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O governador Romeu Zema (Novo), se manifestou, nesta terça-feira (12/11), contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende acabar com a escala 6x1 no trabalho. O texto ganhou os holofotes do Congresso Nacional após a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) levar o tema para as redes sociais e angariar assinaturas para que a PEC seja debatida na Câmara dos Deputados.
A proposta da parlamentar de esquerda determina que o trabalho seja dividido em oito horas diárias e 36 horassemanais, com jornada de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada mediante acordo ou convenção coletiva. Atualmente, a Constituição determina uma jornada de oito horas diárias e 44 horas semanais.
Zema classificou a discussão como “perda de tempo” e disse que a jornada deve ser pactuada entre o trabalhador e o patrão, sem a necessidade de uma proposta legislativa. “Se alguém for contratado para folgar duas vezes por semana, se isso foi pontuado entre as partes, ótimo. Se foi pactuado para folgar uma vez por semana e ambas as partes concordaram, ótimo”, disse o governador em entrevista à jornalista Edilene Lopes da Rádio Itatiaia durante agenda na COP 29, no Azerbaijão.
O chefe do Executivo mineiro comparou a relação de emprego com um casamento e ironizou o debate dizendo ser uma discussão “entre adultos”, e que “tem gente procurando holofote com a discussão".
“Quem vai trabalhar é adulto. Quem tá na empresa é adulto e veja qual é o melhor regime se é uma folga por semana, se é duas, se é três, se é quatro. Cada caso é um caso, e nós ficamos acreditando que a lei é que resolve”, completou Zema.
“Demanda do século”
Em entrevista ao Estado de Minas nessa segunda-feira (11/11), o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) classificou a redução da jornada de trabalho como a demanda mais importante do século 21. Autor de uma PEC sobre o tema que já tramita na Câmara, o petista mineiro disse que a jornada atual não faz sentido frente aos avanços tecnológicos e às mudanças do mundo do trabalho.
“Agora que estamos no governo Lula eu tenho falado com as centrais sindicais que isso deve ser uma pauta de todas as negociações salariais, a lógica é traduzir essa mobilização em todos os acordos e reuniões. São os trabalhadores com menores remunerações que trabalham 44h. Se você comparar empresas com 36h semanais com as de 44h, algumas têm o mesmo nível de produtividade, ou até melhor”, disse o deputado federal.
Pelas redes sociais, a oposição a Zema criticou as declarações do governador. O deputado estadual Ulysses Gomes (PT), líder do bloco contrário ao governo, lembrou as origens empresariais do mandatário mineiro.
“Alguém que sempre viveu em uma posição privilegiada, distante da realidade de quem enfrenta as dificuldades da luta diária, não se importa com o descanso do povo. Enquanto o pseudo-governador empresário segue defendendo seus pares e lucros, nós estamos do lado do trabalhador”, declarou o petista.
em.com.br
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O governador Romeu Zema (Novo), se manifestou, nesta terça-feira (12/11), contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende acabar com a escala 6x1 no trabalho. O texto ganhou os holofotes do Congresso Nacional após a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) levar o tema para as redes sociais e angariar assinaturas para que a PEC seja debatida na Câmara dos Deputados.
A proposta da parlamentar de esquerda determina que o trabalho seja dividido em oito horas diárias e 36 horassemanais, com jornada de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada mediante acordo ou convenção coletiva. Atualmente, a Constituição determina uma jornada de oito horas diárias e 44 horas semanais.
Zema classificou a discussão como “perda de tempo” e disse que a jornada deve ser pactuada entre o trabalhador e o patrão, sem a necessidade de uma proposta legislativa. “Se alguém for contratado para folgar duas vezes por semana, se isso foi pontuado entre as partes, ótimo. Se foi pactuado para folgar uma vez por semana e ambas as partes concordaram, ótimo”, disse o governador em entrevista à jornalista Edilene Lopes da Rádio Itatiaia durante agenda na COP 29, no Azerbaijão.
O chefe do Executivo mineiro comparou a relação de emprego com um casamento e ironizou o debate dizendo ser uma discussão “entre adultos”, e que “tem gente procurando holofote com a discussão".
“Quem vai trabalhar é adulto. Quem tá na empresa é adulto e veja qual é o melhor regime se é uma folga por semana, se é duas, se é três, se é quatro. Cada caso é um caso, e nós ficamos acreditando que a lei é que resolve”, completou Zema.
“Demanda do século”
Em entrevista ao Estado de Minas nessa segunda-feira (11/11), o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) classificou a redução da jornada de trabalho como a demanda mais importante do século 21. Autor de uma PEC sobre o tema que já tramita na Câmara, o petista mineiro disse que a jornada atual não faz sentido frente aos avanços tecnológicos e às mudanças do mundo do trabalho.
“Agora que estamos no governo Lula eu tenho falado com as centrais sindicais que isso deve ser uma pauta de todas as negociações salariais, a lógica é traduzir essa mobilização em todos os acordos e reuniões. São os trabalhadores com menores remunerações que trabalham 44h. Se você comparar empresas com 36h semanais com as de 44h, algumas têm o mesmo nível de produtividade, ou até melhor”, disse o deputado federal.
Pelas redes sociais, a oposição a Zema criticou as declarações do governador. O deputado estadual Ulysses Gomes (PT), líder do bloco contrário ao governo, lembrou as origens empresariais do mandatário mineiro.
“Alguém que sempre viveu em uma posição privilegiada, distante da realidade de quem enfrenta as dificuldades da luta diária, não se importa com o descanso do povo. Enquanto o pseudo-governador empresário segue defendendo seus pares e lucros, nós estamos do lado do trabalhador”, declarou o petista.
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