Embora as escolas de Belo Horizonte estejam voltando aos poucos a receber os estudantes dentro de seus espaços físicos, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, que, se tivesse um filho ainda em idade escolar, não o mandaria à aula presencial.

“Hoje eu não mandaria. Porque se acontecesse alguma coisa com ele eu pulava do prédio”, disse. “Eu não mandaria, eu, cidadão Alexandre Kalil. Dizem que está muito bem organizado, mas eu não mandaria o meu filho não”, reafirmou.

O prefeito disse que não sabe se as aulas presenciais poderiam ter voltado antes, como especulam alguns especialistas e pais de alunos. “E isso vai ser o seguinte: daqui a 20 anos nós vamos ver o que aconteceu. Por exemplo, as escolas abriram. Meu filho é médico, a mulher dele é médica, ele não voltou, não pôs a filhinha dele na escola. Então eu vou falar assim: ‘pode botar?’”, indagou. “Daqui a 20 anos nós vamos saber se eu estava certo.”
 
Retorno presencial

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) oficializou neste sábado (19/6), por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM), o retorno do ensino fundamental às aulas presenciais na cidade a partir de segunda-feira (21/6). Esses estudantes belo-horizontinos estão em sistema remoto de ensino desde março de 2020, devido à pandemia de COVID-19.

Segundo consta no decreto da prefeitura, as atividades presenciais do ensino fundamental poderão funcionar de segunda-feira a sábado sem restrição de horário. A medida significa mais um avanço na gradativa retomada de atividades na capital mineira.