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A partir de 2025, todos os carros novos comercializados no Brasil terão de atender à oitava fase do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores).
Haverá médias corporativas de emissões a serem atingidas pelas montadoras. Por exemplo: se a fabricante oferece carros compactos cujas emissões estejam acima dessa média, será preciso comercializar outros produtos que estejam abaixo. Aí entram o sistema híbrido flex e os carros 100% elétricos, que ajudarão a reduzir os níveis de poluentes e CO2 gerados pelas frotas.
Como o Proconve L8 terá três fases (implementadas em 2025, 2027 e 2029), as fabricantes têm feitos anúncios de aportes para os próximos cinco anos.
A última etapa será bem rigorosa. A média corporativa de emissões cairá a um nível que não permitirá a comercialização de carros sem algum nível de eletrificação. Dessa forma, os carros 1.0 de menor preço deverão trazer ao menos o sistema conhecido como híbrido leve, que consiste em um alternador de maior potência. Essa tecnologia auxilia nas partidas e arrancadas, ajudando a reduzir o consumo no trânsito.
A terceira fase também vai marcar o aumento da produção de veículos 100% elétricos no Brasil. Empresas como a Volkswagen preveem novidades para o fim da década.
Os primeiros carros puramente elétricos feitos no país chegarão ao mercado entre 2025 e 2026. As chinesas GWM e BYD devem sair na frente, enquanto a nacional Lecar acelera o processo de desenvolvimento e homologação de seus produtos. Já os híbridos flex chegam antes. O grupo Stellantis promete lançar suas primeiras opções no segundo semestre deste ano.
No início de 2025, será a vez do Toyota Yaris Cross, com produção em Sorocaba (interior de São Paulo). Hoje, a marca japonesa é a única a oferecer modelos capazes de conciliar etanol, gasolina e eletricidade, tecnologia disponível em versões da linha Corolla.
Por ter matriz energética mais limpa e acesso a combustíveis renováveis, o Brasil é também parte importante das estratégias globais de descarbonização das montadoras.
Os investimentos destinados pelas matrizes ao país estiveram congelados por algum tempo por causa da pandemia e dos gastos com soluções elétricas para mercado europeu.
Mas a velocidade desse processo começou a diminuir em 2023, o que fez as empresas olharem mais para mercados emergentes e revisar metas de eletrificação.
Ciclo atual remete à antiga disputa com carros chineses e sul-coreanos
O que ocorre agora no Brasil é semelhante à movimentação do início da década passada, quando a obrigatoriedade de airbags frontais e freios com ABS (sistema que evita o travamento das rodas em freadas emergenciais) levou a grandes investimentos e mudanças nas linhas de produtos. Naquela época, uma das preocupações das montadoras era o aumento da participação em vendas de veículos importados da Coreia do Sul e da China.
Embora pagassem Imposto de Importação (alíquota de 35%), esses carros chegavam ao país com preços competitivos e já adequados às normas que estavam prestes a entrar em vigor.
Em meio a protestos de montadoras instaladas no Brasil, foi estipulada uma sobretaxa de 30% conciliada a um regime de cotas.
Quem ultrapassasse os volumes preestabelecidos teria de pagar a tarifa adicional.
A implementação dessas medidas ocorreu entre 2011 e 2012 —dando origem ao programa Inovar-Auto, que estimulava a produção nacional de automóveis e componentes.
Agora, a preocupação das empresas recai sobre os carros eletrificados chineses. A pressão das montadoras instaladas há mais tempo no Brasil já resultou no retorno do Imposto de Importação —até 2023, carros híbridos e elétricos estavam isentos. Outra prova de que as conversas com o governo têm sido satisfatórias para as fabricantes de veículos está no programa Mover (Mobilidade Verde).
Um dos pontos prevê mudanças no IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), que vai privilegiar as tecnologias híbridas flex. As empresas aguardam isenção do tributo para carros que rodam com etanol, gasolina e eletricidade.
Fonte: Folha de São Paulo
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A última etapa será bem rigorosa. A média corporativa de emissões cairá a um nível que não permitirá a comercialização de carros sem algum nível de eletrificação. Dessa forma, os carros 1.0 de menor preço deverão trazer ao menos o sistema conhecido como híbrido leve, que consiste em um alternador de maior potência. Essa tecnologia auxilia nas partidas e arrancadas, ajudando a reduzir o consumo no trânsito.
A terceira fase também vai marcar o aumento da produção de veículos 100% elétricos no Brasil. Empresas como a Volkswagen preveem novidades para o fim da década.
Os primeiros carros puramente elétricos feitos no país chegarão ao mercado entre 2025 e 2026. As chinesas GWM e BYD devem sair na frente, enquanto a nacional Lecar acelera o processo de desenvolvimento e homologação de seus produtos. Já os híbridos flex chegam antes. O grupo Stellantis promete lançar suas primeiras opções no segundo semestre deste ano.
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Mas a velocidade desse processo começou a diminuir em 2023, o que fez as empresas olharem mais para mercados emergentes e revisar metas de eletrificação.
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O que ocorre agora no Brasil é semelhante à movimentação do início da década passada, quando a obrigatoriedade de airbags frontais e freios com ABS (sistema que evita o travamento das rodas em freadas emergenciais) levou a grandes investimentos e mudanças nas linhas de produtos. Naquela época, uma das preocupações das montadoras era o aumento da participação em vendas de veículos importados da Coreia do Sul e da China.
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Agora, a preocupação das empresas recai sobre os carros eletrificados chineses. A pressão das montadoras instaladas há mais tempo no Brasil já resultou no retorno do Imposto de Importação —até 2023, carros híbridos e elétricos estavam isentos. Outra prova de que as conversas com o governo têm sido satisfatórias para as fabricantes de veículos está no programa Mover (Mobilidade Verde).
Um dos pontos prevê mudanças no IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), que vai privilegiar as tecnologias híbridas flex. As empresas aguardam isenção do tributo para carros que rodam com etanol, gasolina e eletricidade.
Fonte: Folha de São Paulo