array(31) {
["id"]=>
int(134681)
["title"]=>
string(75) "Moro e Dallagnol manipularam a Justiça em proveito próprio, dizem juízes"
["content"]=>
string(3919) "USO POLÍTICO
O anúncio de que Sergio Moro e Deltan Dallagnol entrarão para a política é criticado por um grupo de juízes. Em nota divulgada neste domingo (7), a Associação Juízes para a Democracia (AJD) afirma que o ex-juiz e procurador da República “nunca atuaram contra a corrupção”, mas sim em benefício próprio.
A filiação de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, está marcada para a próxima quarta-feira (10). Ele irá para o Partido Podemos e a expectativa de líderes da legenda é que concorra à presidência em 2022, embora ainda não haja definição.
Já Dallagnol, ex-chefe da Lava Jato em Curitiba, pediu exoneração do Ministério Público Federal e publicou vídeo para contar que pode “fazer mais pelo país fora do Ministério Público". Ele não detalhou se seguirá Moro e entrará para a política muito embora isso seja aguardado.
De acordo com os juízes, Moro e Dallagnol usaram o sistema de justiça para barrar “um projeto político popular e nacionalista”, o que afastou o “candidato com maiores intenções de voto” e resultou em eleições parciais. Eles se referem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018.
“Caída a máscara da caçada implacável aqueles que eles chamavam de corruptos, Moro e Dallagnol escancaram que seu maior projeto era alavancar suas próprias carreiras políticas, vilipendiando seus cargos públicos, no Judiciário e no Ministério Público”, diz a nota.
Os juízes afirmam que Moro e Dallagnol causaram danos à democracia, destruíram a indústria naval e a construção civil brasileiras, “entre outros nefastos efeitos do Lawfare praticado por esses que, agora, sem pudor algum, desvelam quais eram suas verdadeiras intenções: a manipulação da justiça em proveito próprio”.
Crítica está longe de ser isolada
A movimentação dos dois também desagrada procuradores, que estão preocupados que a medida coloque a atuação do MPF sob suspeita em outros casos importantes. Reportagem da Folha de S. Paulo conta que procuradores com passagens na Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro e no Distrito Federal criticam nos bastidores a possibilidade de Dallagnol entrar na política e também disputar as eleições de 2022.
O grupo ‘Prerrogativas’, composto por juristas, professores de Direito e advogados, também é contra as possíveis candidaturas. Eles chamam Moro e Dallagnol de “cínicos personagens” que “fraudaram escancaradamente garantias processuais básicas durante a chamada operação Lava Jato” e agora “exibem à luz do sol seus verdadeiros propósitos”.
“Os atos representam a consumação de uma manobra criminosa de aproveitamento político do sistema de Justiça”, dizem os juristas em nota.
"
["author"]=>
string(26) "FERNANDA VALENTE | O TEMPO"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(585584)
["filename"]=>
string(30) "sergiomoro-deltandallagnol.jpg"
["size"]=>
string(5) "37888"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(22) "site/ffotosiinternass/"
}
["image_caption"]=>
string(75) " Sergio Moro e Deltan Dallagnol /Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP - 24.10.2016"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(219) "Em nota, Associação Juízes para a Democracia (AJD) critica ida para política e diz que os dois “nunca atuaram contra a corrupção”
"
["author_slug"]=>
string(24) "fernanda-valente-o-tempo"
["views"]=>
int(126)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(571)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(71) "moro-e-dallagnol-manipularam-a-justica-em-proveito-proprio-dizem-juizes"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-11-07 22:11:53.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2022-03-14 12:10:25.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-11-08T09:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(52) "site/ffotosiinternass/sergiomoro-deltandallagnol.jpg"
}
USO POLÍTICO
O anúncio de que Sergio Moro e Deltan Dallagnol entrarão para a política é criticado por um grupo de juízes. Em nota divulgada neste domingo (7), a Associação Juízes para a Democracia (AJD) afirma que o ex-juiz e procurador da República “nunca atuaram contra a corrupção”, mas sim em benefício próprio.
A filiação de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, está marcada para a próxima quarta-feira (10). Ele irá para o Partido Podemos e a expectativa de líderes da legenda é que concorra à presidência em 2022, embora ainda não haja definição.
Já Dallagnol, ex-chefe da Lava Jato em Curitiba, pediu exoneração do Ministério Público Federal e publicou vídeo para contar que pode “fazer mais pelo país fora do Ministério Público". Ele não detalhou se seguirá Moro e entrará para a política muito embora isso seja aguardado.
De acordo com os juízes, Moro e Dallagnol usaram o sistema de justiça para barrar “um projeto político popular e nacionalista”, o que afastou o “candidato com maiores intenções de voto” e resultou em eleições parciais. Eles se referem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018.
“Caída a máscara da caçada implacável aqueles que eles chamavam de corruptos, Moro e Dallagnol escancaram que seu maior projeto era alavancar suas próprias carreiras políticas, vilipendiando seus cargos públicos, no Judiciário e no Ministério Público”, diz a nota.
Os juízes afirmam que Moro e Dallagnol causaram danos à democracia, destruíram a indústria naval e a construção civil brasileiras, “entre outros nefastos efeitos do Lawfare praticado por esses que, agora, sem pudor algum, desvelam quais eram suas verdadeiras intenções: a manipulação da justiça em proveito próprio”.
Crítica está longe de ser isolada
A movimentação dos dois também desagrada procuradores, que estão preocupados que a medida coloque a atuação do MPF sob suspeita em outros casos importantes. Reportagem da Folha de S. Paulo conta que procuradores com passagens na Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro e no Distrito Federal criticam nos bastidores a possibilidade de Dallagnol entrar na política e também disputar as eleições de 2022.
O grupo ‘Prerrogativas’, composto por juristas, professores de Direito e advogados, também é contra as possíveis candidaturas. Eles chamam Moro e Dallagnol de “cínicos personagens” que “fraudaram escancaradamente garantias processuais básicas durante a chamada operação Lava Jato” e agora “exibem à luz do sol seus verdadeiros propósitos”.
“Os atos representam a consumação de uma manobra criminosa de aproveitamento político do sistema de Justiça”, dizem os juristas em nota.