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Para os Estados Unidos fazerem prevalecer seus interesses, vale tudo. A começar por mentiras como a do arsenal de armas químicas de Saddam Hussein. Os factoides criados para justificar a intervenção são seguidos por uma escalada de provocações, sanções econômicas e tentativas de isolamento internacional que precedem a derrubada do governo que não se submete, ou pura e simplesmente uma ocupação militar travestida de luta contra o terrorismo ou a defesa da democracia.
Cinismo
A propaganda estadunidense tenta, de forma enganosa, criar uma capa de “legalidade” para seus atos, capa esta que se desmancha a qualquer escrutínio, pois o governo dos EUA se aliou a ditaduras sangrentas em todo o mundo, como recentemente no Omã, para ficar em um exemplo, sem falar da teocrática Arábia Saudita, seu aliado de sempre. Cínicos, os Estados Unidos usam facções terroristas que armam quando servem a seus interesses de lucro, ganância e poder.
Na nossa América, a Latina, os exemplos são inúmeros. Nos últimos anos, assistimos aos golpes em Honduras, Paraguai, Brasil e, recentemente, na Bolívia. A hostilidade aberta e pública a qualquer governo que ouse não seguir os cânones econômicos e políticos de Washington precede o boicote econômico e financeiro.
Qualquer tentativa de construir independência econômica, tecnológica, militar e mesmo comercial e diplomática é vista como hostil ao poder do império: blocos regionais, integração econômica, política externa e comercial ou econômica são logo taxadas de populistas e antiamericanas.
Império do Meio
A mais recente guerra comercial de Trump com a China é sintoma do temor da ascensão do Império do Meio como potência mundial capaz não apenas de desafiar a hegemonia econômica e tecnológica estadunidense, mas de ser um contrapeso às suas ambições imperiais de polícia do mundo. O mesmo vale em relação à Rússia, à Índia, à África do Sul, ao Irã e a qualquer outro governo ou nação que ouse construir seu próprio caminho.
A gravidade do momento atual no Brasil se concretiza na alienação de nossa política externa, nossa diplomacia e nossa independência em relação aos Estados Unidos pelo governo Bolsonaro, algo jamais visto a não ser no início da ditadura militar, que apoiou a invasão à Republica Dominicana e o bloqueio criminoso a Cuba. O alinhamento subserviente aos Estados Unidos, que vem se manifestando seguidamente, como no apoio ao golpe militar na Bolívia, às tentativas de invasão da Venezuela e, agora, ao assassinato do general Suleimani, do Irã, acabarão por nos arrastar a guerras injustas e de agressão.
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José Dirceu, no Metrópoles - Guerras de agressão são uma constante na história do império estadunidense. Nestes últimos anos, vimos a ocupação do Afeganistão, do Iraque e da Líbia. E a Síria só não foi ocupada pela oposição da Rússia e do Irã.
Para os Estados Unidos fazerem prevalecer seus interesses, vale tudo. A começar por mentiras como a do arsenal de armas químicas de Saddam Hussein. Os factoides criados para justificar a intervenção são seguidos por uma escalada de provocações, sanções econômicas e tentativas de isolamento internacional que precedem a derrubada do governo que não se submete, ou pura e simplesmente uma ocupação militar travestida de luta contra o terrorismo ou a defesa da democracia.
Cinismo
A propaganda estadunidense tenta, de forma enganosa, criar uma capa de “legalidade” para seus atos, capa esta que se desmancha a qualquer escrutínio, pois o governo dos EUA se aliou a ditaduras sangrentas em todo o mundo, como recentemente no Omã, para ficar em um exemplo, sem falar da teocrática Arábia Saudita, seu aliado de sempre. Cínicos, os Estados Unidos usam facções terroristas que armam quando servem a seus interesses de lucro, ganância e poder.
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Império do Meio
A mais recente guerra comercial de Trump com a China é sintoma do temor da ascensão do Império do Meio como potência mundial capaz não apenas de desafiar a hegemonia econômica e tecnológica estadunidense, mas de ser um contrapeso às suas ambições imperiais de polícia do mundo. O mesmo vale em relação à Rússia, à Índia, à África do Sul, ao Irã e a qualquer outro governo ou nação que ouse construir seu próprio caminho.
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