CONGRESSO

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), lamentou a ausência do presidente Jair Bolsonaro na sessão solene em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil, nesta quinta-feira (8).

Bolsonaro chegou a confirmar presença no evento, mas minutos antes de a cerimônia começar, comunicou que não compareceria. O motivo pela desistência não foi anunciado.

“Obviamente faz falta a presidência da República presente em uma sessão solene em comemoração do bicentenário da Independência, em especial quando haja a contraparte presente, que é o presidente de Portugal. [...] Claro que lamento”, disse Pacheco.


No entanto, o presidente do Senado disse que por não saber a motivação, não faria “juízo de valor precipitado’ sobre a decisão de Bolsonaro. Pacheco ressaltou que o motivo pela ausência “tem que ser indagado”.


A sessão reuniu autoridades como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; o procurador-Geral da República, Augusto Aras, além dos ex-presidentes José Sarney e Michel Temer e do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.


Assim como os outros presidentes dos Poderes, Arthur Lira e Luiz Fux, Rodrigo Pacheco não compareceu ao desfile cívico-militar de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios.

Questionado, Pacheco afirma que tomou a decisão por receio que se misturassem o momento da celebração da Independência com um ato político-partidário de Jair Bolsonaro.


"Como não havia uma clareza, de minha parte, o que era um momento e o que era outro, se eles se misturariam, a minha preferência foi não participar do evento".

“O que não pode, de fato, é confundir uma coisa com a outra. Uma coisa é a condição de chefe de Executivo no desfile cívico e outra coisa é o desdobramento já como candidato a presidente. Respeito ambas as situações, desde que elas sejam independentes. O que não se pode é aproveitar o desfile cívico para política partidária”, pontuou.

Por fim, Rodrigo Pacheco criticou a decisão de Bolsonaro de, no desfile da Esplanada, colocar ao seu lado o empresário Luciano Hang, ao invés do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.


“Não é adequado se colocar entre dois presidentes da República ninguém. O correto é que fiquem lado a lado”.