AEROPORTOS

O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (21/6), medidas para reforçar a segurança em todos os aeroportos internacionais do Brasil em até 18 meses. O anúncio do Programa Aeroportos+Seguros, feito na manhã desta quarta-feira, contou com o Ministério dos Portos e Aeroportos, o da Justiça e Segurança Pública e Polícia Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou o início do programa pelo Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, seguido pelo Galeão, no Galeão no Rio de Janeiro. “Vamos começar por Guarulhos, que é o maior, mas, até para evitar problemas diplomáticos, Galeão também está incluído”, disse Dino.

Após partir do Aeroporto de Guarulhos, duas brasileiras ficaram presas na Alemanha por mais de um mês após terem as etiquetas das malas trocadas na ação de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Durante o anúncio do programa, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que a iniciativa partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cobrou soluções para evitar casos como o das duas passageiras brasileiras presas.

O programa prevê acesso biométrico para os funcionários das áreas restritas dos terminais, a restrição ao uso de celular nestes espaços, a instalação de equipamentos de raio-X mais modernos além de scanner corporais, e novas medidas para a identificação da bagagem dos passageiros com controle individualizado e câmeras de segurança com tecnologia de reconhecimento facial.

O custo estimado do pacote apenas em Guarulhos é de R$ 40 milhões, com recursos provenientes do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). Para França, o problema não é dinheiro e o governo federal tem responsabilidade pela segurança dos passageiros e suas bagagens, mesmo nos terminais privados. “Nós somos co-responsáveis pela segurança das pessoas e dos bens que elas entregam para o transporte nas companhias aéreas. Nós cobramos das pessoas uma taxa para que elas tenham conosco a garantia de que é um serviço público a rigor, que está sendo feito por uma outra empresa”, disse França.