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string(5092) "O ex-presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, disse que o escândalo em torno dos contratos celebrados pelo chamado Rei do Lixo com prefeituras deve revelar um mega esquema de corrupção, de proporções nunca vistas no Brasil.
“Essa milícia do Rio de Janeiro é trombadinha perto do que políticos da cúpula do partido fazem ”, disse ele ao Brasil 247, diretamente de Miami, Flórida, para onde viajou com a família.
“Acho que não houve um esquema de corrupção tão grande quanto este do União Brasil”, acrescentou Bivar. Ele conhece bem os personagens dessa trama descoberta pela Polícia Federal, na Operação Overclean.
Bivar foi presidente do União Brasil até que sofreu um golpe interno do partido, que teve como beneficiário Antônio Rueda, seu ex-braço direito, mas que teria sido arquitetado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o senador Davi Alcolumbre e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
Os três são justamente os suspeitos de serem os pilares políticos do empresário José Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, integrante do Diretório Nacional do União Brasil. No relatório da Polícia Federal, o Amapá, Estado de Davi Alcolumbre, é citado dez vezes, no contexto de contratos de recolhimento de lixo superfaturados.
Bahia e Goiás, Estados de ACM Neto e Ronaldo Caiado, também aparecem no relatório.
“Após a instauração do inquérito policial e o deferimento de medidas de afastamento de sigilo telefônico, telemático, fiscal, bancário e de captação ambiental, decretadas no interesse das apurações empreendidas no âmbito do IPL n. 2023.01059 – SR/PF/BA (1007020-14.2024.4.01.3300), foram colhidos elementos importantes de materialidade e autoria de práticas criminosas acima listadas, com abrangência em outros municípios do Estado da Bahia, do Tocantins, Amapá Rio de Janeiro e Goiás”, destaca a investigação da PF.
No livro que acaba de publicar, “Democracia Acima de Tudo”, Bivar conta que seu afastamento da presidência do União Brasil ocorreu em razão da recusa em apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, o que o colocou na linha de tiro de figuras importantes do partido, entre os quais Caiado, Davi Alcolumbre e ACM Neto.
Publicamente, eles faziam jogo dúbio, mas, internamente, não queriam a candidatura de Soraya Thronicke a presidente, para deixar espaço ao voto em Bolsonaro no primeiro turno.
Por trás desse apoio velado, estaria o mega esquema de corrupção viabilizado com o chamado orçamento secreto, que dificultava o rastreamento dos recursos enviados a prefeituras e usados para pagamento dos contratos celebrados com o Rei do Lixo.
Bivar diz que seus advogados estudam hoje entrar na Justiça para pedir a destituição de Antonio Rueda, que atuaria no contato com prefeituras em favor das empresas de recolhimento de lixo. “Por enquanto, só apareceu a ponta do iceberg”, afirmou.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
*Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br
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Bivar foi presidente do União Brasil até que sofreu um golpe interno do partido, que teve como beneficiário Antônio Rueda, seu ex-braço direito, mas que teria sido arquitetado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o senador Davi Alcolumbre e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
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No livro que acaba de publicar, “Democracia Acima de Tudo”, Bivar conta que seu afastamento da presidência do União Brasil ocorreu em razão da recusa em apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, o que o colocou na linha de tiro de figuras importantes do partido, entre os quais Caiado, Davi Alcolumbre e ACM Neto.
Publicamente, eles faziam jogo dúbio, mas, internamente, não queriam a candidatura de Soraya Thronicke a presidente, para deixar espaço ao voto em Bolsonaro no primeiro turno.
Por trás desse apoio velado, estaria o mega esquema de corrupção viabilizado com o chamado orçamento secreto, que dificultava o rastreamento dos recursos enviados a prefeituras e usados para pagamento dos contratos celebrados com o Rei do Lixo.
Bivar diz que seus advogados estudam hoje entrar na Justiça para pedir a destituição de Antonio Rueda, que atuaria no contato com prefeituras em favor das empresas de recolhimento de lixo. “Por enquanto, só apareceu a ponta do iceberg”, afirmou.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
*Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br