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Depois da cobrança de países europeus por ações para reduzir o desmatamento na região, a viagem de três dias é vista pelo governo brasileiro como uma oportunidade de "apresentar a Amazônia" aos representantes desses países. Apesar do aumento no número de queimadas na floresta e no Pantanal, o governo do presidente Jair Bolsonaro atribui as críticas estrangeiras ao desconhecimento da realidade brasileira.
"Os embaixadores são principalmente da Europa, que não têm o conhecimento pleno de como a vida na Amazônia prossegue, de como o ribeirinho ganha seu pão diário, e agora terão oportunidade de ver isso com os seus próprios olhos e, a partir daí, tirar suas próprias conclusões", afirmou Mourão, em entrevista a um programa de rádio produzido pela vice-presidência. "A iniciativa tem por objetivo mostrar não só à comunidade internacional, mas também à comunidade brasileira, que a nossa Amazônia continua pujante e preservada e que a sua complexidade ambiental e humana não permite entendimento equivocado e genérico da região", completou Mourão.
Em setembro, oito países europeus enviaram ao vice-presidente brasileiro uma carta em que diziam que a "tendência crescente de deflorestamento no Brasil" estaria dificultando a compra de produtos brasileiros por consumidores daquele continente. Depois disso, Bolsonaro chegou a dizer que diplomatas estrangeiros não vão encontrar "nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada" na Amazônia, mas Mourão admitiu que o governo brasileiro precisava apresentar "melhores resultados".Continua depois da publicidade
Visita
Devem participar da comitiva chefes de missões diplomáticas da União Europeia, Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Suécia e Alemanha, além de embaixadores do Canadá, África do Sul, Peru e Colômbia, e de representante da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Além de Mourão, acompanham, pelo lado brasileiro, cinco ministros: do Meio Ambiente, Ricardo Salles; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; da Agricultura, Tereza Cristina; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; e de um representante do Ministério da Saúde - o titular, Eduardo Pazuello, segue internado até esta segunda-feira, 2, em tratamento após contrair covid-19.
Mesmo depois de Bolsonaro ter minimizado em várias ocasiões a pandemia do coronavírus, a possibilidade de contaminação durante a visita é uma das preocupações, principalmente depois de os casos no Amazonas terem apresentado alta nas últimas semanas. Todos os integrantes da comitiva farão teste de covid-19 antes de embarcar e, de acordo com a vice-presidência, seguirão protocolos como uso de máscara e álcool em gel.
Será feito um sobrevoo na região sul do Pará, sobre municípios como Novo Progresso e Castelo dos Sonhos. As atividades em solo serão em Manaus e São Gabriel da Cachoeira (AM), e haverá ainda uma visita ao 5º Pelotão Especial de Fronteira na comunidade de Maturacá (AM), junto ao Pico da Neblina, na fronteira com a Venezuela.Continua depois da publicidade
Na quarta-feira, os embaixadores visitarão o zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), em Manaus.
Na quinta, ainda na capital amazonense, a comitiva conhecerá o laboratório modelo de investigação de crime ambiental da Polícia Federal e um Projeto Integrado de Colonização do Incra, além do famoso Encontro das Águas.
Na sexta-feira, os representantes estrangeiros visitam o pelotão de fronteira em Maturacá e participam de uma formatura na 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira, onde também conhecerão uma Casa de Apoio à Saúde Indígena.
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Depois da cobrança de países europeus por ações para reduzir o desmatamento na região, a viagem de três dias é vista pelo governo brasileiro como uma oportunidade de "apresentar a Amazônia" aos representantes desses países. Apesar do aumento no número de queimadas na floresta e no Pantanal, o governo do presidente Jair Bolsonaro atribui as críticas estrangeiras ao desconhecimento da realidade brasileira.
"Os embaixadores são principalmente da Europa, que não têm o conhecimento pleno de como a vida na Amazônia prossegue, de como o ribeirinho ganha seu pão diário, e agora terão oportunidade de ver isso com os seus próprios olhos e, a partir daí, tirar suas próprias conclusões", afirmou Mourão, em entrevista a um programa de rádio produzido pela vice-presidência. "A iniciativa tem por objetivo mostrar não só à comunidade internacional, mas também à comunidade brasileira, que a nossa Amazônia continua pujante e preservada e que a sua complexidade ambiental e humana não permite entendimento equivocado e genérico da região", completou Mourão.
Em setembro, oito países europeus enviaram ao vice-presidente brasileiro uma carta em que diziam que a "tendência crescente de deflorestamento no Brasil" estaria dificultando a compra de produtos brasileiros por consumidores daquele continente. Depois disso, Bolsonaro chegou a dizer que diplomatas estrangeiros não vão encontrar "nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada" na Amazônia, mas Mourão admitiu que o governo brasileiro precisava apresentar "melhores resultados".Continua depois da publicidade
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Devem participar da comitiva chefes de missões diplomáticas da União Europeia, Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Suécia e Alemanha, além de embaixadores do Canadá, África do Sul, Peru e Colômbia, e de representante da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Além de Mourão, acompanham, pelo lado brasileiro, cinco ministros: do Meio Ambiente, Ricardo Salles; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; da Agricultura, Tereza Cristina; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; e de um representante do Ministério da Saúde - o titular, Eduardo Pazuello, segue internado até esta segunda-feira, 2, em tratamento após contrair covid-19.
Mesmo depois de Bolsonaro ter minimizado em várias ocasiões a pandemia do coronavírus, a possibilidade de contaminação durante a visita é uma das preocupações, principalmente depois de os casos no Amazonas terem apresentado alta nas últimas semanas. Todos os integrantes da comitiva farão teste de covid-19 antes de embarcar e, de acordo com a vice-presidência, seguirão protocolos como uso de máscara e álcool em gel.
Será feito um sobrevoo na região sul do Pará, sobre municípios como Novo Progresso e Castelo dos Sonhos. As atividades em solo serão em Manaus e São Gabriel da Cachoeira (AM), e haverá ainda uma visita ao 5º Pelotão Especial de Fronteira na comunidade de Maturacá (AM), junto ao Pico da Neblina, na fronteira com a Venezuela.Continua depois da publicidade
Na quarta-feira, os embaixadores visitarão o zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), em Manaus.
Na quinta, ainda na capital amazonense, a comitiva conhecerá o laboratório modelo de investigação de crime ambiental da Polícia Federal e um Projeto Integrado de Colonização do Incra, além do famoso Encontro das Águas.
Na sexta-feira, os representantes estrangeiros visitam o pelotão de fronteira em Maturacá e participam de uma formatura na 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira, onde também conhecerão uma Casa de Apoio à Saúde Indígena.