A CPI da COVID pretende convocar o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para questioná-lo sobre o "gabinete paralelo", afirmou o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), em live do centro acadêmico da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).


Segundo Renan, a presença do filho do presidente em uma reunião com a Pfizer sobre oferta de vacinas "é um fato que embasará a qualquer momento, em qualquer circunstância, a convocação do vereador". A participação de Carlos Bolsonaro na reunião foi confirmada pelo gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, após ser questionado sobre o tema em seu depoimento na CPI.

"Espero que essa necessidade (convocação de Carlos Bolsonaro)continue a haver para concretizarmos o que a CPI entende sobre esse tráfico de influência, essa participação de pessoas que nada tinham a ver com o governo nas tratativas de aquisição da vacina. Sobretudo depois de o presidente ter fechado todas as portas para a vacinação dos brasileiros. Precisa ser esclarecido e já há requerimentos na CPI para que isso efetivamente aconteça", disse o relator.


Os requerimentos para a convocação de Carlos Bolsonaro já foram protocolados em maio pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE). Ambos também solicitaram convocação do assessor especial para Assuntos Internacionais do Planalto, Filipe Martins, cuja presença na reunião com a Pfizer foi outra confirmada por Carlos Murillo.