array(31) {
["id"]=>
int(174834)
["title"]=>
string(51) "Corrida pelo Senado em Minas tem 14 pré-candidatos"
["content"]=>
string(8768) "Em Minas Gerais, faltando pouco menos de um ano para as eleições, ao menos 14 pré-candidatos se articulam para disputar as duas vagas do Senado em 2026. O quadro difere de outubro de 2021, quando apenas Reginaldo Lopes (PT) havia se colocado como pré-candidato até então. Naquele ciclo, a corrida ganhou força após a renúncia de Antônio Anastasia (PSD) em 2022, que impulsionou a chegada de Alexandre Silveira (PSD), o lançamento de Marcelo Aro (PP) com apoio de Romeu Zema (Novo) e a vitória de Cleitinho Azevedo (Republicanos). Agora, a situação é inversa: nomes sobram, consensos faltam.
No PL, a multiplicação de candidaturas se transformou em crise. Oficialmente, Domingos Sávio foi abençoado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e apresentado como o nome do partido. Além dele, na quinta-feira (25/10), o deputado Caporezzo também recebeu o aval, que veio após uma visita à Brasília, onde o chefe da extrema direita cumpre prisão domiciliar. Embora esta seja a decisão do líder, as falas não pacificaram a legenda.
Eros Biondini, deputado federal ligado ao segmento católico, tenta se manter no páreo. O deputado federal Zé Vitor articula nos bastidores. O vereador de Belo Horizonte Vile dos Santos busca espaço. E o comunicador Marco Antônio “Superman”, apoiado por Nikolas Ferreira, entrou em agosto acirrando ainda mais a disputa interna.
Nos bastidores, um interlocutor do PL resume: “Hoje o partido não tem prévia, tem briga. Cada deputado acha que tem cacife para ser candidato. O risco é repetir 2022, quando Carlos Viana foi lançado no governo sem unidade e acabou isolado. O excesso de nomes enfraquece todo mundo.” Em entrevista ao Estado de Minas, o cientista político Lúcio Mauro Costa avalia o mesmo. “O PL vive um cenário de excesso que pode custar caro. Se não houver convergência, todos saem enfraquecidos.”
A disputa ganhou contornos depois que o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que Superman poderia migrar para o Novo, o que expôs ainda mais a fragilidade da filiação recém-construída. Se a possibilidade se confirmar, o apresentador será o único nome do partido do governador Romeu Zema (Novo) a disputar a vaga por Minas.
O Republicanos segue caminho diferente. O deputado federal Euclydes Pettersen, presidente estadual do partido, já foi anunciado como pré-candidato com apoio de Cleitinho Azevedo. A estratégia é clara: repetir o fenômeno de 2022, quando Cleitinho, vindo do interior e sem estrutura robusta, venceu a disputa ao Senado. “O Republicanos aposta na narrativa de renovação e proximidade com o eleitor comum. Pettersen surge como herdeiro direto desse discurso”, explica Costa.
No PSD, as indefinições concentram expectativas. Alexandre Silveira, derrotado em 2022, tenta se viabilizar novamente, mas já ensaia uma possível saída da legenda.
O grande enigma, porém, é Rodrigo Pacheco. Com mandato chegando ao fim, ele avalia dois destinos: migrar para o MDB e disputar o governo de Minas ou aceitar uma eventual indicação de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na quinta-feira (23/10), Pacheco afirmou que deve bater o martelo até o fim do ano. Até aqui, foi ele o responsável por organizar as chapas e conduzir as alianças do partido no estado.
Esquerda
Na esquerda, o PT tem dois nomes. Reginaldo Lopes reaparece no tabuleiro, retomando o projeto que não levou adiante em 2022, quando desistiu da candidatura para coordenar a campanha presidencial em Minas. A novidade é Marília Campos, prefeita de Contagem, considerada figura de peso da legenda e com forte base popular.
“Marília tem trunfo administrativo e pode oxigenar a chapa do PT. Reginaldo representa a experiência e a ligação direta com o partido nacional. O dilema será escolher entre renovação e lealdade histórica”, avalia Costa. O PsolL também tenta se colocar, com Áurea Carolina como opção progressista.
Outros partidos mantêm nomes em articulação. O PP insiste em Marcelo Aro, derrotado em 2022, mas com boa rede política. O Podemos deve apostar na reeleição de Carlos Viana, hoje presidente da CPI do INSS. O PDT cogita Mauro Heringer, deputado federal e presidente estadual da legenda.
Quem é quem na disputa de 2026
Domingos Sávio
(PL)
Deputado federal, nome oficial do partido, recebeu apoio de Jair Bolsonaro em agosto de 2025. Tenta se consolidar, mas enfrenta resistências internas.
Eros Biondini
(PL)
Deputado federal, ligado à base católica, já foi cogitado para majoritária em outras eleições e mantém articulação forte.
Cristiano Caporezzo
(PL)
Deputado estadual, aposta em crescer dentro do partido como alternativa jovem e conservadora.
Zé Vitor
(PL)
Deputado federal, circula bem em Brasília e busca apoio de bastidores para surpreender na disputa interna.
Vile dos Santos
(PL)
Vereador em Belo Horizonte, liderança local que tenta ganhar visibilidade estadual pelo bolsonarismo mineiro.
Marco Antônio “Superman”
(PL)
Comunicador, filiado em 2025 com apoio de Nikolas Ferreira. Trouxe visibilidade, mas também acirrou conflitos no partido.
Euclydes Pettersen
(Republicanos)
Deputado federal e presidente estadual da sigla. Nome oficializado com apoio declarado do senador Cleitinho, que tenta reproduzir em 2026 o fenômeno de 2022.
Alexandre Silveira
(PSD)
Senador que assumiu em 2022 no lugar de Anastasia e perdeu a reeleição para Cleitinho. Trabalha para voltar ao Senado.
Carlos Viana
(Podemos)
Senador que encerra o mandato em 2026. Derrotado ao governo de Minas em 2022, busca permanecer na política nacional pelo Senado.
Marcelo Aro
(PP)
Ex-deputado federal, candidato em 2022 com apoio de Romeu Zema. Ficou em terceiro lugar, mas manteve articulação e segue como ativo político do partido.
Reginaldo Lopes
(PT)
Deputado federal, foi pré-candidato em
2021 e desistiu em 2022 para coordenar a campanha de Lula. Retorna ao tabuleiro
como possibilidade do PT.
Marília Campos
(PT)
Prefeita de Contagem, figura de peso da esquerda mineira. É tratada como nome competitivo para representar o PT em 2026.
Áurea Carolina
(Psol)
Deputada federal por BH, ligada à pauta da diversidade e da juventude. Nome em avaliação no PSOL para 2026.
Mauro Heringer
(PDT)
Deputado federal e presidente estadual do PDT. Pode ser candidato próprio ou articulador da sigla em uma frente ampla.
"
["author"]=>
string(26) "Ana Mendonça - E#M.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(631792)
["filename"]=>
string(16) "4senadoresmg.jpg"
["size"]=>
string(5) "78170"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(0) ""
}
["image_caption"]=>
string(138) "Plenário do Senado: Articulações mostram direita dividida e esquerda com menos nomescrédito: Jonas Pereira/Agência Senado – 17/4/24"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(140) "Faltando um ano para as votações de 2026, estado tem excesso de nomes para disputar duas vagas na casa
"
["author_slug"]=>
string(23) "ana-mendonca-e-m-com-br"
["views"]=>
int(49)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(50) "corrida-pelo-senado-em-minas-tem-14-pre-candidatos"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-10-27 11:51:15.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-10-27 13:26:46.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2025-10-27T13:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(17) "/4senadoresmg.jpg"
}
Em Minas Gerais, faltando pouco menos de um ano para as eleições, ao menos 14 pré-candidatos se articulam para disputar as duas vagas do Senado em 2026. O quadro difere de outubro de 2021, quando apenas Reginaldo Lopes (PT) havia se colocado como pré-candidato até então. Naquele ciclo, a corrida ganhou força após a renúncia de Antônio Anastasia (PSD) em 2022, que impulsionou a chegada de Alexandre Silveira (PSD), o lançamento de Marcelo Aro (PP) com apoio de Romeu Zema (Novo) e a vitória de Cleitinho Azevedo (Republicanos). Agora, a situação é inversa: nomes sobram, consensos faltam.
No PL, a multiplicação de candidaturas se transformou em crise. Oficialmente, Domingos Sávio foi abençoado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e apresentado como o nome do partido. Além dele, na quinta-feira (25/10), o deputado Caporezzo também recebeu o aval, que veio após uma visita à Brasília, onde o chefe da extrema direita cumpre prisão domiciliar. Embora esta seja a decisão do líder, as falas não pacificaram a legenda.
Eros Biondini, deputado federal ligado ao segmento católico, tenta se manter no páreo. O deputado federal Zé Vitor articula nos bastidores. O vereador de Belo Horizonte Vile dos Santos busca espaço. E o comunicador Marco Antônio “Superman”, apoiado por Nikolas Ferreira, entrou em agosto acirrando ainda mais a disputa interna.
Nos bastidores, um interlocutor do PL resume: “Hoje o partido não tem prévia, tem briga. Cada deputado acha que tem cacife para ser candidato. O risco é repetir 2022, quando Carlos Viana foi lançado no governo sem unidade e acabou isolado. O excesso de nomes enfraquece todo mundo.” Em entrevista ao Estado de Minas, o cientista político Lúcio Mauro Costa avalia o mesmo. “O PL vive um cenário de excesso que pode custar caro. Se não houver convergência, todos saem enfraquecidos.”
A disputa ganhou contornos depois que o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que Superman poderia migrar para o Novo, o que expôs ainda mais a fragilidade da filiação recém-construída. Se a possibilidade se confirmar, o apresentador será o único nome do partido do governador Romeu Zema (Novo) a disputar a vaga por Minas.
O Republicanos segue caminho diferente. O deputado federal Euclydes Pettersen, presidente estadual do partido, já foi anunciado como pré-candidato com apoio de Cleitinho Azevedo. A estratégia é clara: repetir o fenômeno de 2022, quando Cleitinho, vindo do interior e sem estrutura robusta, venceu a disputa ao Senado. “O Republicanos aposta na narrativa de renovação e proximidade com o eleitor comum. Pettersen surge como herdeiro direto desse discurso”, explica Costa.
No PSD, as indefinições concentram expectativas. Alexandre Silveira, derrotado em 2022, tenta se viabilizar novamente, mas já ensaia uma possível saída da legenda.
O grande enigma, porém, é Rodrigo Pacheco. Com mandato chegando ao fim, ele avalia dois destinos: migrar para o MDB e disputar o governo de Minas ou aceitar uma eventual indicação de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na quinta-feira (23/10), Pacheco afirmou que deve bater o martelo até o fim do ano. Até aqui, foi ele o responsável por organizar as chapas e conduzir as alianças do partido no estado.
Esquerda
Na esquerda, o PT tem dois nomes. Reginaldo Lopes reaparece no tabuleiro, retomando o projeto que não levou adiante em 2022, quando desistiu da candidatura para coordenar a campanha presidencial em Minas. A novidade é Marília Campos, prefeita de Contagem, considerada figura de peso da legenda e com forte base popular.
“Marília tem trunfo administrativo e pode oxigenar a chapa do PT. Reginaldo representa a experiência e a ligação direta com o partido nacional. O dilema será escolher entre renovação e lealdade histórica”, avalia Costa. O PsolL também tenta se colocar, com Áurea Carolina como opção progressista.
Outros partidos mantêm nomes em articulação. O PP insiste em Marcelo Aro, derrotado em 2022, mas com boa rede política. O Podemos deve apostar na reeleição de Carlos Viana, hoje presidente da CPI do INSS. O PDT cogita Mauro Heringer, deputado federal e presidente estadual da legenda.
Quem é quem na disputa de 2026
Domingos Sávio
(PL)
Deputado federal, nome oficial do partido, recebeu apoio de Jair Bolsonaro em agosto de 2025. Tenta se consolidar, mas enfrenta resistências internas.
Eros Biondini
(PL)
Deputado federal, ligado à base católica, já foi cogitado para majoritária em outras eleições e mantém articulação forte.
Cristiano Caporezzo
(PL)
Deputado estadual, aposta em crescer dentro do partido como alternativa jovem e conservadora.
Zé Vitor
(PL)
Deputado federal, circula bem em Brasília e busca apoio de bastidores para surpreender na disputa interna.
Vile dos Santos
(PL)
Vereador em Belo Horizonte, liderança local que tenta ganhar visibilidade estadual pelo bolsonarismo mineiro.
Marco Antônio “Superman”
(PL)
Comunicador, filiado em 2025 com apoio de Nikolas Ferreira. Trouxe visibilidade, mas também acirrou conflitos no partido.
Euclydes Pettersen
(Republicanos)
Deputado federal e presidente estadual da sigla. Nome oficializado com apoio declarado do senador Cleitinho, que tenta reproduzir em 2026 o fenômeno de 2022.
Alexandre Silveira
(PSD)
Senador que assumiu em 2022 no lugar de Anastasia e perdeu a reeleição para Cleitinho. Trabalha para voltar ao Senado.
Carlos Viana
(Podemos)
Senador que encerra o mandato em 2026. Derrotado ao governo de Minas em 2022, busca permanecer na política nacional pelo Senado.
Marcelo Aro
(PP)
Ex-deputado federal, candidato em 2022 com apoio de Romeu Zema. Ficou em terceiro lugar, mas manteve articulação e segue como ativo político do partido.
Reginaldo Lopes
(PT)
Deputado federal, foi pré-candidato em
2021 e desistiu em 2022 para coordenar a campanha de Lula. Retorna ao tabuleiro
como possibilidade do PT.
Marília Campos
(PT)
Prefeita de Contagem, figura de peso da esquerda mineira. É tratada como nome competitivo para representar o PT em 2026.
Áurea Carolina
(Psol)
Deputada federal por BH, ligada à pauta da diversidade e da juventude. Nome em avaliação no PSOL para 2026.
Mauro Heringer
(PDT)
Deputado federal e presidente estadual do PDT. Pode ser candidato próprio ou articulador da sigla em uma frente ampla.