array(31) {
["id"]=>
int(128180)
["title"]=>
string(74) "'Não tinha tanta vacina disponível', diz Bolsonaro sobre compra de doses"
["content"]=>
string(7118) "CORONAVÍRUS
O presidente Jair Bolsonaro tentou justificar neste sábado, 3, o fato de o Brasil estar atrás de "alguns outros países" na campanha de vacinação contra a COVID-19, reforçou as críticas contra governadores por medidas de distanciamento social e afirmou que as Forças Armadas estão à disposição para começar a aplicar o imunizante.
Em transmissão nas redes sociais, ao falar sobre o ritmo de imunização, Bolsonaro disse que não havia "tanta" vacina disponível no ano passado, alegando que as condições não seriam favoráveis para o fechamento de contratos.
"O que se oferecia para a gente, o contrato não era possível de se assinar daquela forma, e bem como não tinha a aprovação da Anvisa", disse o presidente, ao lado do novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
"O Brasil é um dos primeiros países em vacinação, estamos atrás apenas de alguns outros países, que começaram a vacinar no ano passado. Compramos vacinas no ano passado, não tinha tanta vacina disponível assim", disse o presidente, segundo quem praticamente todos os quartéis do Brasil têm a condição de fazer a vacinação.
O assunto, segundo o presidente, foi conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministro da Defesa, mas o chefe do Executivo não deu mais detalhes.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, a tentativa de Bolsonaro de responsabilizar laboratórios pela falta de oferta de vacinas no Brasil esbarrou na demora do próprio governo em fechar acordos com os fabricantes. Tanto Bolsonaro quanto o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fizeram críticas públicas a exigências de farmacêuticas, como foi o caso Pfizer.
Diante do agravamento do quadro da pandemia no País, Bolsonaro viu subir a reprovação do governo, segundo levantamentos feitos por institutos de pesquisa. Com isso, o tom sobre a campanha de vacinação mudou. Neste sábado, Bolsonaro afirmou que, pelo segundo dia consecutivo, o Brasil vacinou mais de um milhão de pessoas. "E esse número tende a crescer", afirmou.
Bolsonaro fez a transmissão ao vivo durante uma visita ao Centro Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que distribui sopas em Itapoã, região administrativa do Distrito Federal.
Na última quinta-feira, o número de pessoas vacinadas em um único dia contra o coronavírus no Brasil, com pelo menos uma dose do imunizante, ultrapassou pela primeira vez a marca de um milhão desde o início da pandemia, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.
Segundo o consórcio, cerca de 18,8 milhões de pessoas já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a COVID-19, o equivalente a 8,90% da população brasileira.
Em Israel, no Reino Unido e no Chile, onde a imunização está sendo executada em um ritmo muito mais acelerado, o índice de vacinados chega a 60,69%, 46,11% e 36,28% da população, respectivamente, segundo dados compilados no site “Our world in data”.
Desemprego
Apesar da mudança de tom sobre a vacinação, Bolsonaro repetiu sua crítica a governadores que adotam medidas de distanciamento social para reduzir a transmissão da COVID-19. O presidente afirmou que há "cada vez mais desemprego com a política do feche tudo", e avaliou que a grande parte dos prefeitos não estaria concordando com esse tipo de política.
Bolsonaro também disse que o governo está apoiando medidas "protetivas", mas que "tudo tem limite". "Cada vez tem mais desemprego, com a política do fecha tudo, fique em casa, mais gente está comendo menos, alguns passando necessidades seríssimas, e nós temos que vencer isso aí. A guerra, da minha parte, não é política, é uma guerra que realmente tem a ver com o futuro de uma nação. Não podemos esquecer da questão do emprego. O vírus, o pessoal sabe nós estamos combatendo com vacinações, nós estamos apoiando medidas protetivas. Agora, tudo tem um limite", afirmou o presidente.
"Lá atrás, quando se mandava ficar em casa, em março do ano passado, era para se achatar a curva, até que os hospitais se aparelhassem com respiradores. Passou-se um ano, bilhões do governo federal foram dispensados para governadores e prefeitos, e parece que alguns deles, alguns não aplicaram devidamente o recurso na saúde, aplicaram em outras áreas, que também são nobres, e não na saúde", continuou Bolsonaro, sem informar nomes.
Lockdown
Segundo o chefe do Executivo, alguns prefeitos não estão "cumprindo" ordens de governadores sobre a política do lockdown. "A grande parte dos prefeitos, as informações que nós temos, né, não concordam com a política radical do fechem tudo", disse. "Sabemos que a maior parte dos prefeitos quer uma mudança nessa política. Somos contra o fecha tudo", afirmou o presidente.
No mês passado, Bolsonaro entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o toque de recolher imposto pelos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul, mas o caso acabou arquivado pelo ministro Marco Aurélio Mello. Marco Aurélio entendeu que cabia à Advocacia-Geral da União (AGU), e não ao próprio presidente, acionar o Supremo. O episódio levou à demissão do então advogado-geral da União, José Levi, que acabou substituído no cargo por André Mendonça.
"
["author"]=>
string(18) "Estadão Conteúdo"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(577823)
["filename"]=>
string(19) "bomzudasvacinas.jpg"
["size"]=>
string(5) "17806"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(6) "posts/"
}
["image_caption"]=>
string(34) "(foto: José Cruz/Agência Brasil)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(162) "Em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro alegou que as condições não seriam favoráveis para o fechamento de contratos
"
["author_slug"]=>
string(16) "estadao-conteudo"
["views"]=>
int(60)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(69) "nao-tinha-tanta-vacina-disponivel-diz-bolsonaro-sobre-compra-de-doses"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-04-03 14:10:14.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-04-03 14:10:14.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-04-03T14:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(25) "posts/bomzudasvacinas.jpg"
}
CORONAVÍRUS
O presidente Jair Bolsonaro tentou justificar neste sábado, 3, o fato de o Brasil estar atrás de "alguns outros países" na campanha de vacinação contra a COVID-19, reforçou as críticas contra governadores por medidas de distanciamento social e afirmou que as Forças Armadas estão à disposição para começar a aplicar o imunizante.
Em transmissão nas redes sociais, ao falar sobre o ritmo de imunização, Bolsonaro disse que não havia "tanta" vacina disponível no ano passado, alegando que as condições não seriam favoráveis para o fechamento de contratos.
"O que se oferecia para a gente, o contrato não era possível de se assinar daquela forma, e bem como não tinha a aprovação da Anvisa", disse o presidente, ao lado do novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
"O Brasil é um dos primeiros países em vacinação, estamos atrás apenas de alguns outros países, que começaram a vacinar no ano passado. Compramos vacinas no ano passado, não tinha tanta vacina disponível assim", disse o presidente, segundo quem praticamente todos os quartéis do Brasil têm a condição de fazer a vacinação.
O assunto, segundo o presidente, foi conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministro da Defesa, mas o chefe do Executivo não deu mais detalhes.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, a tentativa de Bolsonaro de responsabilizar laboratórios pela falta de oferta de vacinas no Brasil esbarrou na demora do próprio governo em fechar acordos com os fabricantes. Tanto Bolsonaro quanto o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fizeram críticas públicas a exigências de farmacêuticas, como foi o caso Pfizer.
Diante do agravamento do quadro da pandemia no País, Bolsonaro viu subir a reprovação do governo, segundo levantamentos feitos por institutos de pesquisa. Com isso, o tom sobre a campanha de vacinação mudou. Neste sábado, Bolsonaro afirmou que, pelo segundo dia consecutivo, o Brasil vacinou mais de um milhão de pessoas. "E esse número tende a crescer", afirmou.
Bolsonaro fez a transmissão ao vivo durante uma visita ao Centro Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que distribui sopas em Itapoã, região administrativa do Distrito Federal.
Na última quinta-feira, o número de pessoas vacinadas em um único dia contra o coronavírus no Brasil, com pelo menos uma dose do imunizante, ultrapassou pela primeira vez a marca de um milhão desde o início da pandemia, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.
Segundo o consórcio, cerca de 18,8 milhões de pessoas já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a COVID-19, o equivalente a 8,90% da população brasileira.
Em Israel, no Reino Unido e no Chile, onde a imunização está sendo executada em um ritmo muito mais acelerado, o índice de vacinados chega a 60,69%, 46,11% e 36,28% da população, respectivamente, segundo dados compilados no site “Our world in data”.
Desemprego
Apesar da mudança de tom sobre a vacinação, Bolsonaro repetiu sua crítica a governadores que adotam medidas de distanciamento social para reduzir a transmissão da COVID-19. O presidente afirmou que há "cada vez mais desemprego com a política do feche tudo", e avaliou que a grande parte dos prefeitos não estaria concordando com esse tipo de política.
Bolsonaro também disse que o governo está apoiando medidas "protetivas", mas que "tudo tem limite". "Cada vez tem mais desemprego, com a política do fecha tudo, fique em casa, mais gente está comendo menos, alguns passando necessidades seríssimas, e nós temos que vencer isso aí. A guerra, da minha parte, não é política, é uma guerra que realmente tem a ver com o futuro de uma nação. Não podemos esquecer da questão do emprego. O vírus, o pessoal sabe nós estamos combatendo com vacinações, nós estamos apoiando medidas protetivas. Agora, tudo tem um limite", afirmou o presidente.
"Lá atrás, quando se mandava ficar em casa, em março do ano passado, era para se achatar a curva, até que os hospitais se aparelhassem com respiradores. Passou-se um ano, bilhões do governo federal foram dispensados para governadores e prefeitos, e parece que alguns deles, alguns não aplicaram devidamente o recurso na saúde, aplicaram em outras áreas, que também são nobres, e não na saúde", continuou Bolsonaro, sem informar nomes.
Lockdown
Segundo o chefe do Executivo, alguns prefeitos não estão "cumprindo" ordens de governadores sobre a política do lockdown. "A grande parte dos prefeitos, as informações que nós temos, né, não concordam com a política radical do fechem tudo", disse. "Sabemos que a maior parte dos prefeitos quer uma mudança nessa política. Somos contra o fecha tudo", afirmou o presidente.
No mês passado, Bolsonaro entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o toque de recolher imposto pelos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul, mas o caso acabou arquivado pelo ministro Marco Aurélio Mello. Marco Aurélio entendeu que cabia à Advocacia-Geral da União (AGU), e não ao próprio presidente, acionar o Supremo. O episódio levou à demissão do então advogado-geral da União, José Levi, que acabou substituído no cargo por André Mendonça.