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A executiva nacional do PSDB poderá definir nesta terça-feira (29 de abril) se irá se fundir com outro partido, o Podemos, uma decisão com impactos no cenário político de Minas Gerais, sobretudo no plano municipal. Nas eleições do ano passado, o PSDB conquistou 59 prefeituras, contra 24 do Podemos.
Da fusão, portanto, surgiria um partido com 83 chefes do poder executivo municipal no estado, o que daria à legenda a segunda posição entre as siglas com mais prefeituras em Minas Gerais. O novo partido ficaria empatado com o Republicanos, e atrás apenas do PSD, que tem 142 prefeitos no estado, que tem 853 municípios
Lideranças do PSDB de Minas Gerais ouvidas pela reportagem afirmam que a fusão será discutida na reunião da executiva, que ocorre em Brasília, mas que, se aprovada, seria apenas o início das possíveis negociações para se chegar à fusão. A união teria que passar ainda pela aprovação da legenda em convenção. Há ainda a necessidade da discussão de um novo estatuto.
Na outra ponta, a fusão também terá que ser aprovada pelo Podemos, em decisão que ainda não tem data para ocorrer. A reportagem tentou contato com os presidentes estaduais dos dois partidos, os deputados federais Paulo Abi-Ackel (PSDB), e Nely Aquino (Podemos), mas não houve retorno.
A fusão ocorreria em um momento de queda no número de prefeituras conquistadas pelo PSDB eleição após eleição. No Podemos, o movimento é inverso. Os tucanos, em 2016, venceram as eleições em 132 cidades, número que caiu para 85 em 2020, disputa anterior à que conquistaram as 59 atuais. Por sua vez, o Podemos ganhou 17 prefeituras em 2016 e 16 em 2020, antes de chegar às 24 de 2024.
As bancadas mineiras dos dois partidos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa têm números parecidos. O PSDB tem dois deputados federais, que são o presidente da legenda no estado e o ex-governador Aécio Neves. Já o Podemos tem uma parlamentar, a presidente da sigla em Minas. Na Assembleia, o PSDB tem Leonídio Bouças e Maria Clara Marra, enquanto o Podemos tem Lud Falcão.
Envolvidos nas negociações afirmam haver arestas a serem aparadas nos dois partidos. Uma é sobre a quem caberá o comando da nova legenda nacionalmente e nos diretórios estaduais e municipais. A intenção de quem participa das conversas sobre a fusão, no entanto, é no sentido de tentar deixar esse debate para um segundo momento, sob pena de a união não se concretizar desde já.
Da parte dos tucanos, o argumento utilizado para que a fusão dê certo é o histórico do partido, que já governou o país por duas vezes e o estado de Minas Gerais por três vezes. O Podemos, para valorizar o passe, cita a bancada maior na Câmara dos Deputados, onde tem 15 deputados no total, contra 13 do PSDB. No Senado o Podemos também tem maioria. Na Casa o "placar" é de 4 a 3.
As negociações em torno da fusão colocaram sobre a mesa também a possibilidade do lançamento de um nome para a presidência da República em 2026. Os tucanos temem que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, provável nome na disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem, deixe a legenda em migração para o PSD. A expectativa é que, com uma nova legenda, mais robusta, Leite evite a mudança.
PSDB tentou fusão com o MDB
Antes de buscar o Podemos, o PSDB conversou com integrantes do MDB para discutir a possibilidade de uma fusão. O principal temor dos tucanos é serem "ceifados" pela cláusula de barreiras, a legislação que estabelece critérios para acesso a verbas públicas utilizadas em campanhas eleitorais e manutenção das legendas.
Nas eleições de 2026, o critério de distribuição prevê que, para acessar os recursos, o partido tem que ter 13 deputados federais, número atual do PSDB na Câmara, distribuídos por um terço dos estados. A outra saída para manter o acesso aos recursos é ter 2,5% dos votos válidos nas eleições para a Casa, distribuídos em um terço ou mais das unidades da federação, com mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada.
Segundo integrantes do PSDB, a união com o MDB não evoluiu porque o partido é um dos principais aliados do governo Lula. Desta maneira, ficaria complicado para os tucanos explicarem a parceria, já que sempre foram rivais do PT. Antes de iniciar negociações sobre fusão, o PSDB fechou uma federação com o Cidadania.
Esse tipo de parceria, no entanto, não visa a união para formação de outra legenda, mas também ajuda legendas menores a sobreviver, à medida em que os votos dos dois partidos são somados para aplicação dos quocientes eleitoral e partidário, que determinam quantas cadeiras cada sigla terá nas eleições proporcionais.
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Lideranças do PSDB de Minas Gerais ouvidas pela reportagem afirmam que a fusão será discutida na reunião da executiva, que ocorre em Brasília, mas que, se aprovada, seria apenas o início das possíveis negociações para se chegar à fusão. A união teria que passar ainda pela aprovação da legenda em convenção. Há ainda a necessidade da discussão de um novo estatuto.
Na outra ponta, a fusão também terá que ser aprovada pelo Podemos, em decisão que ainda não tem data para ocorrer. A reportagem tentou contato com os presidentes estaduais dos dois partidos, os deputados federais Paulo Abi-Ackel (PSDB), e Nely Aquino (Podemos), mas não houve retorno.
A fusão ocorreria em um momento de queda no número de prefeituras conquistadas pelo PSDB eleição após eleição. No Podemos, o movimento é inverso. Os tucanos, em 2016, venceram as eleições em 132 cidades, número que caiu para 85 em 2020, disputa anterior à que conquistaram as 59 atuais. Por sua vez, o Podemos ganhou 17 prefeituras em 2016 e 16 em 2020, antes de chegar às 24 de 2024.
As bancadas mineiras dos dois partidos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa têm números parecidos. O PSDB tem dois deputados federais, que são o presidente da legenda no estado e o ex-governador Aécio Neves. Já o Podemos tem uma parlamentar, a presidente da sigla em Minas. Na Assembleia, o PSDB tem Leonídio Bouças e Maria Clara Marra, enquanto o Podemos tem Lud Falcão.
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Da parte dos tucanos, o argumento utilizado para que a fusão dê certo é o histórico do partido, que já governou o país por duas vezes e o estado de Minas Gerais por três vezes. O Podemos, para valorizar o passe, cita a bancada maior na Câmara dos Deputados, onde tem 15 deputados no total, contra 13 do PSDB. No Senado o Podemos também tem maioria. Na Casa o "placar" é de 4 a 3.
As negociações em torno da fusão colocaram sobre a mesa também a possibilidade do lançamento de um nome para a presidência da República em 2026. Os tucanos temem que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, provável nome na disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem, deixe a legenda em migração para o PSD. A expectativa é que, com uma nova legenda, mais robusta, Leite evite a mudança.
PSDB tentou fusão com o MDB
Antes de buscar o Podemos, o PSDB conversou com integrantes do MDB para discutir a possibilidade de uma fusão. O principal temor dos tucanos é serem "ceifados" pela cláusula de barreiras, a legislação que estabelece critérios para acesso a verbas públicas utilizadas em campanhas eleitorais e manutenção das legendas.
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Esse tipo de parceria, no entanto, não visa a união para formação de outra legenda, mas também ajuda legendas menores a sobreviver, à medida em que os votos dos dois partidos são somados para aplicação dos quocientes eleitoral e partidário, que determinam quantas cadeiras cada sigla terá nas eleições proporcionais.