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Avanço de malária no Brasil exige cuidados para evitar transmissão

28/04/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h33 por Admin


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Tatiana Lagôa
portal@hojeemdia.com.br

O surto de malária na Venezuela e o avanço da doença por países da América Latina começam a assustar autoridades de saúde no Brasil e reforçam a necessidade de cuidados por parte dos brasileiros. Em Minas Gerais, ainda não há casos confirmados neste ano, mas o alerta vale para mineiros que viajarem para as regiões que fazem parte da região endêmica para transmissão.

A doença é frequente na região amazônica do Brasil composta pelos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões brasileiras, como em Minas Gerais, a maioria dos diagnósticos são importados de áreas de risco no Brasil e mundo. Apenas em Roraima, foram detectados 5.750 casos no primeiro trimestre deste ano.

Diante disso, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) orienta que, em caso de viagem para um local endêmico e observância de sintomas da doença, o atendimento médico seja procurado imediatamente. Ou seja, se em até 30 dias após o deslocamento, a pessoa tiver febre, acompanhada ou não de cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço e dores no corpo.

“Todo caso importado, vindo de outros locais, notificado para malária é identificado e tratado. Há disponibilidade de medicamento e diagnóstico de teste rápido de malária distribuído em todas as Unidades Regionais de Saúde e seus municípios de jurisdição”, explica, em nota, a pasta.

Segundo o Ministério da Saúde, a cura da doença é possível se for tratada em tempo oportuno e de forma adequada. Caso contrário, ela pode evoluir para forma grave e morte. A malária grave é caracterizada pelo aparecimento de um ou mais dos sintomas: prostração, alteração de consciência, convulsões, hipotensão arterial ou choque, hemorragias, dentre outros sinais.

Casos em Minas

Minas Gerais teve 608 casos de malária de 2010 a 2016, levando à morte de 13 pessoas. Desse total de infectados, apenas 25 contraíram a doença dentro do Estado: um em Lima Duarte, um em Simonésia e 23 na área do Garimpo de Areinha, na zona rural de Diamantina. Segundo a SES-MG, a área com maior número de casos continua em monitoramento e sem notificações neste ano.

Para evitar a propagação da doença, a pasta orienta eliminar recipientes com água parada para evitar a proliferação do mosquito Anopheles (responsável pela transmissão), principalmente em locais próximos a matas. Medidas individuais como uso de repelentes e cortinados também podem ser adotadas, segundo a Secretaria de Saúde.