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A despeito da manifestação de uma série de líderes internacionais sobre a eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, inclusive de chefes de Estado que mantinham uma postura mais alinhada a Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro continua sem emitir nenhuma mensagem em reconhecimento da vitória do democrata. Como a contagem dos votos em alguns estados norte-americanos ainda não terminou, apesar de as projeções já indicarem a derrota de Trump, e diante das alegações do republicano de que houve fraude no processo eleitoral, o brasileiro não quer se precipitar com o posicionamento do Palácio do Planalto até que o martelo esteja batido.
O comportamento de Trump diante do resultado divulgado pela mídia é o que mais influencia Bolsonaro a manter o silêncio. O agora ex-chefe da Casa Branca não admite que perdeu as eleições e já prometeu acionar a Suprema Corte dos Estados Unidos e o Judiciário de alguns estados para que a apuração dos votos seja refeita. Nas redes sociais, Trump continua contestando a eleição de Biden, mesmo sem apresentar provas que sustentem as suas acusações. Dessa forma, Bolsonaro vai esperar ou o veredito da Justiça americana ou que o republicano aceite o triunfo de Biden para se posicionar.
Aliados do presidente no Congresso acreditam que a postura do chefe do Executivo tem sido correta até o momento. Parlamentares da ala mais ideológica pontuam que, enquanto não houver a confirmação oficial de autoridades judiciais dos Estados Unidos, o melhor que Bolsonaro pode fazer é esperar. “As eleições não terminaram ainda. Nós temos de ter respeito ao processo. Existem ações judiciais que foram ajuizadas pelo lado republicano que merecem apreciação”, diz o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Assim como Trump e a equipe dele têm declarado, Vitor Hugo opina que “existem suspeitas graves de fraude eleitoral” e que, por isso, emitir alguma declaração reconhecendo a eleição de Biden por agora “não é prudente para ninguém”. “As pessoas que estão se manifestando estão antecipando e, até desrespeitando o processo eleitoral norte-americano, que não se findou. É importante ter cautela nesse momento, porque nós temos de esperar todas as definições por parte do poder judiciário dos Estados Unidos para, só depois, alguém poder dizer que é vitorioso”, analisa.
Na mesma linha dele, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) frisa que o governo brasileiro precisa “aguardar a Justiça decidir se houve ou não fraude nas eleições americanas e quem é o vencedor”. “Até lá, toda manifestação, inclusive de autoridades brasileiras, é precipitada e desrespeita a Justiça e o povo americano”, pondera.
Futuro
Assim como os dois colegas, o deputado Bibo Nunes (PSL-RS) defende que Bolsonaro tem de aguardar o resultado oficial. Para o parlamentar, o presidente não está errado por não ter se manifestado até o momento. “Um posicionamento oficial só deve vir com o resultado oficial. Um presidente tem de se portar dessa maneira, é o que a liturgia do cargo exige. Ele não pode sair oficializando algo que não está oficializado ainda”, diz.
De todo modo, caso a vitória de Biden venha a ser corroborada pela Justiça, o deputado espera um distensionamento entre o democrata e Bolsonaro. “Acredito que, com o tempo, o relacionamento será normal, pois o maior parceiro dos Estados na América Latina é o Brasil. Essa parceria tem de continuar, porque é bom para ambos os países. Depois de passado o momento de empolgação eleitoral, tudo vai para o seu devido lugar, onde quem manda é a razão”, prevê Nunes.
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O comportamento de Trump diante do resultado divulgado pela mídia é o que mais influencia Bolsonaro a manter o silêncio. O agora ex-chefe da Casa Branca não admite que perdeu as eleições e já prometeu acionar a Suprema Corte dos Estados Unidos e o Judiciário de alguns estados para que a apuração dos votos seja refeita. Nas redes sociais, Trump continua contestando a eleição de Biden, mesmo sem apresentar provas que sustentem as suas acusações. Dessa forma, Bolsonaro vai esperar ou o veredito da Justiça americana ou que o republicano aceite o triunfo de Biden para se posicionar.
Aliados do presidente no Congresso acreditam que a postura do chefe do Executivo tem sido correta até o momento. Parlamentares da ala mais ideológica pontuam que, enquanto não houver a confirmação oficial de autoridades judiciais dos Estados Unidos, o melhor que Bolsonaro pode fazer é esperar. “As eleições não terminaram ainda. Nós temos de ter respeito ao processo. Existem ações judiciais que foram ajuizadas pelo lado republicano que merecem apreciação”, diz o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Assim como Trump e a equipe dele têm declarado, Vitor Hugo opina que “existem suspeitas graves de fraude eleitoral” e que, por isso, emitir alguma declaração reconhecendo a eleição de Biden por agora “não é prudente para ninguém”. “As pessoas que estão se manifestando estão antecipando e, até desrespeitando o processo eleitoral norte-americano, que não se findou. É importante ter cautela nesse momento, porque nós temos de esperar todas as definições por parte do poder judiciário dos Estados Unidos para, só depois, alguém poder dizer que é vitorioso”, analisa.
Na mesma linha dele, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) frisa que o governo brasileiro precisa “aguardar a Justiça decidir se houve ou não fraude nas eleições americanas e quem é o vencedor”. “Até lá, toda manifestação, inclusive de autoridades brasileiras, é precipitada e desrespeita a Justiça e o povo americano”, pondera.
Futuro
Assim como os dois colegas, o deputado Bibo Nunes (PSL-RS) defende que Bolsonaro tem de aguardar o resultado oficial. Para o parlamentar, o presidente não está errado por não ter se manifestado até o momento. “Um posicionamento oficial só deve vir com o resultado oficial. Um presidente tem de se portar dessa maneira, é o que a liturgia do cargo exige. Ele não pode sair oficializando algo que não está oficializado ainda”, diz.
De todo modo, caso a vitória de Biden venha a ser corroborada pela Justiça, o deputado espera um distensionamento entre o democrata e Bolsonaro. “Acredito que, com o tempo, o relacionamento será normal, pois o maior parceiro dos Estados na América Latina é o Brasil. Essa parceria tem de continuar, porque é bom para ambos os países. Depois de passado o momento de empolgação eleitoral, tudo vai para o seu devido lugar, onde quem manda é a razão”, prevê Nunes.