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O último mês do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, no PSD foi de longas conversas com a cúpula nacional do partido, que buscou até os últimos instantes segurar o ex-chefe do Poder Executivo da capital na legenda, evitando que migrasse para o Republicanos, do pré-candidato à prefeitura Mauro Tramonte, decisão anunciada na sexta-feira (26/07). Houve reuniões com o principal líder do PSD no estado, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, e com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.
Às vésperas das eleições municipais de 2024, interessado em definir quem apoiaria como candidato a prefeito de Belo Horizonte, posto que ocupou por duas vezes, Kalil usou como argumento aos caciques do partido o incômodo que tem com seu vice, Fuad Noman (PSD). Seu companheiro de chapa na disputa pela reeleição, em 2020, assumiu o cargo em março de 2022, quando Kalil deixou o cargo para disputar a eleição ao Palácio Tiradentes, que perdeu para Romeu Zema (Novo).
O ex-prefeito disse tanto a Pacheco como a Kassab que Fuad, hoje candidato à reeleição, não declarou apoio à sua campanha ao Palácio Tiradentes. Há cerca de um ano, ao ser questionado sobre quem preferiria como candidato em 2024, o ex-prefeito respondia que não tinha compromisso com ninguém que, até aquele momento, se colocava na disputa. A reportagem entrou em contato com a assessoria do prefeito para declarações, mas não houve retorno. Entre os possíveis concorrentes já estavam Fuad, o deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL), e a deputada federal Duda Salabert (PDT).
Decidido a não ficar no PSD, restava a Kalil definir quem apoiaria. Aí entrou em campo outra mágoa do ex-prefeito, esta, com a esquerda. O ex-prefeito reclama do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo Kalil, após vencer a eleição para o Palácio do Planalto em 2022, nunca lhe deu um telefonema. O vice do ex-prefeito na chapa para o governo estadual foi André Quintão, ex-deputado estadual do PT. Em fevereiro deste ano, ao cumprir agenda em Belo Horizonte, Lula chamou o ex-prefeito para participar de um jantar na capital, convite que foi negado por Kalil.
A relação com o PT excluía, portanto, a possibilidade de o ex-prefeito apoiar partidos da esquerda. Na outra ponta, Kaill também não se uniria a ninguém da extrema-direita, como Bruno Engler, seu rival na disputa pela reeleição em 2020, nem a Luísa Barreto (Novo), pré-candidata do governador Zema, rival em 2022. Restaria, então, entre as possibilidades, o apoio a Gabriel Azevedo (MDB), Tramonte, ou ao senador Carlos Viana (Podemos).
Azevedo também não tem um bom relacionamento com Kalil, por embates entre câmara e a prefeitura no período em que governou. O ex-prefeito, que chegou a conversar com Viana, como fez com outros pré-candidatos, acabou optando por Tramonte. A escolha teria relação com promessas feitas pela legenda do pré-candidato a Kalil, como uma promessa de que o ex-prefeito será candidato ao governo do estado em 2026, algo que o ex-chefe do Poder Executivo municipal não conseguiu no PSD.
O apoio de Kalil pode fazer diferença nas eleições de outubro. Segundo a última pesquisa DATATEMPO, realizada entre os dias 4 e 8 de julho, mostra que 14,9% dos entrevistados vêem o ex-prefeito como um cacique capaz de influenciar na escolha de um candidato para comandar a cidade. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) sob o número 02187/2024. A mesma pesquisa aponta Tramonte como líder na corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte, com 22,4% das intenções de voto.
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Às vésperas das eleições municipais de 2024, interessado em definir quem apoiaria como candidato a prefeito de Belo Horizonte, posto que ocupou por duas vezes, Kalil usou como argumento aos caciques do partido o incômodo que tem com seu vice, Fuad Noman (PSD). Seu companheiro de chapa na disputa pela reeleição, em 2020, assumiu o cargo em março de 2022, quando Kalil deixou o cargo para disputar a eleição ao Palácio Tiradentes, que perdeu para Romeu Zema (Novo).
O ex-prefeito disse tanto a Pacheco como a Kassab que Fuad, hoje candidato à reeleição, não declarou apoio à sua campanha ao Palácio Tiradentes. Há cerca de um ano, ao ser questionado sobre quem preferiria como candidato em 2024, o ex-prefeito respondia que não tinha compromisso com ninguém que, até aquele momento, se colocava na disputa. A reportagem entrou em contato com a assessoria do prefeito para declarações, mas não houve retorno. Entre os possíveis concorrentes já estavam Fuad, o deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL), e a deputada federal Duda Salabert (PDT).
Decidido a não ficar no PSD, restava a Kalil definir quem apoiaria. Aí entrou em campo outra mágoa do ex-prefeito, esta, com a esquerda. O ex-prefeito reclama do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo Kalil, após vencer a eleição para o Palácio do Planalto em 2022, nunca lhe deu um telefonema. O vice do ex-prefeito na chapa para o governo estadual foi André Quintão, ex-deputado estadual do PT. Em fevereiro deste ano, ao cumprir agenda em Belo Horizonte, Lula chamou o ex-prefeito para participar de um jantar na capital, convite que foi negado por Kalil.
A relação com o PT excluía, portanto, a possibilidade de o ex-prefeito apoiar partidos da esquerda. Na outra ponta, Kaill também não se uniria a ninguém da extrema-direita, como Bruno Engler, seu rival na disputa pela reeleição em 2020, nem a Luísa Barreto (Novo), pré-candidata do governador Zema, rival em 2022. Restaria, então, entre as possibilidades, o apoio a Gabriel Azevedo (MDB), Tramonte, ou ao senador Carlos Viana (Podemos).
Azevedo também não tem um bom relacionamento com Kalil, por embates entre câmara e a prefeitura no período em que governou. O ex-prefeito, que chegou a conversar com Viana, como fez com outros pré-candidatos, acabou optando por Tramonte. A escolha teria relação com promessas feitas pela legenda do pré-candidato a Kalil, como uma promessa de que o ex-prefeito será candidato ao governo do estado em 2026, algo que o ex-chefe do Poder Executivo municipal não conseguiu no PSD.
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