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Para o mês da comemoração do Dia das Mulheres, em março, a bancada feminina da Câmara prepara uma série de atos e também uma exposição, Mulheres no Poder, que vai lembrar a desigualdade de gênero no espaço político. O material a ser exibido, ainda em montagem, vai expor também questões atuais, como a exploração da mulher nas chapas dos candidatos, o uso das candidatas "laranjas" - que apenas têm seus nomes utilizados pelo homens para completar cotas -, e ainda orientar aos que passam pelo corredor a não compartilhar fake news contra as mulheres que desejarem entrar na política.
Alguns dados serão lembrados e acentuados: somadas todas as mulheres que já ocuparam uma vaga na Câmara desde 1934 - 335 ao todo -, não chega ao número suficiente para todas as vagas de uma única legislatura, 513. Já o total de homens eleitos nesse período chega a 7.568 deputados, o equivalente a quase 15 plenários. Este ano, 1934, foi quando a mulher conquistou o direito de ser votada no Brasil.
Entre os dados reunidos, a exposição vai lembrar que os brasileiros elegeram 4.750 prefeitos (87,9%) e 651 prefeitas (12,1%), em 2022. Destas, apenas nove administram grandes cidades e uma foi eleita para capital. Em mais de 1.800 cidades, apenas uma mulher foi eleita vereadora. Em outras 958, nenhuma outra mulher foi eleita para ocupar vaga nas Câmaras municipais. Mesmo sendo 28% da população, mulheres negras estão à frente de apenas 4% dos municípios, como prefeitas.
Maior desigualdade da América do Sul
Na apresentação, as curadoras afirmam que mulheres, pessoas negras, indígenas e LGBTQIAP+ precisam ter as mesmas oportunidades para acessar e exercer o poder.
"No caso das mulheres, a luta por direitos políticos data de tempos imemoriais. No Brasil, a sub-representação feminina sempre foi constante, seja no período colonial, no império ou na república, e as mulheres apenas alcançaram a garantia de votar e serem votadas há menos de um século", lembram na apresentação as curadoras Ana Cláudia Lustosa, Samay Gomes e Yasmin Loureiro, que atuam na Secretaria das Mulheres da Câmara.
O Brasil elegeu 91 deputadas federais em 2022, o maior número de representantes femininas até hoje. Dados da União Interparlamentar, uma organização internacional que cataloga dados sobre composição nos Congressos de todo o mundo, porém, mostram o Brasil aparece com a maior desigualdade de gênero da América do Sul. Essas 91 representam apenas 17,5% dos 513. Esse percentual é menos da metade da proporção de deputadas femininas na Bolívia (46%), no Equador (43%) e na Argentina (42%).
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Para o mês da comemoração do Dia das Mulheres, em março, a bancada feminina da Câmara prepara uma série de atos e também uma exposição, Mulheres no Poder, que vai lembrar a desigualdade de gênero no espaço político. O material a ser exibido, ainda em montagem, vai expor também questões atuais, como a exploração da mulher nas chapas dos candidatos, o uso das candidatas "laranjas" - que apenas têm seus nomes utilizados pelo homens para completar cotas -, e ainda orientar aos que passam pelo corredor a não compartilhar fake news contra as mulheres que desejarem entrar na política.
Alguns dados serão lembrados e acentuados: somadas todas as mulheres que já ocuparam uma vaga na Câmara desde 1934 - 335 ao todo -, não chega ao número suficiente para todas as vagas de uma única legislatura, 513. Já o total de homens eleitos nesse período chega a 7.568 deputados, o equivalente a quase 15 plenários. Este ano, 1934, foi quando a mulher conquistou o direito de ser votada no Brasil.
Entre os dados reunidos, a exposição vai lembrar que os brasileiros elegeram 4.750 prefeitos (87,9%) e 651 prefeitas (12,1%), em 2022. Destas, apenas nove administram grandes cidades e uma foi eleita para capital. Em mais de 1.800 cidades, apenas uma mulher foi eleita vereadora. Em outras 958, nenhuma outra mulher foi eleita para ocupar vaga nas Câmaras municipais. Mesmo sendo 28% da população, mulheres negras estão à frente de apenas 4% dos municípios, como prefeitas.
Maior desigualdade da América do Sul
Na apresentação, as curadoras afirmam que mulheres, pessoas negras, indígenas e LGBTQIAP+ precisam ter as mesmas oportunidades para acessar e exercer o poder.
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