O presidenciável, ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) reforçou, nesta terça-feira (29) ataques ao atual governo e ao presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de "criminoso", "incompetente", "genocida" e "com uma equipe de canalhas". "A gente fala muito de corrupção, mas a incompetência tem feito mais mal ao Brasil que a corrupção", destacou o ex-ministro.
 
Ciro, que tem reforçado seu nome para a próxima disputa presidencial, defendeu que Bolsonaro seja afastado do cargo e, consequentemente, impedido de concorrer à reeleição. Nesta quarta-feira (30), diferentes lideranças políticas devem se reunir em Brasília para protocolar um "superpedido" de impeachment de Bolsonaro para unificar os mais de cem documentos já apresentados. Deve representar o PDT no ato o vice-presidente do diretório estadual de São Paulo e líder sindical, Antonio Neto.

"Quem foi para cima do Bolsonaro desde o primeiro dia fui eu", disse Ciro Gomes em encontro com apoiadores nas redes sociais. "E a tarefa agora não é só derrotar o Bolsonaro, na qual eu estou dentro. Já assinei três pedidos de impeachment e o Lula, nenhum", completou.

De olho em se colocar como uma terceira opção para o eleitor em 2022 e alternativa à polarização Lula-Bolsonaro, Ciro criticou as políticas econômicas tanto de governos de esquerda quanto de direita. Segundo o ex-ministro, "mudam a perfumaria, mas não mudam o modelo".

Entre os ataques aos governos petistas, Ciro destacou críticas aos programas educacionais e à falta de regulação do setor bancário. "Os maiores conglomerados de educação privada do mundo foram criados pelo lulo-petismo através do truque safado do FIES. Sabe o que é o FIES? São R$ 43 bilhões de dinheiro público, do Caixa da Nação, que foram passados para educadores privados sem nenhum cuidado com as exigências de qualidade e avaliação mais severos", afirmou.

"Ou a gente rasga esse véu, companheirada, sem medo de cara feia ou de zuada. Nós não estamos atacando pessoas. Estamos atacando modelos errados e desvio de dinheiro, seja para roubar - porque foi a maior generalização da corrupção que já vi na minha longa vida pública - seja para isso", completou o ex-ministro.