A executiva nacional do PSB aprovou, nesta quinta-feira (9), a proposta de formação de uma federação partidária com o PDT e o Solidariedade. Agora, o presidente do partido, Carlos Siqueira, deve avançar nas conversas com dirigentes das outras legendas.

A decisão foi tomada em reunião na sede do PSB, em Brasília, com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, de governadores do partido e dos líderes no Congresso Nacional.

Na federação partidária, dois ou mais partidos se unem pelo prazo mínimo de quatro anos. Durante esse tempo, as legendas devem atuar como uma só, sem a opção formal de rompimento. A união vale não só em plano nacional, como nos 26 estados, no Distrito Federal e nos municípios.

O objetivo da federação entre PSB, PDT e Solidariedade é que as legendas disputem, juntas, as eleições municipais de 2023 e as eleições gerais de 2026.

Somados, os três partidos contam, hoje, com 34 deputados federais e 7 senadores. As siglas estão na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso.

Nicarágua
Na mesma reunião, a executiva nacional do PSB aprovou uma nota de repúdio ao regime de Daniel Ortega, na Nicarágua. O partido cita que há “flagrantes violações dos direitos humanos, detenções arbitrárias, julgamentos e execuções sumárias, assassinatos e tortura contra dissidentes políticos, dentre outras práticas típicas de regimes ditatoriais, que ocorrem na Nicarágua”.

“Desta forma, o PSB manifesta seu mais amplo e total repúdio às práticas ditatoriais do senhor Daniel Ortega e se solidariza com o povo nicaraguense, que precisa de um futuro que não reproduza o passado de violência política e social a que vem sendo submetido desde há muito”, diz a nota.

Ainda nesta quinta (9), o PSB aprovou apoio unânime à iniciativa da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) de apresentar um pedido de cassação do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) após o discurso transfóbico do parlamentar, na quarta-feira (8), em que debochou de mulheres transexuais.