O bilionário Guilherme Leal, um dos donos da Natura, explicou, em entrevista ao Globo, por que assinou o manifesto da elite financeira do País contra Jair Bolsonaro. "Nós não conseguimos lidar com as outras crises sem ter democracia. E a sociedade precisa falar, na sua diversidade, nas suas lideranças, nas suas elites. Ela precisa se manifestar em alto e bom som. Não se discute eleição. Se cumpre o que está na legislação. Acho que a resposta foi positiva (ao manifesto) e o sinal está dado", disse ele.

"Neste momento onde se agudizou essa confrontação entre poderes, entendeu-se que seria importante uma manifestação. Uma explicitação dos compromissos que essas lideranças sociais, empresariais, políticas, acadêmicas e culturais têm. E assim surgiu a ideia (do manifesto). Ela já estava sendo considerada há 20 dias, um mês e chegou o momento de colocá-la na rua", afirmou. "Eu que fui para a rua no movimento das Diretas Já e vivi os tempos escuros da ditadura sei o valor que tem a democracia. Ela não vem de graça e precisa ser resguardada. Mas ela vem explicitamente sendo colocada em dúvida.Toda hora se fala de 'dentro e fora de linhas'. Isso é uma ameaça que a sociedade não pode aceitar e precisa se manifestar com clareza."