array(31) {
["id"]=>
int(148191)
["title"]=>
string(77) "Transparência Internacional cobra saída de ministros citados em escândalos"
["content"]=>
string(6524) "TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL
Ao completar 50 dias do governo Lula, a Transparência Internacional Brasil (TIB) cobrou posicionamento do presidente da República sobre os escândalos com dinheiro público que pairam sobre o nome de três ministros.
Os casos ocorreram quando eles ainda não tinham sido nomeados, mas vieram a público após serem indicados para compor a gestão do petista. “Estamos há 50 dias com ministros envolvidos com escândalos de dinheiro público. O que o governo Lula vai fazer a respeito?”.
A ONG lembrou que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), indicou R$ 5 milhões do Orçamento Secreto para asfaltar uma estrada que vai até a própria fazenda, no Maranhão. O caso foi revelado pelo jornal Estado de S. Paulo.
Do mesmo partido de Juscelino Filho, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, é suspeita de desviar verbas públicas durante a sua campanha para deputada federal e de ter ligações com integrantes de milícias no Rio de Janeiro. Um dos criminosos foi condenado a mais de 20 anos de prisão.
Outro caso também é do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Góes (PDT). Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal por crimes de peculato, fraude em licitação e associação criminosa.
Góes foi condenado, em 2019, a 6 anos e nove meses de prisão pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por crime de peculato. A defesa do político apresentou recurso, que está parado no Supremo Tribunal Federal por pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.
A Transparência Internacional chegou a contestar a indicação dele para o cargo e, à época, disse que Waldez Góes entrava no governo “pela cota do Centrão, que consegue achacar qualquer governo, à direita ou à esquerda”.
O ex-governador do Amapá “é um dos principais aliados de Arthur Lira (PP-AL) e deve comandar de perto a Codevasf, estatal loteada pelo Centrão e que durante o governo Bolsonaro abrigou grandes esquemas de corrupção abastecidos pelo Orçamento Secreto”, escreveu o TIB.
A indicação de Góes para o cargo de ministro foi articulada e apadrinhada pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A expectativa é que ele se desfilie do PDT e migre para o União Brasil.
“Ministros envolvidos com desvio ou mau uso do dinheiro público estão no governo, que ainda não fez nada para tirá-los de seus cargos”, reclamou a ONG.
Lula tem tentado minimizar os escândalos que envolvem seus ministros para evitar desgaste da imagem do governo. O petista já adiantou que, eventual demissão do alto escalão, ficaria condicionado a uma “análise interna” de cada caso pela Controladoria-Geral da União (CGU).
“Nós vamos ver internamente, através da CGU, para saber se tem procedência a denúncia. Se tiver procedência a denúncia, o ministro será afastado. Se não tiver procedência, segundo a CGU, vamos dizer que não tem procedência”, declarou à CNN Brasil em entrevista na última quinta-feira (16).
Na mesma entrevista, o presidente da República falou, pela primeira vez, sobre o caso do ministro das Comunicações. Ele disse que durante a sua viagem aos Estados Unidos, no início deste mês, ordenou que Alexandre Padilha (Relações Institucionais) desse uma primeira explicação ao governo.
“Quando saiu a denúncia do ministro Juscelino, eu liguei para o Padilha. Eu estava nos Estados Unidos e falei: ‘Padilha, eu quero que você converse com Juscelino. Eu quero que você ouça a explicação dele, porque ele tem que se explicar corretamente para os meios de comunicação’. E vai ser assim que vai acontecer com todas as denúncias”, disse o presidente. A ligação telefônica, porém, ocorreu 12 dias após saírem as primeiras reportagens mostrando o escândalo envolvendo Juscelino Filho.
Lula também tentou atenuar as denúncias contra a ministra do Turismo. “Eu, sinceramente, se for levar em conta pessoas que estão em fotografia ao lado de pessoas outras, a gente não vai conversar com ninguém porque eu sou o cara que mais tira fotografia no mundo”, afirmou à CNN.
Na primeira reunião ministerial do seu governo, no dia 6 de janeiro, o presidente da República chegou a dizer que vai tratar os ministros como “uma mãe”, mas que em “fizer coisa errada” vai ser convidado a deixar o governo e até mesmo investigado.
"Todo mundo sabe da nossa responsabilidade, todo mundo que é nossa obrigação fazer as coisas corretas, é fazer as coisas da melhor forma possível. Quem fizer coisa errada, a pessoa sabe que só tem um jeito. A pessoa será, simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça".
"
["author"]=>
string(34) " Manuel Marçal / otempo.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(601121)
["filename"]=>
string(30) "lula-e-juscelino-filho-jpg.png"
["size"]=>
string(6) "779606"
["mime_type"]=>
string(9) "image/png"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(30) "puliticas/politicaa/internnas/"
}
["image_caption"]=>
string(108) "Presidente Lula no dia da posse do ministro das Comunicações Juscelino Filho — Foto: Ricardo Stuckert/PR"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(237) "Ministros das Comunicações, Turismo e Integração estão envolvidos em escândalos de dinheiro público; os casos aconteceram antes das nomeações para os ministérios
"
["author_slug"]=>
string(27) "manuel-marcal-otempo-com-br"
["views"]=>
int(77)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(74) "transparencia-internacional-cobra-saida-de-ministros-citados-em-escandalos"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-02-21 22:54:15.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-02-21 22:54:15.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2023-02-21T22:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(60) "puliticas/politicaa/internnas/lula-e-juscelino-filho-jpg.png"
}
TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL
Ao completar 50 dias do governo Lula, a Transparência Internacional Brasil (TIB) cobrou posicionamento do presidente da República sobre os escândalos com dinheiro público que pairam sobre o nome de três ministros.
Os casos ocorreram quando eles ainda não tinham sido nomeados, mas vieram a público após serem indicados para compor a gestão do petista. “Estamos há 50 dias com ministros envolvidos com escândalos de dinheiro público. O que o governo Lula vai fazer a respeito?”.
A ONG lembrou que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), indicou R$ 5 milhões do Orçamento Secreto para asfaltar uma estrada que vai até a própria fazenda, no Maranhão. O caso foi revelado pelo jornal Estado de S. Paulo.
Do mesmo partido de Juscelino Filho, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, é suspeita de desviar verbas públicas durante a sua campanha para deputada federal e de ter ligações com integrantes de milícias no Rio de Janeiro. Um dos criminosos foi condenado a mais de 20 anos de prisão.
Outro caso também é do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Góes (PDT). Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal por crimes de peculato, fraude em licitação e associação criminosa.
Góes foi condenado, em 2019, a 6 anos e nove meses de prisão pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por crime de peculato. A defesa do político apresentou recurso, que está parado no Supremo Tribunal Federal por pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.
A Transparência Internacional chegou a contestar a indicação dele para o cargo e, à época, disse que Waldez Góes entrava no governo “pela cota do Centrão, que consegue achacar qualquer governo, à direita ou à esquerda”.
O ex-governador do Amapá “é um dos principais aliados de Arthur Lira (PP-AL) e deve comandar de perto a Codevasf, estatal loteada pelo Centrão e que durante o governo Bolsonaro abrigou grandes esquemas de corrupção abastecidos pelo Orçamento Secreto”, escreveu o TIB.
A indicação de Góes para o cargo de ministro foi articulada e apadrinhada pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A expectativa é que ele se desfilie do PDT e migre para o União Brasil.
“Ministros envolvidos com desvio ou mau uso do dinheiro público estão no governo, que ainda não fez nada para tirá-los de seus cargos”, reclamou a ONG.
Lula tem tentado minimizar os escândalos que envolvem seus ministros para evitar desgaste da imagem do governo. O petista já adiantou que, eventual demissão do alto escalão, ficaria condicionado a uma “análise interna” de cada caso pela Controladoria-Geral da União (CGU).
“Nós vamos ver internamente, através da CGU, para saber se tem procedência a denúncia. Se tiver procedência a denúncia, o ministro será afastado. Se não tiver procedência, segundo a CGU, vamos dizer que não tem procedência”, declarou à CNN Brasil em entrevista na última quinta-feira (16).
Na mesma entrevista, o presidente da República falou, pela primeira vez, sobre o caso do ministro das Comunicações. Ele disse que durante a sua viagem aos Estados Unidos, no início deste mês, ordenou que Alexandre Padilha (Relações Institucionais) desse uma primeira explicação ao governo.
“Quando saiu a denúncia do ministro Juscelino, eu liguei para o Padilha. Eu estava nos Estados Unidos e falei: ‘Padilha, eu quero que você converse com Juscelino. Eu quero que você ouça a explicação dele, porque ele tem que se explicar corretamente para os meios de comunicação’. E vai ser assim que vai acontecer com todas as denúncias”, disse o presidente. A ligação telefônica, porém, ocorreu 12 dias após saírem as primeiras reportagens mostrando o escândalo envolvendo Juscelino Filho.
Lula também tentou atenuar as denúncias contra a ministra do Turismo. “Eu, sinceramente, se for levar em conta pessoas que estão em fotografia ao lado de pessoas outras, a gente não vai conversar com ninguém porque eu sou o cara que mais tira fotografia no mundo”, afirmou à CNN.
Na primeira reunião ministerial do seu governo, no dia 6 de janeiro, o presidente da República chegou a dizer que vai tratar os ministros como “uma mãe”, mas que em “fizer coisa errada” vai ser convidado a deixar o governo e até mesmo investigado.
"Todo mundo sabe da nossa responsabilidade, todo mundo que é nossa obrigação fazer as coisas corretas, é fazer as coisas da melhor forma possível. Quem fizer coisa errada, a pessoa sabe que só tem um jeito. A pessoa será, simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça".