array(31) {
["id"]=>
int(127769)
["title"]=>
string(76) "Elias Andreato estrela peça 'Van Gogh', agora em versão on-line e gratuita"
["content"]=>
string(6272) "
Peça consagradora de Elias Andreato, “Van Gogh” volta ao cartaz neste domingo (21/3), com temporada gratuita até 4 de abril, na plataforma Zoom. O espetáculo teve trajetória de oito anos, foi visto em Nova York e rendeu a ele os prêmios Shell e Apetesp de melhor ator em 1993.
Sob a direção de Marcia Abujamra, responsável pela montagem original, Andreato, de 66 anos, protagoniza a versão filmada, rodada em fevereiro, com o apoio de oito técnicos. Chegou a ter receio de registrar um trabalho tão emblemático, pois poderia quebrar o encanto de quem se emocionou na época e ainda desapontar aqueles que possam descobri-lo agora.
A diretora garante que essa preocupação se desfez. “Fiquei impressionada como o Elias deu ao texto muito mais energia e rapidez, deixando de lado as pausas tão exploradas no passado”, revela Marcia Abujamra.
Elias escreveu “Van Gogh” em homenagem ao irmão mais velho, o artista gráfico Elifas Andreato, estabelecendo conexões entre as relações dos dois e a dos irmãos Theo e Vincent Van Gogh, marcadas pela dependência psicológica e financeira.
Foi diferente reviver essa história agora. “Estou muito mais estruturado emocionalmente. Naquela época, achava que morreria em breve (logo depois da estreia, Elias descobriu um grave quadro de hepatite C). Amadureci meu vínculo com o Elifas e, apesar de muito mais velho, acho que a minha imagem empresta um peso maior à de Van Gogh”, afirma.
Entusiasmada com o reencontro, Marcia engatou o projeto inédito “O veneno do teatro” sobre seu tio, o ator e diretor Antonio Abujamra (1932-2015), e convidou Elias para dar vida ao provocador por excelência.
“Quando ela me ligou, avisei que era loucura, um erro de escalação”, diz Andreato, que teve contato com Abujamra, então diretor, nos bastidores da peça “Muro de arrimo” (1975), na qual trabalhou como camareiro e contrarregra.
Marcia deu de ombros e seguiu em frente. “Sabia que o Elias encontraria o meu tio pelo humor ferino que os dois sempre carregaram”, conta. Exibido em 27 e 28 de fevereiro pela plataforma Sympla, o solo deve ser retomado em breve.
Mesmo depois de um ano sem ouvir os aplausos da plateia – e tampouco com a perspectiva desta reconexão –, Andreato foge das lamentações.
“Claro que vivemos um período dificílimo, mas atravessei o ano (de 2020) exercendo minha profissão. Ganhei bem em alguns projetos, pouco ou quase nada em outros, só que tive o privilégio de não ter parado, como grande parte das pessoas”, diz, comprovando a sua conhecida resiliência.
EXÍLIO
Em 14 de março de 2020, Elias pisou pela última vez em um palco diante da plateia disposta a aplaudi-lo. Era uma sessão do monólogo “Arap”, no Teatro Eva Herz, em São Paulo. Logo depois, a suspensão das atividades culturais presenciais, por causa da pandemia, levou-o a se exilar em seu apartamento no bairro de Perdizes.
Não demorou para que ele colocasse em prática formas alternativas de se manter ativo. O primeiro desafio foi entender o funcionamento da linguagem digital e transmitir, diretamente da sala de casa, uma adaptação de “Arap” para um projeto da Secretaria Estadual da Cultura.
Continua depois da publicidade
POESIA
Depois, Andreato criou o solo “Pessoa”, sobre a obra do poeta português Fernando Pessoa. Após sessões via plataforma Zoom para amigos, engatou uma temporada remota.
Personagens marcantes de seus 44 anos de carreira o “visitaram” durante o confinamento. Foi o caso de “Oscar Wilde”, apresentação gravada no Teatro Sérgio Cardoso e exibida em outubro e disponível no YouTube, assim como ocorreu com “Arap”.
Em agosto de 2020, Elias fez o primeiro trabalho em grupo como encenador no novo formato. Com Karin Rodrigues e Chris Couto, a comédia dramática “Para duas” ganhou ensaios ao ar livre, na área externa da casa de uma das atrizes, e as transmissões se deram ao vivo do Teatro Cacilda Becker.
Radicalmente diferente foi o processo de “Diário de um louco”, que está em cartaz até 28 de março na plataforma Sympla, com sessões aos sábados e domingos.
Em 1980, Elias Andreato estrelou esta peça inspirada no conto do russo Nicolai Gogol, sob o comando de Marcio Aurélio, e agora dirige o ator Rainer Cadete através da tela do computador – um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro.
“VAN GOGH”
Com Elias Andreato. Direção: Marcia Abujamra. Os dois artistas assinam o roteiro da peça. Gratuito. Sessões em 21, 22, 28 e 29 de março e 3 e 4 de abril, sempre às 19h. Link: https://us02web.zoom.us/j/86132500536
"
["author"]=>
string(18) "Estadão Conteúdo"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(577336)
["filename"]=>
string(16) "elifasteatro.jpg"
["size"]=>
string(5) "19828"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(5) "nova/"
}
["image_caption"]=>
string(125) " Aos 66 anos, Elifas Andreato reencena o premiado espetáculo que estreou na década de 1990(foto: João Caldas/divulgação)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(171) "Depois de render prêmios ao ator e cumprir temporada de oito anos na década de 1990, espetáculo volta ao cartaz neste domingo na plataforma Zoom
"
["author_slug"]=>
string(16) "estadao-conteudo"
["views"]=>
int(277)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(71) "elias-andreato-estrela-peca-van-gogh-agora-em-versao-on-line-e-gratuita"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(464)
["name"]=>
string(6) "Teatro"
["description"]=>
string(0) ""
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "teatro"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(464)
["name"]=>
string(6) "Teatro"
["description"]=>
string(0) ""
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "teatro"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-03-20 18:35:24.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-03-20 18:35:24.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-03-20T18:40:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(21) "nova/elifasteatro.jpg"
}
Peça consagradora de Elias Andreato, “Van Gogh” volta ao cartaz neste domingo (21/3), com temporada gratuita até 4 de abril, na plataforma Zoom. O espetáculo teve trajetória de oito anos, foi visto em Nova York e rendeu a ele os prêmios Shell e Apetesp de melhor ator em 1993.
Sob a direção de Marcia Abujamra, responsável pela montagem original, Andreato, de 66 anos, protagoniza a versão filmada, rodada em fevereiro, com o apoio de oito técnicos. Chegou a ter receio de registrar um trabalho tão emblemático, pois poderia quebrar o encanto de quem se emocionou na época e ainda desapontar aqueles que possam descobri-lo agora.
A diretora garante que essa preocupação se desfez. “Fiquei impressionada como o Elias deu ao texto muito mais energia e rapidez, deixando de lado as pausas tão exploradas no passado”, revela Marcia Abujamra.
Elias escreveu “Van Gogh” em homenagem ao irmão mais velho, o artista gráfico Elifas Andreato, estabelecendo conexões entre as relações dos dois e a dos irmãos Theo e Vincent Van Gogh, marcadas pela dependência psicológica e financeira.
Foi diferente reviver essa história agora. “Estou muito mais estruturado emocionalmente. Naquela época, achava que morreria em breve (logo depois da estreia, Elias descobriu um grave quadro de hepatite C). Amadureci meu vínculo com o Elifas e, apesar de muito mais velho, acho que a minha imagem empresta um peso maior à de Van Gogh”, afirma.
Entusiasmada com o reencontro, Marcia engatou o projeto inédito “O veneno do teatro” sobre seu tio, o ator e diretor Antonio Abujamra (1932-2015), e convidou Elias para dar vida ao provocador por excelência.
“Quando ela me ligou, avisei que era loucura, um erro de escalação”, diz Andreato, que teve contato com Abujamra, então diretor, nos bastidores da peça “Muro de arrimo” (1975), na qual trabalhou como camareiro e contrarregra.
Marcia deu de ombros e seguiu em frente. “Sabia que o Elias encontraria o meu tio pelo humor ferino que os dois sempre carregaram”, conta. Exibido em 27 e 28 de fevereiro pela plataforma Sympla, o solo deve ser retomado em breve.
Mesmo depois de um ano sem ouvir os aplausos da plateia – e tampouco com a perspectiva desta reconexão –, Andreato foge das lamentações.
“Claro que vivemos um período dificílimo, mas atravessei o ano (de 2020) exercendo minha profissão. Ganhei bem em alguns projetos, pouco ou quase nada em outros, só que tive o privilégio de não ter parado, como grande parte das pessoas”, diz, comprovando a sua conhecida resiliência.
EXÍLIO
Em 14 de março de 2020, Elias pisou pela última vez em um palco diante da plateia disposta a aplaudi-lo. Era uma sessão do monólogo “Arap”, no Teatro Eva Herz, em São Paulo. Logo depois, a suspensão das atividades culturais presenciais, por causa da pandemia, levou-o a se exilar em seu apartamento no bairro de Perdizes.
Não demorou para que ele colocasse em prática formas alternativas de se manter ativo. O primeiro desafio foi entender o funcionamento da linguagem digital e transmitir, diretamente da sala de casa, uma adaptação de “Arap” para um projeto da Secretaria Estadual da Cultura.
Continua depois da publicidade
POESIA
Depois, Andreato criou o solo “Pessoa”, sobre a obra do poeta português Fernando Pessoa. Após sessões via plataforma Zoom para amigos, engatou uma temporada remota.
Personagens marcantes de seus 44 anos de carreira o “visitaram” durante o confinamento. Foi o caso de “Oscar Wilde”, apresentação gravada no Teatro Sérgio Cardoso e exibida em outubro e disponível no YouTube, assim como ocorreu com “Arap”.
Em agosto de 2020, Elias fez o primeiro trabalho em grupo como encenador no novo formato. Com Karin Rodrigues e Chris Couto, a comédia dramática “Para duas” ganhou ensaios ao ar livre, na área externa da casa de uma das atrizes, e as transmissões se deram ao vivo do Teatro Cacilda Becker.
Radicalmente diferente foi o processo de “Diário de um louco”, que está em cartaz até 28 de março na plataforma Sympla, com sessões aos sábados e domingos.
Em 1980, Elias Andreato estrelou esta peça inspirada no conto do russo Nicolai Gogol, sob o comando de Marcio Aurélio, e agora dirige o ator Rainer Cadete através da tela do computador – um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro.
“VAN GOGH”
Com Elias Andreato. Direção: Marcia Abujamra. Os dois artistas assinam o roteiro da peça. Gratuito. Sessões em 21, 22, 28 e 29 de março e 3 e 4 de abril, sempre às 19h. Link: https://us02web.zoom.us/j/86132500536