O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), opinou no sábado, 20, que operações policiais não podem extrapolar a lei. O senador elogiou os resultados alcançados pela Operação Lava jato e outras iniciativas, mas ponderou que é preciso buscar uma atuação da justiça penal mais "silenciosa", além de eficiente e rápida.
 
"Embora a Lava Jato e outras operações policiais tenham prestado um papel importante de apurações de fatos no Brasil, que antes não eram apurados com eficiência, há por outro lado também que se conter qualquer iniciativa que extrapole limites de uma operação policial obediente à Constituição e obediente à lei", declarou durante live do Grupo Prerrogativas.

Em meio à discussão sobre a atuação do ex-juiz Sergio Moro nas investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Pacheco defendeu a imparcialidade de juízes. "O juiz tem que ser imparcial, ele tem que ter equidistância das partes e dos fatos", disse. Segundo ele, a busca por "heroísmo nacional" por meio da atuação de procuradores, promotores, juízes ou ministros de Corte não é um "caminho bom".

"Quando se cria uma operação policial e se transforma em uma operação policial além do que é a própria instituição da qual ela derivou, isso eu sempre soube que não era um caminho bom", disse. "O Tribunal e a Justiça devem ser imparciais", afirmou. Na live, o presidente do Senado citou ainda a premissa de que "quando a política entra pela porta do tribunal, a Justiça foge pela janela".

O presidente do Senado participou neste sábado, 20, de live promovida pelo Grupo Prerrogativas. O tema do debate virtual foi "Sob nova direção: os desafios do Poder Legislativo".