BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ao participar de seminário no STF (Supremo Tribunal Federal) na sexta-feira (10), a empresária Luiza Trajano afirmou que não deseja ser candidata à Presidência da República, apesar de ter recebido apelos para entrar na disputa pelo Palácio do Planalto.

A dona da Magazine Luiza disse, em tom de ironia, que as mulheres são sempre procuradas no período eleitoral para ser vice de um homem.


Apontada como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela Time e entre as 25 mais influentes do mundo em 2021 pelo Financial Times, Trajano deu a declaração enquanto falava sobre o grupo que construiu, "Mulheres do Brasil". A empresária também integra o conselho editorial da Folha de S. Paulo.


"Estamos com 100 mil mulheres lutando pela paz. Essa oportunidade nasceu e vocês veem o tanto que as mulheres estão sendo procuradas, ainda não para ser presidente, mas para ser vice-presidente, para ter cadeiras", disse, arrancando risadas.


"E eu não sou candidata, já vou avisando, mas sou uma política nata. E [as mulheres] estão sendo convidadas, porque as pesquisas estão mostrando que elas têm muita força hoje no mundo inteiro", continuou.


Trajano participou do seminário "Por Estas e por Outras - A Justiça pelo Olhar de Mulheres", capitaneado pela ministra Cármen Lúcia, do STF, ao lado de outras magistradas, como Rosa Weber, presidente em exercício do Supremo em razão de viagem do ministro Luiz Fux.


Ela participou de painel intitulado "Preços e desapreços: violência custa a vida", do qual participaram a ministra aposentada do STF Ellen Gracie, a presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Maria Cristina Peduzzi, a economista Maria Silvia Bastos Marques e a jornalista Flávia Oliveira. Apesar da declaração, Trajano foi alvo de apelos para que cogite entrar na disputa. O pedido se deu durante discurso de Maria Silvia.