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Em meio à fritura pública do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em guerra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, passou a ser cotado para comandar a estatal petrolífera.
Em outra frente, Prates quer um posicionamento claro e firme do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente da Petrobras queixa-se da interferência de Silveira sobre o conselho da companhia.
Caso Lula não receba, ouça Prates e tome medidas que ele julga necessárias para barrar as investidas de Silveira, o presidente da estatal vai colocar o cargo à disposição, segundo assessores do Palácio do Planalto.
Além de Silveira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, defende a troca na Petrobras. E Costa quer Mercadante, que foi ministro da Casa Civil na gestão de Dilma Rousseff, no comando da petrolífera.
Dividendos não pagos
O capítulo mais recente do conflito ocorreu no início de março, quando o conselho de administração da Petrobras barrou o pagamento de R$ 43 bilhões em dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023. O montante foi enviado a um fundo que deve ser usado para remunerar acionistas, sem prazo de pagamento.
Prates fez questão de deixar claro que sua proposta era destinar metade do valor a dividendos e outra metade para a reserva — o que foi negado pelo conselho e desagradou o governo.
Foi Lula quem bateu o martelo contra o pagamento de dividendos, após reuniões com ministros, diretores e conselheiros da estatal. Com a decisão, as ações da petrolífera caíram mais de 10% no dia seguinte, em 8 de março.
Preços dos combustíveis
Já no primeiro ano do governo, Silveira cobrou Prates publicamente pela redução do preço de combustíveis, em meio a quedas no valor do barril de petróleo e do dólar. O presidente da Petrobras não gostou e afirmou, por meio de redes sociais, que a União deve orientar a companhia por meio de ato normativo.
A redução dos preços dos combustíveis, com interferência do governo se necessário, é um compromisso de campanha de Lula, que sempre disse ser contra a Política de Preços Internacional (PPI).
“Nós vamos mudar [a política de preços], mas com muito critério porque, durante a campanha, eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e o preço do óleo diesel”, afirmou Lula em entrevista coletiva, em abril de 2023, logo após vir à tona o primeiro capítulo da guerra entre Prates e Silveira.
Sobre lucro e pagamentos de dividendos, em mais de um momento, Lula enfatizou que a Petrobras deve considerar não apenas os interesses dos acionistas, mas principalmente os da população, que, para ele, "são donos ou sócios dessa empresa".
O TEMPO
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Dividendos não pagos
O capítulo mais recente do conflito ocorreu no início de março, quando o conselho de administração da Petrobras barrou o pagamento de R$ 43 bilhões em dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023. O montante foi enviado a um fundo que deve ser usado para remunerar acionistas, sem prazo de pagamento.
Prates fez questão de deixar claro que sua proposta era destinar metade do valor a dividendos e outra metade para a reserva — o que foi negado pelo conselho e desagradou o governo.
Foi Lula quem bateu o martelo contra o pagamento de dividendos, após reuniões com ministros, diretores e conselheiros da estatal. Com a decisão, as ações da petrolífera caíram mais de 10% no dia seguinte, em 8 de março.
Preços dos combustíveis
Já no primeiro ano do governo, Silveira cobrou Prates publicamente pela redução do preço de combustíveis, em meio a quedas no valor do barril de petróleo e do dólar. O presidente da Petrobras não gostou e afirmou, por meio de redes sociais, que a União deve orientar a companhia por meio de ato normativo.
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