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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entra, neste mês, na reta final do processo eleitoral que vai definir quem será o novo procurador geral de Justiça do Estado. Dentro de duas semanas, no próximo dia 18, servidores do órgão serão convocados para escolher entre quatro candidatos que se colocaram à disposição para exercer a função, ocupada hoje por Jarbas Soares Júnior.
Concorrem ao cargo os procuradores de Justiça Carlos André Mariani Bittencourt, Geraldo Flávio Vasques e Marcos Tofani e o promotor de Justiça Paulo de Tarso Morais Filho. Após a eleição, os nomes de três deles vão compor uma lista tríplice, que será encaminhada ao governador Romeu Zema (Novo). Depois disso, o chefe do Executivo estadual terá 15 dias corridos para definir quem será nomeado para comandar a instituição pelos próximos dois anos.
Os quatro postulantes estão em plena campanha para promover seus respectivos nomes entre os cerca de 1.100 promotores e procuradores de Justiça que terão direito ao voto no dia do pleito. Para isso, eles circulam por comarcas de todo o Estado para divulgar as propostas para o órgão nas diferentes frentes de atuação do Ministério Público. Mas, paralelamente, os candidatos também se ancoram no apadrinhamento de figuras com influência dentro e fora da instituição pública.
Prestes a deixar a chefia do MPMG, Jarbas Soares Júnior, por exemplo, declarou apoio a Bittencourt ainda no fim de setembro, durante uma reunião interna na sede do órgão. Atual procurador geral de Justiça adjunto institucional do órgão, Bittencourt ingressou no Ministério Público em 1990 e exerceu o cargo de procurador geral de Justiça por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Em um vídeo divulgado para apresentar a candidatura nas redes sociais, Bittencourt ressalta o trabalho da atual gestão e o compromisso com a continuidade, sob o lema “O avanço não pode parar”.
Tofani, por sua vez, está em campanha desde meados de setembro com o apoio de Antônio Sérgio Tonet, que chefiou a instituição entre 2016 e 2020, no intervalo entre as gestões de Bittencourt e de Jarbas. O candidato, que defende a renovação na chefia do órgão, está no Ministério Público desde 1993, onde é titular da Procuradoria de Justiça de Direitos Difusos e Coletivos.
Já o promotor Paulo de Tarso – que está há 30 anos no órgão e que até pouco tempo atuava como chefe de gabinete de Jarbas – se viu sem o apoio do procurador geral em exercício, mas decidiu manter a candidatura ao cargo mais alto do Ministério Público com uma campanha baseada no discurso da inovação. Segundo informações de bastidores, ele participa da corrida com apoio político da Família Aro – grupo do secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro (PP).
Vasques, por outro lado, foi um dos últimos a se lançar na corrida pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado. Coordenador da Procuradoria de Justiça Cível, ele buscou se colocar ao lado do atual chefe do órgão, mesmo sem ter recebido apoio oficial para a candidatura. O procurador, que está no Ministério Público desde 1991, também é próximo do empresário Josué Gomes, de quem é amigo de infância.
Jarbas Soares Júnior encerra sua gestão após quatro mandatos
Prestes a conhecer seu sucessor, o atual procurador geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, deixará o posto em dezembro deste ano, após cumprir o quarto mandato à frente do Ministério Público estadual. Na instituição desde 1990, ele esteve no comando do órgão nos biênios 2005-2006, 2007-2008, 2021-2022 e 2023-2024.
Natural de Montes Claros, no Norte de Minas, Jarbas atuou como promotor de Justiça nos municípios de Januária, Manga, Ouro Preto, Mariana e Itabirito antes de ser promovido a procurador de Justiça, em 2001. No mesmo ano, ele assumiu a coordenação do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, do Patrimônio Cultural e de Habitação e Urbanismo (Caoma).
Em abril deste ano, o chefe do MPMG foi eleito por aclamação como presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG). No entanto, sua atuação no cargo deve se encerrar na mesma data do fim de seu mandato como chefe do Ministério Público mineiro.
Conheça os candidatos à Procuradoria Geral de Justiça do Estado
Carlos Mariani Bittencourt - Está no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desde 1990. O último posto ocupado foi de procurador geral de Justiça adjunto institucional. Chefiou o órgão por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Destacou-se pela atuação nos acordos pelas tragédias de Mariana e Brumadinho. É apoiado pelo atual procurador geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior.
Geraldo Flávio Vasques - Ingressou no MPMG em 1991. É coordenador da Procuradoria de Justiça Cível da instituição. Foi procurador geral de Justiça adjunto na gestão de Alceu Torres, que chefiou o órgão entre 2009 e 2012. Trabalhou com a família do ex-vice-presidente José Alencar e deve contar com o apoio de Josué Gomes, de quem é amigo de infância.
Marcos Tofani Baer Bahia - É servidor do Ministério Público desde 1993. Atualmente, é titular da Procuradoria de Justiça de Direitos Difusos e Coletivos. Foi procurador geral de Justiça adjunto na gestão de Antônio Sérgio Tonet, que o apoia nesta eleição.
Paulo de Tarso Morais Filho - Está no MPMG há 30 anos. Foi promotor de Justiça de Defesa do Consumidor em BH e coordenou a área de Serviços do Procon-MG. Recentemente, pediu exoneração do gabinete de Jarbas Soares Júnior e conta com apoio da Família Aro – grupo do secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro.
otempo.com.br
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Concorrem ao cargo os procuradores de Justiça Carlos André Mariani Bittencourt, Geraldo Flávio Vasques e Marcos Tofani e o promotor de Justiça Paulo de Tarso Morais Filho. Após a eleição, os nomes de três deles vão compor uma lista tríplice, que será encaminhada ao governador Romeu Zema (Novo). Depois disso, o chefe do Executivo estadual terá 15 dias corridos para definir quem será nomeado para comandar a instituição pelos próximos dois anos.
Os quatro postulantes estão em plena campanha para promover seus respectivos nomes entre os cerca de 1.100 promotores e procuradores de Justiça que terão direito ao voto no dia do pleito. Para isso, eles circulam por comarcas de todo o Estado para divulgar as propostas para o órgão nas diferentes frentes de atuação do Ministério Público. Mas, paralelamente, os candidatos também se ancoram no apadrinhamento de figuras com influência dentro e fora da instituição pública.
Prestes a deixar a chefia do MPMG, Jarbas Soares Júnior, por exemplo, declarou apoio a Bittencourt ainda no fim de setembro, durante uma reunião interna na sede do órgão. Atual procurador geral de Justiça adjunto institucional do órgão, Bittencourt ingressou no Ministério Público em 1990 e exerceu o cargo de procurador geral de Justiça por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Em um vídeo divulgado para apresentar a candidatura nas redes sociais, Bittencourt ressalta o trabalho da atual gestão e o compromisso com a continuidade, sob o lema “O avanço não pode parar”.
Tofani, por sua vez, está em campanha desde meados de setembro com o apoio de Antônio Sérgio Tonet, que chefiou a instituição entre 2016 e 2020, no intervalo entre as gestões de Bittencourt e de Jarbas. O candidato, que defende a renovação na chefia do órgão, está no Ministério Público desde 1993, onde é titular da Procuradoria de Justiça de Direitos Difusos e Coletivos.
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Jarbas Soares Júnior encerra sua gestão após quatro mandatos
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Carlos Mariani Bittencourt - Está no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desde 1990. O último posto ocupado foi de procurador geral de Justiça adjunto institucional. Chefiou o órgão por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Destacou-se pela atuação nos acordos pelas tragédias de Mariana e Brumadinho. É apoiado pelo atual procurador geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior.
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