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Em uma postagem nas redes sociais, nesta quinta-feira (10/6), o pré-candidato à Presidência nas eleições de 2022, Ciro Gomes, chamou o presidente Jair Bolsonaro de “assassino” e “criminoso”. O motivo do ataque foi o pedido do presidente ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para fazer um parecer desobrigando o uso da máscara para pessoas que já foram vacinadas.
"Criminoso! Assassino! Bolsonaro quer levar mais brasileiros à morte com suas atitudes anticientíficas. Quem já teve COVID ou foi vacinado continua sendo um possível vetor de contaminação para outras pessoas. Usar máscaras salva vidas!", escreveu Ciro Gomes no Twitter.
Para Bolsonaro, pessoas que já foram vacinadas ou tiveram COVID-19 não seriam mais obrigadas a usar máscara, contrariando as recomendações de autoridades sanitárias em todo o mundo.
“Acabei de conversar com o Queiroga e ele vai fazer um parecer para desobrigar o uso de máscaras para pessoas vacinadas ou que já contraíram o vírus”, explicou Bolsonaro. “Não quero que isso seja um símbolo”, disse ele com uma máscara na mão.
Nas redes sociais, outros políticos também criticaram a fala do presidente.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), vice-presidente da CPI da COVID, disse que “diferente do que Pazuello e Queiroga insistiram à CPI, o Presidente interfere no ministério da Saúde” e que a medida é "uma demonstração clara de como o negacionismo está matando o nosso povo."
Outro que se manifestou foi o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP). Ele afirmou que está preparando um requerimento de convocação para que o ministro Marcelo Queiroga preste contas sobre a medida na Comissão de Fiscalização.
"Não é preciso decreto ou lei para ter bom senso. Não é a multa que nos faz usar máscara, mas a preocupação com a saúde dos amigos e familiares. Por isso, sugiro que sigamos seguindo a ciência. Ignorem o presidente", escreveu no Twitter.
O parlamentar defendeu ainda que o uso de máscara se torne "símbolo de oposição" ao presidente. "Quando o Congresso perceber que o país ignora as ordens de Bolsonaro e reage em protesto, começará a se mover para derrubar o assassino.”
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
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