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Professores das instituições federais de ensino em Minas Gerais entram em greve a partir desta segunda-feira (15/4). Os servidores técnicos-administrativos já estão paralisados desde o mês passado. A greve é um movimento nacional contra a proposta do governo federal de conceder recomposição zero este ano e 9%, divididos em duas parcelas a serem pagas em 2025 e 2026.
A partir da segunda devem paralisar suas atividades o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também deflagrou greve, mas para maio, pois o calendário letivo da instituição é diferente dos demais. A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) decretaram estado de greve e podem aderir a qualquer momento.
Nacionalmente, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), três universidades já estão com as aulas suspensas, e outras 18 paralisam suas atividades a partir desta segunda, totalizando 21 instituições de ensino superior em greve.
O presidente do Andes-SN, Gustavo Seferian, professor da Faculdade de Direito da UFMG, disse que as negociações com o governo federal estão estancadas desde dezembro passado, “sem qualquer avanço em sua proposta final de tímido aumento de alguns benefícios, que não alcançam a massa maioria dos professores e professoras, e indicando 0% de reajuste para o ano de 2024”.
Segundo ele, a única mudança foi feita no último dia 10, com a “violenta proposta de condicionar o pagamento destes pequenos valores à assinatura de um acordo que fragmenta a mesa de negociação do conjunto do serviço público federal para cada carreira em separado e que visava interditar o exercício do direito de greve”.
No entanto, segundo ele, a pressão da bancada sindical no Congresso Nacional fez com que o governo recuasse nessa posição.
Uma nova rodada de negociação está prevista para o dia 19 de abril.Os professores reivindicam recomposição salarial de 7,06% já em 2024 e outras duas parcelas com o mesmo índice nos dois anos seguintes. Já os servidores administrativos pedem três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026. De acordo com as entidades de classe que representam os trabalhadores, esses valores correspondem às perdas salariais das categorias desde 2016.
Em sua contraproposta, o governo manteve os reajuste zero em 2024 e os índices para os anos seguintes, mas propôs um aumento nos auxílios alimentação, saúde e creche.
UFMG
Na maior universidade federal do estado, a UFMG, a adesão ao movimento grevista deve ser grande, avalia Marco Antônio Alves, integrante da diretoria do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH) e do comando de greve.
Segundo ele, no dia 11 de abril, em uma "assembleia lotada" com ampla participação, foi aprovada greve a partir desta segunda-feira. A categoria, afirma o dirigente, está reivindicando apenas recomposição das perdas salariais dos últimos anos que, em alguns casos, chega a 40% dos vencimentos.
“Não é aumento, é recomposição das perdas que sofremos nos últimos anos, lembrando que teve um aumento ano passado, mas em todo governo (Michel) Temer e (Jair) Bolsonaro não houve aumento, nem correção de perda”.
Também estão na pauta de reivindicações o aumento do orçamento da educação proposto pela União e a revogação de uma série de medidas adotadas pelos governos anteriores que, de acordo com Alves, comprometem a carreira dos professores universitários.
A UFMG tem cerca de 3.500 professores e 26 unidades de ensino nas cidades de Belo Horizonte, Montes Claros, Tiradentes e Diamantina.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". A pasta ainda destacou o reajuste concedido pelo governo federal aos servidores públicos, em 2023.
"No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI)".
Confira a relação das instituições que devem aderir ao movimento grevista
Greve a partir de 15/4
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Estado de greve
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Greve a partir de maio (*)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
(*) o calendário escolar foi alterado ano passado e o ano letivo começa em janeiro e termina em maio
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Professores das instituições federais de ensino em Minas Gerais entram em greve a partir desta segunda-feira (15/4). Os servidores técnicos-administrativos já estão paralisados desde o mês passado. A greve é um movimento nacional contra a proposta do governo federal de conceder recomposição zero este ano e 9%, divididos em duas parcelas a serem pagas em 2025 e 2026.
A partir da segunda devem paralisar suas atividades o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também deflagrou greve, mas para maio, pois o calendário letivo da instituição é diferente dos demais. A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) decretaram estado de greve e podem aderir a qualquer momento.
Nacionalmente, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), três universidades já estão com as aulas suspensas, e outras 18 paralisam suas atividades a partir desta segunda, totalizando 21 instituições de ensino superior em greve.
O presidente do Andes-SN, Gustavo Seferian, professor da Faculdade de Direito da UFMG, disse que as negociações com o governo federal estão estancadas desde dezembro passado, “sem qualquer avanço em sua proposta final de tímido aumento de alguns benefícios, que não alcançam a massa maioria dos professores e professoras, e indicando 0% de reajuste para o ano de 2024”.
Segundo ele, a única mudança foi feita no último dia 10, com a “violenta proposta de condicionar o pagamento destes pequenos valores à assinatura de um acordo que fragmenta a mesa de negociação do conjunto do serviço público federal para cada carreira em separado e que visava interditar o exercício do direito de greve”.
No entanto, segundo ele, a pressão da bancada sindical no Congresso Nacional fez com que o governo recuasse nessa posição.
Uma nova rodada de negociação está prevista para o dia 19 de abril.Os professores reivindicam recomposição salarial de 7,06% já em 2024 e outras duas parcelas com o mesmo índice nos dois anos seguintes. Já os servidores administrativos pedem três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026. De acordo com as entidades de classe que representam os trabalhadores, esses valores correspondem às perdas salariais das categorias desde 2016.
Em sua contraproposta, o governo manteve os reajuste zero em 2024 e os índices para os anos seguintes, mas propôs um aumento nos auxílios alimentação, saúde e creche.
UFMG
Na maior universidade federal do estado, a UFMG, a adesão ao movimento grevista deve ser grande, avalia Marco Antônio Alves, integrante da diretoria do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH) e do comando de greve.
Segundo ele, no dia 11 de abril, em uma "assembleia lotada" com ampla participação, foi aprovada greve a partir desta segunda-feira. A categoria, afirma o dirigente, está reivindicando apenas recomposição das perdas salariais dos últimos anos que, em alguns casos, chega a 40% dos vencimentos.
“Não é aumento, é recomposição das perdas que sofremos nos últimos anos, lembrando que teve um aumento ano passado, mas em todo governo (Michel) Temer e (Jair) Bolsonaro não houve aumento, nem correção de perda”.
Também estão na pauta de reivindicações o aumento do orçamento da educação proposto pela União e a revogação de uma série de medidas adotadas pelos governos anteriores que, de acordo com Alves, comprometem a carreira dos professores universitários.
A UFMG tem cerca de 3.500 professores e 26 unidades de ensino nas cidades de Belo Horizonte, Montes Claros, Tiradentes e Diamantina.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". A pasta ainda destacou o reajuste concedido pelo governo federal aos servidores públicos, em 2023.
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Greve a partir de 15/4
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Estado de greve
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Greve a partir de maio (*)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
(*) o calendário escolar foi alterado ano passado e o ano letivo começa em janeiro e termina em maio