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Pela estrada e pelo ar, para curtir as montanhas, conhecer as cidades históricas, visitar museus, admirar ícones do patrimônio mundial, saborear os pratos típicos e desfrutar da famosa hospitalidade. Em época de pandemia de COVID-19, Minas Gerais mantém múltiplos atrativos a quem chega, e a recuperação do turismo surpreende, com injeção de recursos na economia estimados em quase R$ 4 bilhões. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), a partir de dados gerados no programa Reviva Minas, foi identificada no estado movimentação de mais de 6 milhões de pessoas, superando o período anterior à pandemia.
Nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, será assinado o acordo entre os governadores de Minas, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal, para transformar a rodovia BR-O40 na “Via Liberdade”, caminho que atravessa 70% do patrimônio nacional tombado e nove sítios reconhecidos como patrimônio mundial.
Entre os destinos mais procurados pelos turistas em Minas, e hoje com 100% de ocupação nos hotéis, segundo o titular da Secult, o secretário Leônidas Oliveiras, estão Capitólio, no entorno do lago de Furnas, e Poços de Caldas, no Circuito das Águas, ambos no Sul de Minas; Paracatu, no Noroeste; os distritos coloniais de São Bartolomeu e Lavras Novas, em Ouro Preto, na Região Central; e Grão Mogol e o Vale do Peruaçu, com suas famosas cavernas, em Januária e outros municípios do Norte do estado. (Veja o quadro.)
Distrito da histórica Ouro Preto, São Bartolomeu voltou a atrair viajantes
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 15/9/21)
“Não temos do que reclamar, pois este período está sendo muito bom, graças a Deus”, conta a empresária Andréia Costa, uma das proprietárias, junto com a família, da Pousada Recanto Rainha do Lago, na entrada do município de Capitólio. Dedicada ao tradicional passeio para turistas (de lancha e veículo com tração 4x4), a família começou a construção da pousada antes da pandemia, abriu as portas em 7 de setembro e põe fé nos próximos feriados, quando espera todos os leitos ocupados.
O vice-presidente da Associação Comercial de Lavras Novas, em Ouro Preto, Thiago Mol, também se mostra satisfeito com a retomada: “Vivemos um período de restrições, mas sempre houve procura de turistas de todo o país por Lavras Novas. A população daqui é muito unida, entendeu as dificuldades e cumpriu os protocolos sanitários. O movimento voltou ao normal”.
Considerado uma das portas de entrada de Minas e localizado em Confins, na região metropolitana da capital mineira, o aeroporto internacional de Belo Horizonte teve movimentação de 570 mil pessoas em julho de 2019, período pré-pandêmico. Em julho último, o fluxo superou 697 mil turistas, portanto, mais de 127 mil novos viajantes passando pelos portões do terminal.
O programa Reviva Turismo, lançado em maio, quando o setor começou a dar sinais de retomada gradual com o avanço da vacinação no país, busca identificar tendências e promover o estado, seguindo os protocolos de biossegurança. A secretaria estadual estima que nos três primeiros meses de recuperação da atividade, até julho, o turismo em Minas movimentou R$ 600 milhões em tíquete de gastos de turistas.
Com belas cavernas, o Vale do Peruaçu, em Januária, no Norte do estado, volta ao centro das atenções
(foto: Manoel Freitas/Divulgacao - 6/6/18)
“Nos últimos três meses, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas é o estado com maior crescimento (10%) no setor de turismo, o dobro da média nacional”, afirma o secretário Leônidas Oliveira. A razão está, ele esclarece, na política de turismo adotada pelo governo estadual, que inclui marketing, estruturação de destino e, principalmente, segurança pública.
Em julho, ressalta, em parceria da Secult com a Polícia Militar de Minas Gerais e o Ministério Público, por meio da Coordenadoria Estadual das Promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC), entrou em funcionamento a Rede Integrada de Proteção ao Turismo, como forma de proteger visitantes e acervos culturais.
Cultura e negócios
Satisfeito com os resultados e dizendo que tem viajado “10 mil quilômetros por mês” para visitar os municípios, Leônidas explica que 70% do turismo tem a marca da cultura. “A tendência do turismo hoje, no mundo, é liberar. Isso significa procurar localidades menores, como ocorre com a maioria dos municípios, para fazer ecoturismo, andar de bicicleta e outras atividades ao ar livre, não comuns nos grandes centros urbanos.” Para o secretário, todo tipo de entretenimento em Minas remete à rica cultura gastronômica, histórica, sem falar nos atrativos naturais, como as cachoeiras. “Até nosso sotaque, o mineirês, foi reconhecido em pesquisa como o mais atraente entre os solteiros brasileiros.”
“Em todo lugar, no nosso estado, respira-se cultura”, resume Leônidas, lembrando que, este ano, Minas entrou na lista dos 10 destinos mais acolhedores do país, e teve ainda, de acordo com a plataforma de reservas on-line Booking.com, três entre as 10 regiões mais acolhedoras do Brasil. São elas Monte Verde, em Camanducaia, no Sul do estado; Lavras Novas, em Ouro Preto; e Serra do Cipó, que tem parte no município de Santana do Riacho, ambas na Região Central.
A expectativa, agora, é quanto ao distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, candidato ao selo de Melhores Vilas Turísticas do mundo pela Organização Mundial do Turismo (OMT). ”
O governo abre amanhã as inscrições ao Edital Reviva Turismo, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para fomentar o setor turístico no estado. Orçado em R$ 10 milhões, o edital prevê o investimento em 60 projetos, sendo 20 de apoio à comercialização (R$ 80 mil para cada) e 40 de promoção (R$ 210 mil para cada).
Vagas
O emprego também dá sinais de melhora. “Já houve registro de mais de 12 mil novas vagas preenchidas no acumulado do ano. Somente no último mês de agosto, foram registrados mais de 5 mil postos de trabalho ocupados no setor do turismo no estado. O programa Reviva Turismo colocou como meta o aumento de 100 mil empregos na área em 15 meses. Em três, o estado já alcançou, portanto, 12% desse montante.”
BR-040, a nova “Via da Liberdade”
Em comemoração antecipada do bicentenário da Independência do Brasil e do centenário da Semana de Arte Moderna, ambos em 2022, o Palácio das Artes, em Belo Horizonte, será palco, nesta sexta-feira, às 19h30, de um momento importante para Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Antes do show do cantor Diogo Nogueira, será assinado um acordo entre os governadores dos quatros estados para criação da Via Liberdade na rodovia BR-040, que liga o Rio a Brasília (DF).
“Dessa estrada, que na verdade se chama Rodovia Juscelino Kubitschek, vão derivar os Caminhos da Liberdade para levar aos centros turísticos. Paracatu, na Região Noroeste, que tem um patrimônio rico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), será a Porta da Liberdade, enquanto em Juiz de Fora, na Zona da Mata, haverá o Eixo da Liberdade e da Natureza, com destaque para tesouros ambientais, como as serras da Ibitipoca e Negra da Mantiqueira.
Com extensão de 1.179 quilômetros, a rodovia BR-040 atravessa regiões entre montanha e mar, cidades coloniais e imperiais, natureza exuberante, capitais, metrópoles e um cardápio variado de sabores com vários sotaques e para todos os gostos.
Na avaliação do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o elo rodoviário entre os três estados e o DF coincide com oportunidades turísticas e culturais capazes de sintetizar a identidade e a alma do brasileiro. (GW)
BEM-VINDOS
Localidades de Minas Gerais que caíram no gosto dos turistas, e onde os hotéis estão com ocupação plena
Capitólio, no entorno do Lago de Furnas/Sul
Poços de Caldas, no Circuito das Águas/Sul
Paracatu, antiga vila colonial/Noroeste
São Bartolomeu e Lavras Novas, em Ouro Preto/Região Central
Grão Mogol, na Região da Serra do Espinhaço/Norte
Vale do Peruaçu, em Januária/ Norte
Fonte: Leônidas Oliveira, secretário estadual de Cultura e Turismo
Edital lança R$ 10 milhões em marketing
O governo de Minas Gerais abre amanhã as inscrições ao Edital Reviva Turismo, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para fomentar o setor turístico no estado. Orçado em R$ 10 milhões, o projeto representa ainda o fortalecimento das parcerias com o setor privado na estruturação e promoção conjunta da marca Minas como destino. O objetivo, diz o secretário Leônidas Oliveira, é fazer investimentos de marketing para divulgar e promover o potencial turístico do estado, o aumento do número de visitantes e gerar, assim, mais empregos, renda e desenvolvimento socioeconômico.
O edital prevê o investimento em 60 projetos, sendo 20 de apoio à comercialização (R$ 80 mil para cada) e 40 de promoção (R$ 210 mil para cada). Entre as ações de apoio à comercialização, a expectativa é de que sejam criadas ações como famtours (forma de promoção com o objetivo de familiarizar o fornecedor do produto turístico), encontros de negócios, treinamentos e elaboração de roteiros turísticos em conjunto para operadores e agentes de viagens, e criação, produção e divulgação on-line, seguindo a tendência de compra do turista.
Os proponentes deverão ser organizações sociais que trabalham com turismo e tenham produtos turísticos já estruturados. Todos os projetos devem atuar com produtos turísticos mineiros com foco no turismo cultural, de natureza, aventura, gastronômico, rural, de negócios e eventos e cicloturismo. As inscrições ao edital terminam em 8 de novembro. (GW)
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Nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, será assinado o acordo entre os governadores de Minas, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal, para transformar a rodovia BR-O40 na “Via Liberdade”, caminho que atravessa 70% do patrimônio nacional tombado e nove sítios reconhecidos como patrimônio mundial.
Entre os destinos mais procurados pelos turistas em Minas, e hoje com 100% de ocupação nos hotéis, segundo o titular da Secult, o secretário Leônidas Oliveiras, estão Capitólio, no entorno do lago de Furnas, e Poços de Caldas, no Circuito das Águas, ambos no Sul de Minas; Paracatu, no Noroeste; os distritos coloniais de São Bartolomeu e Lavras Novas, em Ouro Preto, na Região Central; e Grão Mogol e o Vale do Peruaçu, com suas famosas cavernas, em Januária e outros municípios do Norte do estado. (Veja o quadro.)
Distrito da histórica Ouro Preto, São Bartolomeu voltou a atrair viajantes
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 15/9/21)
“Não temos do que reclamar, pois este período está sendo muito bom, graças a Deus”, conta a empresária Andréia Costa, uma das proprietárias, junto com a família, da Pousada Recanto Rainha do Lago, na entrada do município de Capitólio. Dedicada ao tradicional passeio para turistas (de lancha e veículo com tração 4x4), a família começou a construção da pousada antes da pandemia, abriu as portas em 7 de setembro e põe fé nos próximos feriados, quando espera todos os leitos ocupados.
O vice-presidente da Associação Comercial de Lavras Novas, em Ouro Preto, Thiago Mol, também se mostra satisfeito com a retomada: “Vivemos um período de restrições, mas sempre houve procura de turistas de todo o país por Lavras Novas. A população daqui é muito unida, entendeu as dificuldades e cumpriu os protocolos sanitários. O movimento voltou ao normal”.
Considerado uma das portas de entrada de Minas e localizado em Confins, na região metropolitana da capital mineira, o aeroporto internacional de Belo Horizonte teve movimentação de 570 mil pessoas em julho de 2019, período pré-pandêmico. Em julho último, o fluxo superou 697 mil turistas, portanto, mais de 127 mil novos viajantes passando pelos portões do terminal.
O programa Reviva Turismo, lançado em maio, quando o setor começou a dar sinais de retomada gradual com o avanço da vacinação no país, busca identificar tendências e promover o estado, seguindo os protocolos de biossegurança. A secretaria estadual estima que nos três primeiros meses de recuperação da atividade, até julho, o turismo em Minas movimentou R$ 600 milhões em tíquete de gastos de turistas.
Com belas cavernas, o Vale do Peruaçu, em Januária, no Norte do estado, volta ao centro das atenções
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“Nos últimos três meses, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas é o estado com maior crescimento (10%) no setor de turismo, o dobro da média nacional”, afirma o secretário Leônidas Oliveira. A razão está, ele esclarece, na política de turismo adotada pelo governo estadual, que inclui marketing, estruturação de destino e, principalmente, segurança pública.
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Satisfeito com os resultados e dizendo que tem viajado “10 mil quilômetros por mês” para visitar os municípios, Leônidas explica que 70% do turismo tem a marca da cultura. “A tendência do turismo hoje, no mundo, é liberar. Isso significa procurar localidades menores, como ocorre com a maioria dos municípios, para fazer ecoturismo, andar de bicicleta e outras atividades ao ar livre, não comuns nos grandes centros urbanos.” Para o secretário, todo tipo de entretenimento em Minas remete à rica cultura gastronômica, histórica, sem falar nos atrativos naturais, como as cachoeiras. “Até nosso sotaque, o mineirês, foi reconhecido em pesquisa como o mais atraente entre os solteiros brasileiros.”
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O governo abre amanhã as inscrições ao Edital Reviva Turismo, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para fomentar o setor turístico no estado. Orçado em R$ 10 milhões, o edital prevê o investimento em 60 projetos, sendo 20 de apoio à comercialização (R$ 80 mil para cada) e 40 de promoção (R$ 210 mil para cada).
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