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string(7473) "Em balanço sobre os 30 dias da Covid-19 no Brasil, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu a necessidade de o país continuar com as medidas de quarentena contra a COVID-19. Contrariando as declarações recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) Mandetta disse que “não é hora de carreatas”.
A declaração ocorre em momento no qual o número de mortos no Brasil chega a 114 e o Palácio do Planalto fala em “isolamento vertical”, para retomar parcialmente as atividades no país.
O ministro Mandetta afirmou na coletiva de imprensa que as medidas de isolamento adotadas no país têm dado resultado na abertura de vagas nas UTIs, pois reduziram as internações por acidentes. Ele ressaltou a orientação de que “a gente ficar em casa, parado”, até que o poder público “consiga colocar os equipamentos na mão dos profissionais que precisam”.
“Porque se a gente sair andando todo mundo de uma vez vai faltar para o rico, para o pobre, para o dono da empresa, para o dono do botequim, para o dono de todo mundo”, afirmou o ministro. “Nós precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso neste momento. Nós vamos nos mover, como eu disse desde o princípio, vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica, com planejamento. Pensando em todos os cenários quando a gente fala de colapso, de sobrecarga, ou de sobreuso no sistema. A gente está falando disso”, disse Mandetta.
O ministro defendeu novamente o isolamento social para evitar o avanço da doença e também para evitar sobrecarregar os hospitais com outros tipos de atendimento. “Quando a gente manda parar diminuem acidentes, traumas e aumentam leitos de UTI quando precisamos”, disse o ministro. “Ou seja, mais um benefício quando manda parar, além de diminuir a transmissão”.
Riscos da cloroquina
O ministro da saúde frisou que o uso irresponsável da cloroquina pode causar mais problemas do que o próprio coronavírus.
“Esse medicamento, se tomado, pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar a função do fígado. Se sairmos com a caixa na mão dizendo ‘pode tomar’, nós podemos ter mais mortes por mal uso do medicamento do que pela própria virose. Não façam isso”, declarou.
A cloroquina é um medicamento barato e usado há várias décadas no tratamento da malária, um parasita transmitido por mosquito. Seu derivado, a hidroxicloroquina, é usado contra doenças inflamatórias das articulações. Em meados de fevereiro, pesquisadores chineses afirmaram ter obtido resultados positivos em ensaios clínicos com cloroquina, entre cem pacientes com coronavírus.
O medicamento tem sido usado no Brasil em pacientes mais graves de Covid-19. Mas, segundo Mandetta os estudos sobre os efeitos da cloroquina ainda estão em fase inicial e que o medicamento não é a cura para todos os males.
“Não é a panaceia. A cloroquina não é o remédio que veio para salvar a humanidade, ainda”, disse o ministro.
Os efeitos colaterais da cloroquina são múltiplos: náusea, vômito, erupções cutâneas, mas também condições oftalmológicas, cardíacas e neurológicas. Uma overdose pode ser perigosa e os médicos desaconselham tomá-la sem receita médica.
"Se eu pegar, aviso"
Durante a entrevista, o ministro da Saúde disse, em tom bem humorado que, se for contaminado com o coronavírus, cumprirá o protocolo de isolamento e tratará de informar a população. “Não tenho nenhum anticorpo, é possível que eu pegue. Se eu testar positivo, aviso”.
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
Febre
Tosse
Falta de ar e dificuldade para respirar
Problemas gástricos
Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
Pneumonia
Síndrome respiratória aguda severa
Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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A declaração ocorre em momento no qual o número de mortos no Brasil chega a 114 e o Palácio do Planalto fala em “isolamento vertical”, para retomar parcialmente as atividades no país.
O ministro Mandetta afirmou na coletiva de imprensa que as medidas de isolamento adotadas no país têm dado resultado na abertura de vagas nas UTIs, pois reduziram as internações por acidentes. Ele ressaltou a orientação de que “a gente ficar em casa, parado”, até que o poder público “consiga colocar os equipamentos na mão dos profissionais que precisam”.
“Porque se a gente sair andando todo mundo de uma vez vai faltar para o rico, para o pobre, para o dono da empresa, para o dono do botequim, para o dono de todo mundo”, afirmou o ministro. “Nós precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso neste momento. Nós vamos nos mover, como eu disse desde o princípio, vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica, com planejamento. Pensando em todos os cenários quando a gente fala de colapso, de sobrecarga, ou de sobreuso no sistema. A gente está falando disso”, disse Mandetta.
O ministro defendeu novamente o isolamento social para evitar o avanço da doença e também para evitar sobrecarregar os hospitais com outros tipos de atendimento. “Quando a gente manda parar diminuem acidentes, traumas e aumentam leitos de UTI quando precisamos”, disse o ministro. “Ou seja, mais um benefício quando manda parar, além de diminuir a transmissão”.
Riscos da cloroquina
O ministro da saúde frisou que o uso irresponsável da cloroquina pode causar mais problemas do que o próprio coronavírus.
“Esse medicamento, se tomado, pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar a função do fígado. Se sairmos com a caixa na mão dizendo ‘pode tomar’, nós podemos ter mais mortes por mal uso do medicamento do que pela própria virose. Não façam isso”, declarou.
A cloroquina é um medicamento barato e usado há várias décadas no tratamento da malária, um parasita transmitido por mosquito. Seu derivado, a hidroxicloroquina, é usado contra doenças inflamatórias das articulações. Em meados de fevereiro, pesquisadores chineses afirmaram ter obtido resultados positivos em ensaios clínicos com cloroquina, entre cem pacientes com coronavírus.
O medicamento tem sido usado no Brasil em pacientes mais graves de Covid-19. Mas, segundo Mandetta os estudos sobre os efeitos da cloroquina ainda estão em fase inicial e que o medicamento não é a cura para todos os males.
“Não é a panaceia. A cloroquina não é o remédio que veio para salvar a humanidade, ainda”, disse o ministro.
Os efeitos colaterais da cloroquina são múltiplos: náusea, vômito, erupções cutâneas, mas também condições oftalmológicas, cardíacas e neurológicas. Uma overdose pode ser perigosa e os médicos desaconselham tomá-la sem receita médica.
"Se eu pegar, aviso"
Durante a entrevista, o ministro da Saúde disse, em tom bem humorado que, se for contaminado com o coronavírus, cumprirá o protocolo de isolamento e tratará de informar a população. “Não tenho nenhum anticorpo, é possível que eu pegue. Se eu testar positivo, aviso”.
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
Febre
Tosse
Falta de ar e dificuldade para respirar
Problemas gástricos
Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
Pneumonia
Síndrome respiratória aguda severa
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.