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BRASÍLIA - O chefe da Receita Federal no governo de Jair Bolsonaro, José Tostes, não compareceu, nesta segunda-feira (29), ao depoimento que estava marcado para ele na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. A razão da ausência e a remarcação da data de um novo interrogatório não foram informadas.
Tostes seria ouvido como testemunha no inquérito chamado de “Abin paralela”. Nele a PF apura um suposto esquema de espionagem e monitoramento ilegal de autoridades pela Agência Brasileira de Inteligência na gestão do então diretor-geral e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O ex-diretor da Receita foi citado em uma reunião gravada secretamente pelo parlamentar em que Bolsonaro, o ex-ministro do GSI general Augusto Heleno, e advogadas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) discutiam uma estratégia de blindar o senador no inquérito das “rachadinhas”.
No encontro, realizado em agosto de 2020, Jair Bolsonaro sugeriu que poderia falar com Tostes e acionar o chefe do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para encontrar informações sobre servidores da Receita Federal. A PF suspeita de tráfico de influência e uso da máquina pública em favor da família do ex-presidente.
Depoimento havia sido remarcado
O depoimento de José Tostes havia sido marcado, anteriormente, para quinta-feira (25). A pedido do próprio depoente, no entanto, foi transferido para esta segunda-feira, o que acabou não ocorrendo.
Até agora, a operação resultou na prisão de quatro pessoas, suspeitas de envolvimento em um esquema de espionagem ilegal na Abin.
Tostes foi um dos responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que deu origem à investigação de uma possível "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele ainda era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
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Depoimento havia sido remarcado
O depoimento de José Tostes havia sido marcado, anteriormente, para quinta-feira (25). A pedido do próprio depoente, no entanto, foi transferido para esta segunda-feira, o que acabou não ocorrendo.
Até agora, a operação resultou na prisão de quatro pessoas, suspeitas de envolvimento em um esquema de espionagem ilegal na Abin.
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