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Pela primeira vez no transcorrer da pandemia em Minas Gerais, a taxa de transmissão da covid-19 (Rt) no estado oscila com resultado próximo de 1 durante duas semanas. Desde o início de agosto, o indicador varia entre 0,95 e 1,07 o que significa que uma pessoa contaminada pelo novo coronavírus tem potencial para infectar, em média, uma pessoa. Em março, foram registrados os primeiros casos de contaminados, o índice variava entre 1,59 e 5,12, ou seja, uma pessoa infectada tinha potencial para contaminar até 5 outras.
Para os gestores, que usam esse indicador como uma das principais ferramentas para as tomadas de decisões referentes à pandemia, o Rt é o sinal de que o contágio tende à estabilidade. Segundo o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral, o Rt sinaliza que “a estabilização dos dados, além de uma tendência, pode começar a ser o início de uma queda na transmissão”.
Sobre o comportamento do indicador durante a primeira quinzena de agosto, a diretora de Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência da SES-MG, Monique Félix, diz que isso representa “uma certa estabilização no número de novos casos confirmados, uma vez que a cada nova semana estamos observando desaceleração do crescimento do número.
“Contudo, precisamos manter esse Rt abaixo de 1 de forma sustentada. Quando a doença chegou, toda a população estava suscetível a ela. Com o transcorrer da pandemia, a tendência é que o número de pessoas suscetíveis ao vírus vai reduzindo”, esclarece Monique, acrescentando que o “ideal é que Minas mantenha o Rt abaixo de 1”.
Aceleração
O Rt determina a velocidade de propagação de um vírus dentro de determinadas condições, expressando a aceleração do contágio. “É um indicador instantâneo e representa o número médio de pessoas infectadas que cada indivíduo contaminado produziu, ou seja, uma vez contaminada para quantas pessoas vou transmitir”, explica Monique Félix.
Se ele é superior a 1, em média cada indivíduo infectado transmite a doença para mais de uma pessoa. Se é menor, cada vez menos indivíduos se infectam e o número de novos casos retrocede.
A equipe da SES-MG calcula o Rt de Minas por meio da metodologia proposta pelo Imperial College, de Londres. Para conhecimento da pandemia em Minas, a equipe trabalha com a média móvel dos últimos sete dias, já que, dessa forma, as oscilações diárias no quantitativo de casos são corrigidas.
“Com a variação dos dados que ocorre, principalmente nos finais de semana, em que há uma queda no número de casos procedida de um aumento substancial na segunda e terça-feira, optamos por usar a média dos sete dias para evitarmos distorções”, diz Monique. A SES-MG também calcula a taxa de contágio por macrorregião de Saúde para identificar questões de heterogeneidades do estado.
Segundo a diretora, apesar de ser um instrumento importante para as tomadas de decisão, o cálculo do Rt é sensível a pequenos números e qualidade dos dados informados pelos municípios. “Se em algum dia há um volume expressivo de casos confirmados e nos dias subsequentes o município deixa de enviar as informações à SES-MG, o Rt não retrata a realidade. Apesar da importância, o indicador tem limitações”, pondera.
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Para os gestores, que usam esse indicador como uma das principais ferramentas para as tomadas de decisões referentes à pandemia, o Rt é o sinal de que o contágio tende à estabilidade. Segundo o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral, o Rt sinaliza que “a estabilização dos dados, além de uma tendência, pode começar a ser o início de uma queda na transmissão”.
Sobre o comportamento do indicador durante a primeira quinzena de agosto, a diretora de Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência da SES-MG, Monique Félix, diz que isso representa “uma certa estabilização no número de novos casos confirmados, uma vez que a cada nova semana estamos observando desaceleração do crescimento do número.
“Contudo, precisamos manter esse Rt abaixo de 1 de forma sustentada. Quando a doença chegou, toda a população estava suscetível a ela. Com o transcorrer da pandemia, a tendência é que o número de pessoas suscetíveis ao vírus vai reduzindo”, esclarece Monique, acrescentando que o “ideal é que Minas mantenha o Rt abaixo de 1”.
Aceleração
O Rt determina a velocidade de propagação de um vírus dentro de determinadas condições, expressando a aceleração do contágio. “É um indicador instantâneo e representa o número médio de pessoas infectadas que cada indivíduo contaminado produziu, ou seja, uma vez contaminada para quantas pessoas vou transmitir”, explica Monique Félix.
Se ele é superior a 1, em média cada indivíduo infectado transmite a doença para mais de uma pessoa. Se é menor, cada vez menos indivíduos se infectam e o número de novos casos retrocede.
A equipe da SES-MG calcula o Rt de Minas por meio da metodologia proposta pelo Imperial College, de Londres. Para conhecimento da pandemia em Minas, a equipe trabalha com a média móvel dos últimos sete dias, já que, dessa forma, as oscilações diárias no quantitativo de casos são corrigidas.
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Segundo a diretora, apesar de ser um instrumento importante para as tomadas de decisão, o cálculo do Rt é sensível a pequenos números e qualidade dos dados informados pelos municípios. “Se em algum dia há um volume expressivo de casos confirmados e nos dias subsequentes o município deixa de enviar as informações à SES-MG, o Rt não retrata a realidade. Apesar da importância, o indicador tem limitações”, pondera.