As celebrações pelo 7 de setembro, Dia da Independência, realizadas neste sábado em Brasília superaram as expectativas de integrantes do governo Lula (PT), destacando-se por sua abordagem apolítica entre os militares e de celebração institucional, relata Henrique Lessa, do Correio Braziliense. A presença dos chefes dos Três Poderes foi um símbolo de solidez institucional, enquanto as Forças Armadas focaram em comemorar a data sem envolver-se em questões políticas, agradando o Planalto após anos de politização na caserna, promovida pelo bolsonarismo.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destacou o caráter pacífico e "desarmado" do evento. "Tivemos o 7 de setembro como uma festa pacífica, ordeira, uma verdadeira comemoração desarmada da nossa democracia", afirmou. Ele também ressaltou a importância de respeitar o direito de manifestação, referindo-se ao protesto convocado por Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo. "A democracia pressupõe que você defenda o direito do outro de ser contra", completou Múcio.

A manifestação de Bolsonaro, que mobilizou seus apoiadores na capital paulista, era motivo de apreensão para o governo. A preocupação girava em torno de uma possível politização da data, dada a influência de Bolsonaro entre setores das Forças Armadas. No entanto, o Planalto apostou em uma celebração focada em três temáticas, incluindo a retomada das campanhas de vacinação, para evitar qualquer apropriação política e marcar uma clara diferença em relação ao governo anterior.

Durante o desfile, o orgulho militar foi o destaque, com Exército, Marinha e Aeronáutica exibindo seus meios e tropas. Blindados, mísseis e armas desfilaram pelo Eixo Monumental, mas o ponto alto foi a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, que impressionou o público com acrobacias e fumaça colorida, arrancando aplausos das autoridades e dos presentes.

 

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