrevista ao Portal SIAMIG, durante a Conferência Internacional da Datagro, nos dias 28 e 29 de outubro.
Portal SIAMIG - Como o senhor enxerga o futuro da mobilidade veicular?
João Irineu Medeiros - Cada país tem uma matriz energética local e de fácil acesso, o que permite a viabilização de uma série de tecnologias. Além de que a mobilidade está se tornando mais complexa devido aos diversos regulamentos em relação ao gás carbônico, por causa do efeito estufa, e de outros gases que fazem mal para a saúde, então, cada país terá que olhar para sua matriz e escolher quais tecnologias e recursos irá utilizar para atender esses regulamentos.
Portal SIAMIG - O senhor acredita que isso já esteja acontecendo?
João Irineu Medeiros - Sim. A definição dos objetivos de emissão de CO2 para o Brasil, por exemplo, já foram estipulados nos próximos anos levando em consideração os aspectos renováveis do etanol. Na Europa, eles terão que utilizar a eletrificação de alta voltagem, assim como na China e EUA, que não contam hoje em sua base com uma matriz energética de combustível renovável. Esses países terão que implantar a eletrificação, já o Brasil tem o combustível renovável, o qual, em termos de custo, é muito mais efetivo do que a eletrificação de alta voltagem.
Portal SIAMIG - Foi feito um marketing forte em cima dos carros elétricos, o senhor acha que agora está se fazendo uma análise mais crítica sobre esses veículos?
João Irineu Medeiros - A bateria do carro elétrico continua cara ou na ordem de US$ 9 mil, e, neste sentido, a gente tem que lembrar que a segmentação do portfólio de produtos de mercado tem como o maior volume os carros mais baratos, absorver este valor não seria factível do ponto de vista econômico. A utilização da bateria demanda energia elétrica para carregá-la que deveria vir de uma fonte limpa, em outros países ela vem do carvão mineral e emite gás carbônico, então, não faz sentido fazer um carro que não emite e que é abastecido de fonte emissora. A eletrificação nasceu como alternativa à redução da poluição automotiva há muitos anos, mas fomos observando alternativas mais efetivas do que a eletrificação como no caso do Brasil.
Portal SIAMIG - Haveria espaço para o etanol nesses outros países?
João Irineu Medeiros - Sim, essa discussão é ecológica e econômica. A China e EUA já discutem a possibilidade de acréscimo do etanol na gasolina como forma alternativa de diminuir as emissões. Acho que deveríamos investir na divulgação do etanol, porque os outros países vão precisar de soluções economicamente mais efetivas do que o carro elétrico, para atender suas demandas. Olho para o Brasil, para os países da América Latina, asiáticos, africanos, que vão precisar de uma fonte de energia limpa como a nossa e poderá ser uma grande oportunidade para a nossa indústria do etanol.
Fonte: Gerência Comunicação SIAMIG
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A mobilidade veicular caminha para a regionalização, segundo o diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a América Latina, João Irineu Medeiros, em entrevista ao Portal SIAMIG, durante a Conferência Internacional da Datagro, nos dias 28 e 29 de outubro.
Portal SIAMIG - Como o senhor enxerga o futuro da mobilidade veicular?
João Irineu Medeiros - Cada país tem uma matriz energética local e de fácil acesso, o que permite a viabilização de uma série de tecnologias. Além de que a mobilidade está se tornando mais complexa devido aos diversos regulamentos em relação ao gás carbônico, por causa do efeito estufa, e de outros gases que fazem mal para a saúde, então, cada país terá que olhar para sua matriz e escolher quais tecnologias e recursos irá utilizar para atender esses regulamentos.
Portal SIAMIG - O senhor acredita que isso já esteja acontecendo?
João Irineu Medeiros - Sim. A definição dos objetivos de emissão de CO2 para o Brasil, por exemplo, já foram estipulados nos próximos anos levando em consideração os aspectos renováveis do etanol. Na Europa, eles terão que utilizar a eletrificação de alta voltagem, assim como na China e EUA, que não contam hoje em sua base com uma matriz energética de combustível renovável. Esses países terão que implantar a eletrificação, já o Brasil tem o combustível renovável, o qual, em termos de custo, é muito mais efetivo do que a eletrificação de alta voltagem.
Portal SIAMIG - Foi feito um marketing forte em cima dos carros elétricos, o senhor acha que agora está se fazendo uma análise mais crítica sobre esses veículos?
João Irineu Medeiros - A bateria do carro elétrico continua cara ou na ordem de US$ 9 mil, e, neste sentido, a gente tem que lembrar que a segmentação do portfólio de produtos de mercado tem como o maior volume os carros mais baratos, absorver este valor não seria factível do ponto de vista econômico. A utilização da bateria demanda energia elétrica para carregá-la que deveria vir de uma fonte limpa, em outros países ela vem do carvão mineral e emite gás carbônico, então, não faz sentido fazer um carro que não emite e que é abastecido de fonte emissora. A eletrificação nasceu como alternativa à redução da poluição automotiva há muitos anos, mas fomos observando alternativas mais efetivas do que a eletrificação como no caso do Brasil.
Portal SIAMIG - Haveria espaço para o etanol nesses outros países?
João Irineu Medeiros - Sim, essa discussão é ecológica e econômica. A China e EUA já discutem a possibilidade de acréscimo do etanol na gasolina como forma alternativa de diminuir as emissões. Acho que deveríamos investir na divulgação do etanol, porque os outros países vão precisar de soluções economicamente mais efetivas do que o carro elétrico, para atender suas demandas. Olho para o Brasil, para os países da América Latina, asiáticos, africanos, que vão precisar de uma fonte de energia limpa como a nossa e poderá ser uma grande oportunidade para a nossa indústria do etanol.
Fonte: Gerência Comunicação SIAMIG