ELEIÇÃO NO RIO

O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL), afirmou, em seu primeiro programa no horário eleitoral, que ele e seus eleitores são vistos como “otários” nessas eleições.

“Eles acham que as pessoas decentes, as pessoas de bem como você, são otários, são manés. Vamos mostrar que dessa vez nós, os otários, vamos vencer”, disse o deputado federal.

Ramagem é o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda desconhecido de parte do eleitorado, ele fez questão de mencionar o padrinho político no programa, além de exibir uma identidade visual que lembra a do ex-chefe do Executivo, como na sigla “R22”.

“Sou candidato a prefeito do Rio com o apoio do presidente Bolsonaro. Porque entendi que todos os problemas da nossa cidade têm a mesma origem: a malandragem dos políticos de sempre”, afirmou.

O candidato do PL ainda deu destaque à pauta da segurança pública, pauta cara ao bolsonarismo e apontada como um dos principais problemas do Rio. Conta que aos 20 anos, foi assaltado e levou um tiro, e por isso, decidiu ser delegado da Polícia Federal.

Outro candidato que explorou a pauta bolsonarista foi Rodrigo Amorim (União). Mesmo sem ter o apoio oficial de Bolsonaro, exibiu, logo no início de seu programa, imagens da facada sofrida pelo ex-presidente na campanha eleitoral de 2018, além de cenas da violência no Rio e um trecho de seu primeiro discurso como deputado estadual. “A esquerda que se prepare, vocês terão dias muito difíceis na Alerj”, diz.

Eduardo Paes diz que ‘o Rio voltou’

Candidato à reeleição, o prefeito Eduardo Paes (PSD) destacou que “o Rio voltou”. O concorrente apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa dizendo que pegou “uma cidade abandonada”, mas afirma que com ele, “o amor voltou” e exalta ações de seu governo.

“Não faz muito tempo, o Rio andava triste e abandonado. Rombo bilionário nas contas da Prefeitura do Rio, clínicas da família fechadas, BRT destruído, lembra? Esquece. O amor voltou, o trabalho voltou e o Rio voltou”.

Candidato do PSOL fala de educação

Já o candidato Tarcísio Motta (PSOL) dedicou seu programa para a pauta da educação pública. O psolista se apresenta como professor e diz que nos últimos 30 anos, foram apresentadas “soluções mágicas, que num estalar de dedos iam salvar a educação”. “Tudo mentira”, diz o candidato, que promete educação integral. “Não é caô nem fake news, é palavra de professor”, conclui.