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Os Modos de Produção do Queijo Minas Artesanal podem ganhar, em 2024, uma chancela de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade conferida pela Unesco. Durante toda a semana, uma comitiva de integrantes do governo de Minas e de produtores, representados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), foram à 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, para apresentar a iguaria mineira e defender o título ao queijo, que é marca tradicional do Estado.
O trabalho faz parte do movimento iniciado pelos governos estadual e federal para candidatar os modos de fazer o queijo minas artesanal à lista representativa do Patrimônio da Humanidade. A inscrição, que será oficializada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) a partir da documentação apresentada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), deverá ocorrer ainda em dezembro deste ano, conforme o governo do Estado.
Para receber o mérito, a produção do queijo Minas artesanal, no entanto, não vai ser fácil, já que há uma grande concorrência com os produtos produzidos em outros países como Suíça e Itália. Presidente da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal do Sistema Faemg Senar, Frank Mourão Barroso, que esteve em Marrocos, informou que a iguaria mineira foi levada para ser apresentada em Rabat.
“O objetivo da comitiva mineira em Marrocos é sensibilizar os delegados da Unesco, para que, no ano de 2024, o jeito de fazer o queijo minas artesanal, seja chancelado Patrimônio da Humanidade. O projeto vem sendo desenhado para que no próximo ano seja apresentado à Unesco, passando assim, por um processo minucioso de avaliação da comissão e dos delegados com poder de voto”, disse Frank.
De acordo com o representante da Faemg, a concessão da honraria à produção queijeira de Minas pode aumentar a visibilidade sobre o produto. “Desperta a curiosidade e o interesse do público consumidor, não apenas pelo produto, mas pela história, tradição cultural e social”, complementou Barroso. Dentre as agendas realizadas em Marrocos, os representantes de Minas estiveram com representantes das embaixadas do Brasil, Itália, Noruega e Guatemala.
Além da apresentação do queijo Minas e da produção centenária, os encontros também alinhavaram possibilidades de parcerias comerciais para os produtores rurais mineiros. “Em relação à comercialização, temos muito trabalho pela frente, como acordos comerciais e tributação em outros países. Mas com o título teremos mais visibilidade e isso poderá facilitar os trabalhos e as negociações futuras”, disse Frak ao lembrar que a valorização do queijo minas melhora a renda do produtor e trabalhador rural, contribuindo para a geração de emprego e renda.
Capacitação
A busca pelo título de Patrimônio Cultural Imaterial ocorre em conjunto a uma capacitação que o Sistema Faemg Senar implementa com produtores rurais. Frank Barroso contou que por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), os trabalhadores que atuam nas fazendas na produção de queijo vão receber orientações sobre como tornar a atividade um atrativo turístico.
A ideia, conta, é levar conhecimento sobre mão de obra e gestão aos produtores e auxiliar em uma possível criação de estruturas nas propriedades rurais para receber turistas. “Assim o produtor, além da venda do produto, pode passar a trabalhar em sua propriedade com o turismo rural. Recebendo clientes que querem ver de perto a arte tradicional do modo em fazer o queijo com leite cru ao vivo”, detalhou Frank.
Histórico
O modo de fazer o queijo artesanal foi reconhecido primeiramente na região do Serro, em 2002, pelo Iepha, sendo o primeiro bem cultural a ser registrado como patrimônio imaterial no Brasil. No ano de 2008, o “Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal” foi reconhecido nacionalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), contemplando as regiões do Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba.
De acordo com a Lei Estadual nº 23.157 de 18/12/2018, é considerado “Queijo Minas Artesanal o queijo confeccionado conforme a tradição histórica e cultural da região do Estado onde for produzido, a partir do leite integral de vaca fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem, que apresente consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas”.
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Para receber o mérito, a produção do queijo Minas artesanal, no entanto, não vai ser fácil, já que há uma grande concorrência com os produtos produzidos em outros países como Suíça e Itália. Presidente da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal do Sistema Faemg Senar, Frank Mourão Barroso, que esteve em Marrocos, informou que a iguaria mineira foi levada para ser apresentada em Rabat.
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De acordo com o representante da Faemg, a concessão da honraria à produção queijeira de Minas pode aumentar a visibilidade sobre o produto. “Desperta a curiosidade e o interesse do público consumidor, não apenas pelo produto, mas pela história, tradição cultural e social”, complementou Barroso. Dentre as agendas realizadas em Marrocos, os representantes de Minas estiveram com representantes das embaixadas do Brasil, Itália, Noruega e Guatemala.
Além da apresentação do queijo Minas e da produção centenária, os encontros também alinhavaram possibilidades de parcerias comerciais para os produtores rurais mineiros. “Em relação à comercialização, temos muito trabalho pela frente, como acordos comerciais e tributação em outros países. Mas com o título teremos mais visibilidade e isso poderá facilitar os trabalhos e as negociações futuras”, disse Frak ao lembrar que a valorização do queijo minas melhora a renda do produtor e trabalhador rural, contribuindo para a geração de emprego e renda.
Capacitação
A busca pelo título de Patrimônio Cultural Imaterial ocorre em conjunto a uma capacitação que o Sistema Faemg Senar implementa com produtores rurais. Frank Barroso contou que por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), os trabalhadores que atuam nas fazendas na produção de queijo vão receber orientações sobre como tornar a atividade um atrativo turístico.
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Histórico
O modo de fazer o queijo artesanal foi reconhecido primeiramente na região do Serro, em 2002, pelo Iepha, sendo o primeiro bem cultural a ser registrado como patrimônio imaterial no Brasil. No ano de 2008, o “Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal” foi reconhecido nacionalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), contemplando as regiões do Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba.
De acordo com a Lei Estadual nº 23.157 de 18/12/2018, é considerado “Queijo Minas Artesanal o queijo confeccionado conforme a tradição histórica e cultural da região do Estado onde for produzido, a partir do leite integral de vaca fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem, que apresente consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas”.