array(31) {
["id"]=>
int(148137)
["title"]=>
string(71) " Urologista alerta para importância do uso de preservativo no carnaval"
["content"]=>
string(5572) "No período pós-carnaval, aumenta o número de homens que procuram consultórios de urologia. A constatação é do especialista Heleno Diegues Paes, professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, em São Paulo.
A comemoração em si já é uma tradição oriunda de festas romanas em que havia maior permissividade especialmente no que se refere à sexualidade. Dados do Ministério da Saúde indicam que a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) costuma se intensificar no Carnaval, e que o uso de preservativos está longe do ideal: na faixa etária de 15 a 24 anos, apenas 56,6% dos rapazes usam camisinha.
A última edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PeNSE) de 2019 do IBGE, divulgada em julho de 2020, mostra que apenas 59% dos jovens entrevistados disseram ter usado camisinha na última relação sexual, contra 72,5%, em 2009. Ainda de acordo com o levantamento, somente 22,8% de brasileiros acima de 18 anos relataram usar preservativo durante as relações sexuais, o que equivale a cerca de 26,6 milhões de pessoas.
“A percepção prática que a gente tem hoje, comparada a dez ou 20 anos atrás, é que as pessoas estão usando menos preservativos”, diz o urologista.
Aids
O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Alfredo Canalini, lembra que na década de 1980, quando começou a aparecer a epidemia HIV e Aids, o medo da contaminação aumento, uma vez que não havia nenhum tipo de tratamento para a doença na época.
As campanhas pelo uso da camisinha e os debates sobre o sexo seguro aumentaram significativamente. “E todo mundo usava preservativo, que era distribuído durante o carnaval, em blocos”, diz Canalini.
Com o passar do tempo, contudo, o medo da contaminação foi diminuindo e as pessoas pararam de se proteger de maneira adequada. Além disso, o especialista lembra que com o tempo, as pesquisas avançaram e surgiram os tratamentos profiláticos e de pré-exposição, os PrEPs, que diminuem a chance de contaminação pelo HIV, mesmo após sexo sem preservativo.
Com os tratamentos cada vez melhores dessa doença, hoje em dia é muito difícil se ver alguém morrendo de Aids. Acho que isso levou a um regresso, a uma perda do medo de não usar a camisinha. Os mais jovens, em especial, não tiveram essa experiência.
IST
Canalini destaca, contudo, que esses tratamentos não afastam outras infecções sexualmente transmissíveis, como herpes, sífilis, e HPV, que é uma das causas do câncer de pênis. Por isso, o urologista reforça a importância do sexo seguro, com uso de preservativo.
“O uso do preservativo é absolutamente necessário, mesmo que você seja vacinado contra o HPV, mesmo que esteja fazendo tratamento pré-exposição em relação à profilaxia do HIV. Você não deve deixar de usar o preservativo nas relações sexuais. Essa é a mensagem que tem que ficar: sexo seguro! Carnaval é alegria, pode ser alegria, mas a alegria tem que se manter depois do carnaval e você não pode perder sua alegria com diagnóstico de que adquiriu uma infecção sexualmente transmissível”.
O especialista Heleno Paes chama a atenção para outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, sífilis e verrugas penianas. Ele conta que o tratamento vai depender do diagnóstico. No caso das verrugas genitais, por exemplo, o tratamento consiste, basicamente, na remoção dos nódulos genitais e na orientação em relação às recidivas (quando os sintomas voltam).
No caso da gonorreia e da sífilis, o tratamento inclui antibióticos específicos para cada doença. “São doenças que podem ser curadas. Esse é o ponto positivo”.
Já as lesões da herpes genital desaparecem sozinhas. Todas essas doenças podem ser evitadas com o uso da camisinha. “É importante tratar o parceiro também para quebrar a cadeia de transmissão”, recomendou o médico.
Atendimento
Os postos de saúde de todo o país são orientados a distribuir gratuitamente camisinhas internas e externas (conhecidas como femininas e masculinas), sem restrição quanto ao número.
Em caso de sexo sem proteção, procure o posto de saúde mais próximo de sua casa.
"
["author"]=>
string(33) " Alana Gandra – Agência Brasil"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(601062)
["filename"]=>
string(14) "urologista.jpg"
["size"]=>
string(6) "199660"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(19) "marquivo/eesportes/"
}
["image_caption"]=>
string(31) "© Tânia Rêgo/Agência Brasil"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(69) "Dentre rapazes de 15 a 24 anos, só 56,6% usou camisinha
"
["author_slug"]=>
string(27) "alana-gandra-agencia-brasil"
["views"]=>
int(130)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(69) "urologista-alerta-para-importancia-do-uso-de-preservativo-no-carnaval"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(436)
["name"]=>
string(6) "Saúde"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "saude"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(436)
["name"]=>
string(6) "Saúde"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "saude"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-02-19 23:05:13.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-02-19 23:05:13.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2023-02-19T23:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(33) "marquivo/eesportes/urologista.jpg"
}
No período pós-carnaval, aumenta o número de homens que procuram consultórios de urologia. A constatação é do especialista Heleno Diegues Paes, professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, em São Paulo.
A comemoração em si já é uma tradição oriunda de festas romanas em que havia maior permissividade especialmente no que se refere à sexualidade. Dados do Ministério da Saúde indicam que a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) costuma se intensificar no Carnaval, e que o uso de preservativos está longe do ideal: na faixa etária de 15 a 24 anos, apenas 56,6% dos rapazes usam camisinha.
A última edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PeNSE) de 2019 do IBGE, divulgada em julho de 2020, mostra que apenas 59% dos jovens entrevistados disseram ter usado camisinha na última relação sexual, contra 72,5%, em 2009. Ainda de acordo com o levantamento, somente 22,8% de brasileiros acima de 18 anos relataram usar preservativo durante as relações sexuais, o que equivale a cerca de 26,6 milhões de pessoas.
“A percepção prática que a gente tem hoje, comparada a dez ou 20 anos atrás, é que as pessoas estão usando menos preservativos”, diz o urologista.
Aids
O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Alfredo Canalini, lembra que na década de 1980, quando começou a aparecer a epidemia HIV e Aids, o medo da contaminação aumento, uma vez que não havia nenhum tipo de tratamento para a doença na época.
As campanhas pelo uso da camisinha e os debates sobre o sexo seguro aumentaram significativamente. “E todo mundo usava preservativo, que era distribuído durante o carnaval, em blocos”, diz Canalini.
Com o passar do tempo, contudo, o medo da contaminação foi diminuindo e as pessoas pararam de se proteger de maneira adequada. Além disso, o especialista lembra que com o tempo, as pesquisas avançaram e surgiram os tratamentos profiláticos e de pré-exposição, os PrEPs, que diminuem a chance de contaminação pelo HIV, mesmo após sexo sem preservativo.
Com os tratamentos cada vez melhores dessa doença, hoje em dia é muito difícil se ver alguém morrendo de Aids. Acho que isso levou a um regresso, a uma perda do medo de não usar a camisinha. Os mais jovens, em especial, não tiveram essa experiência.
IST
Canalini destaca, contudo, que esses tratamentos não afastam outras infecções sexualmente transmissíveis, como herpes, sífilis, e HPV, que é uma das causas do câncer de pênis. Por isso, o urologista reforça a importância do sexo seguro, com uso de preservativo.
“O uso do preservativo é absolutamente necessário, mesmo que você seja vacinado contra o HPV, mesmo que esteja fazendo tratamento pré-exposição em relação à profilaxia do HIV. Você não deve deixar de usar o preservativo nas relações sexuais. Essa é a mensagem que tem que ficar: sexo seguro! Carnaval é alegria, pode ser alegria, mas a alegria tem que se manter depois do carnaval e você não pode perder sua alegria com diagnóstico de que adquiriu uma infecção sexualmente transmissível”.
O especialista Heleno Paes chama a atenção para outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, sífilis e verrugas penianas. Ele conta que o tratamento vai depender do diagnóstico. No caso das verrugas genitais, por exemplo, o tratamento consiste, basicamente, na remoção dos nódulos genitais e na orientação em relação às recidivas (quando os sintomas voltam).
No caso da gonorreia e da sífilis, o tratamento inclui antibióticos específicos para cada doença. “São doenças que podem ser curadas. Esse é o ponto positivo”.
Já as lesões da herpes genital desaparecem sozinhas. Todas essas doenças podem ser evitadas com o uso da camisinha. “É importante tratar o parceiro também para quebrar a cadeia de transmissão”, recomendou o médico.
Atendimento
Os postos de saúde de todo o país são orientados a distribuir gratuitamente camisinhas internas e externas (conhecidas como femininas e masculinas), sem restrição quanto ao número.
Em caso de sexo sem proteção, procure o posto de saúde mais próximo de sua casa.