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Quando li alguns capítulos, fiquei intrigado. O que me moveu a fazer a novela é que é um papel importante na história do Brasil, mas que não foi tão retratado"
Selton Mello, ator
Contar boas histórias é uma dádiva para qualquer ator. E Selton Mello viu em “Nos tempos do imperador” uma boa oportunidade nesse sentido. Afinal, dom Pedro II é um dos personagens mais emblemáticos do Brasil.
Na novela das 18h da Globo, o último imperador do país se mostra preocupado com o povo, com a educação e a família formada com Teresa Cristina (Leticia Sabatella). No entanto, a trama também aborda o peso que a Coroa trouxe e os dilemas pessoais dele, como a paixão por Luísa, a condessa de Barral (Mariana Ximenes).
“Quando li alguns capítulos, fiquei intrigado. O que me moveu a fazer a novela é que é um papel importante na história do Brasil, mas que não foi tão retratado. Pedro I teve a interpretação do Caio Castro, do Marcos Pasquim. Mas não existiu outro ator fazendo um Pedro II que fosse referência para mim. Gostei muito do que não li, do que estava nas entrelinhas", relata o ator.
Apesar do contexto histórico, “Nos tempos do imperador” é ficção. Então, Selton procurou ler biografias com diferentes perspectivas de dom Pedro II para conhecê-lo melhor. Também se apegou aos espaços em branco da trajetória do monarca para criar uma forma de expressá-lo em cena. Segundo o artista, seu processo de composição é simples e respeita os traços marcantes do personagem.
“O pai foi embora e o deixou com a Coroa, a mãe morreu. Não sei quem é dom Pedro II e continuo sem saber. Ele tem tantos elementos, mas também muitas lacunas”, comenta o ator mineiro.
REGÊNCIA
Na vida real, Pedro se tornou imperador do Brasil aos 5 anos, quando o pai, Pedro I, voltou para Portugal. Como era muito jovem, o país ingressou no período regencial até que, aos 14 anos, com a Declaração da Maioridade, o príncipe foi considerado apto a assumir o posto.
Luísa, a condessa de Barral (Mariana Ximenes), e dom Pedro II (Selton Mello) vivem paixão que afronta as regras sociais(foto: Globo/Divulgação
Responsável pelo país, o adolescente Pedro precisou amadurecer rápido. E é nesse aspecto que Selton vê um pouco de si, pois trabalha na televisão desde os 8 anos, quando estreou, em 1981, no seriado “Dona Santa”, da Rede Bandeirantes.
“Faço o Pedro II possível. Uso minha sensibilidade e o que eu não conheço. Estou emocionado por fazer o personagem, pois também comecei a trabalhar criança. Em algum lugar, eu me identifico com esse cara.”
Há 21 anos sem fazer novelas, Selton se dedicou mais ao cinema e às séries nesse período.
Hoje, aos 48, reflete sobre como a televisão foi importante em sua formação profissional, dizendo admirar os atores que desenvolvem projetos na TV, porque a rotina de trabalho costuma ser intensa nesse veículo.
“São entre 25 e 30 cenas gravadas por dia. Comecei na Bandeirantes, antes de vir para a Globo, em 1984, em 'Corpo a corpo’”, relembra.
“A minha escola foi trabalhar com grandes atores. Cada um tinha um método e vinha de um lugar. Ficava observando e esse era o meu mundo da imaginação. Novela é agilidade. A gente tem de tirar um coelho da cartola, não pensa muito e faz”, conclui o mineiro Selton Mello.
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Quando li alguns capítulos, fiquei intrigado. O que me moveu a fazer a novela é que é um papel importante na história do Brasil, mas que não foi tão retratado"
Selton Mello, ator
Contar boas histórias é uma dádiva para qualquer ator. E Selton Mello viu em “Nos tempos do imperador” uma boa oportunidade nesse sentido. Afinal, dom Pedro II é um dos personagens mais emblemáticos do Brasil.
Na novela das 18h da Globo, o último imperador do país se mostra preocupado com o povo, com a educação e a família formada com Teresa Cristina (Leticia Sabatella). No entanto, a trama também aborda o peso que a Coroa trouxe e os dilemas pessoais dele, como a paixão por Luísa, a condessa de Barral (Mariana Ximenes).
“Quando li alguns capítulos, fiquei intrigado. O que me moveu a fazer a novela é que é um papel importante na história do Brasil, mas que não foi tão retratado. Pedro I teve a interpretação do Caio Castro, do Marcos Pasquim. Mas não existiu outro ator fazendo um Pedro II que fosse referência para mim. Gostei muito do que não li, do que estava nas entrelinhas", relata o ator.
Apesar do contexto histórico, “Nos tempos do imperador” é ficção. Então, Selton procurou ler biografias com diferentes perspectivas de dom Pedro II para conhecê-lo melhor. Também se apegou aos espaços em branco da trajetória do monarca para criar uma forma de expressá-lo em cena. Segundo o artista, seu processo de composição é simples e respeita os traços marcantes do personagem.
“O pai foi embora e o deixou com a Coroa, a mãe morreu. Não sei quem é dom Pedro II e continuo sem saber. Ele tem tantos elementos, mas também muitas lacunas”, comenta o ator mineiro.
REGÊNCIA
Na vida real, Pedro se tornou imperador do Brasil aos 5 anos, quando o pai, Pedro I, voltou para Portugal. Como era muito jovem, o país ingressou no período regencial até que, aos 14 anos, com a Declaração da Maioridade, o príncipe foi considerado apto a assumir o posto.
Luísa, a condessa de Barral (Mariana Ximenes), e dom Pedro II (Selton Mello) vivem paixão que afronta as regras sociais(foto: Globo/Divulgação
Responsável pelo país, o adolescente Pedro precisou amadurecer rápido. E é nesse aspecto que Selton vê um pouco de si, pois trabalha na televisão desde os 8 anos, quando estreou, em 1981, no seriado “Dona Santa”, da Rede Bandeirantes.
“Faço o Pedro II possível. Uso minha sensibilidade e o que eu não conheço. Estou emocionado por fazer o personagem, pois também comecei a trabalhar criança. Em algum lugar, eu me identifico com esse cara.”
Há 21 anos sem fazer novelas, Selton se dedicou mais ao cinema e às séries nesse período.
Hoje, aos 48, reflete sobre como a televisão foi importante em sua formação profissional, dizendo admirar os atores que desenvolvem projetos na TV, porque a rotina de trabalho costuma ser intensa nesse veículo.
“São entre 25 e 30 cenas gravadas por dia. Comecei na Bandeirantes, antes de vir para a Globo, em 1984, em 'Corpo a corpo’”, relembra.
“A minha escola foi trabalhar com grandes atores. Cada um tinha um método e vinha de um lugar. Ficava observando e esse era o meu mundo da imaginação. Novela é agilidade. A gente tem de tirar um coelho da cartola, não pensa muito e faz”, conclui o mineiro Selton Mello.