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De acordo com a empresa, a medida foi tomada “em decorrência do volume de chuvas superior à média histórica registrada na região”. Segundo a companhia, “ alguns instrumentos da estrutura apontaram alterações temporárias no nível de água, já tendo, neste momento, retornado aos níveis normais”.
O segundo escalão do nível de emergência deve ser acionado por uma empreendedora quando uma anomalia detectada, no caso o acúmulo de água, não for controlada.
Depois dele, há mais um nível, o terceiro, que caracteriza uma situação iminente de rompimento do barramento ou vazamento ativo.
Ainda conforme a nota da gigante da mineração, a represa Capitão do Mato vai permanecer no nível 2 até a “conclusão da análise técnica do histórico e das condições atuais da estrutura”.
Esses estudos, novamente de acordo com a Vale, estão em andamento e novas reuniões entre a equipe técnica responsável vão acontecer em breve. Uma auditora técnica independente também vai participar para reavaliar a situação.
A medida, na teoria, força a empresa a retirar de suas casas todos os moradores que vivem na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS), isto é, todos que moram no perímetro de 10 quilômetros do barramento.
Contudo, essas pessoas já estão fora de suas casas desde novembro último, quando obras de reforça na Barragem Vargem Grande foram iniciadas.
De acordo com a Vale, a Barragem Capitão do Mato tem construção em etapa única, com aterro convencional. A empresa informa que a represa passa por inspeções rotineiras e é monitorada por equipamentos.
A medida não vai impactar a produção da companhia.
Histórico
A represa Capitão do Mato, de acordo com o Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, abriga mais de 2 milhões de metros cúbicos de sendimentos de minério de ferro. A estrutura tem 36 metros de altura e tem dano potencial associado classificado como alto, isto é, em caso de desastre o vazamento causaria muitos problemas.
Capitão do Mato também estava, ao lado de outras nove represas, na lista das barragens em "severo risco de rompimento" em Minas Gerais, segundo documento da própria empresa divulgado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no ano passado.
Em caso de colapso da represa, segundo o documento, a lama poderia alcançar uma distância de 87 quilômetros, o que prejudicaria, além de Nova Lima, as cidades de Rio Acima, Raposos, Sabará, Belo Horizonte e Santa Luzia, todas na Grande BH.
Em linha reta, a parte superior da represa está distante apenas dois quilômetros do condomínio Morro do Chapéu e três do condomínio Miguelão, ambos em Nova Lima.
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Histórico
A represa Capitão do Mato, de acordo com o Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, abriga mais de 2 milhões de metros cúbicos de sendimentos de minério de ferro. A estrutura tem 36 metros de altura e tem dano potencial associado classificado como alto, isto é, em caso de desastre o vazamento causaria muitos problemas.
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