O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Cidade Administrativa, a sede do governo do Estado. A obra custou R$ 1,3 bilhão. Outras 15 pessoas também foram denunciadas. Os nomes não foram divulgados pelo Ministério Público.


Aécio, hoje deputado federal, já havia sido indiciado em maio pela Polícia Federal por corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica em investigação envolvendo a obra. O esquema teria ocorrido entre 2007 e 2010, período em que o tucano era governador de Minas.

A Promotoria diz que os gastos com a obra foram acima do que realmente deveriam ser. "Além do sobrepreço do valor do contrato e da fraude à licitação, a porcentagem de 3% dos valores pagos às empresas contratadas foi entregue ao então governador, por meio do diretor da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), como propina." As investigações do MP estadual tiveram a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Insustentável

Em nota, assessoria do deputado afirmou que os advogados do parlamentar classificam a denúncia como "insustentável". "A defesa do deputado Aécio Neves lamenta a precipitação e o absurdo da denúncia apresentada pelo Ministério Público."

O texto diz ainda que "a obra citada, concluída há mais de 10 anos, foi realizada de forma exemplar, com os preços apresentados na licitação considerados abaixo dos de mercado pelo próprio MP".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.