O deputado mineiro criticou política externa do Palácio do Planalto e, sem comentar detalhes de denúncias de corrupção, se disse atacado injustamente nos últimos anos

 
O deputado Aécio Neves (PSDB) avaliou como “de principiantes” os governos de Romeu Zema (Novo) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

O tucano disse não ser demérito “aprender a governar com a roda girando”, mas fez críticas ao “ultraliberalismo” do governador mineiro e ao “desequilíbrio” da nova política externa do governo federal. 

“Temos uma política externa equivocada do governo Bolsonaro. Saímos de uma política com viés ideológico de esquerda que fez muito mal para o país, como exemplo o apoio ao governo Maduro na Venezuela, mas começo a ver outra face da mesma moeda. O governo Bolsonaro busca um alinhamento à direita que não corresponde à tradição da política externa brasileira, que é de equilíbrio”, afirmou Aécio. 
Durante a convenção na manhã deste sábado (4), o tucano afirmou que foi vítima de ataques nos últimos anos, mas não entrou em detalhes para explicar as denúncias de corrupção em que é investigado. 

Em 2017, uma gravação telefônica trouxe à tona uma conversa de Aécio, então senador, pedindo R$ 2 milhões para o empresário Joesley Batista. Segundo ele, seria um pedido de empréstimo para pagar seus advogados. 

“Somos um partido vitorioso, independente dos resultados eleitorais”, disse Aécio. Ele pediu motivação dos correligionários para buscar votos nas disputas municipais do próximo ano e afirmou que os governos tucanos em Minas foram os melhores do estado. “Não temos razões para nos envergonhar”, afirmou.