A avaliação das entidades é de que, por enquanto, não existe "clima" para nova greve e a nota que circulou no sábado não possui representatividade na categoria
Postos de combustíveis já têm longas filas para abastecer na capital, na tarde deste domingo, dia 2. O movimento atípico é provocado pelos rumores de nova paralisação dos caminhoneiros.
Apesar do movimento, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e sindicatos de caminhoneiros de diferentes regiões do País não confirmam a paralisação. A avaliação das entidades é de que, por enquanto, não existe "clima" para nova greve e uma suposta nota sobre a paralisação que circulou no sábado não possui representatividade na categoria.
O movimento nos postos começou na parte da manhã e aumentou ao longo do dia. No final da tarde, vários postos tinham filas de mais de 50 carros.Nas avenidas Cristiano Machado e Silviano Brandão as filas percorrem vários quarteirões. "Ouvi na rádio que a nova greve é fake news, mas por via das dúvidas resolvi encher o tanque. Dá última vez foi um sufoco e prefiro garantir", contou Bruno Nunes Franco, de 35 anos.
No posto Araújo, na Cristiano Machado, o frentista Luiz Mário afirmou que o gerente garantiu que receberá dois caminhões na manha de segunda-feira (3), sem risco de um novo desabastecimento. "Conversei agora com o gerente e amanhã não tem previsão de ficar sem gasolina nem álcool. Talvez com esse grande movimento que está tendo hoje podemos ficar sem até o início da noite, mas amanhã receberemos o combustível normalmente", disse.
Uma das preocupações de muitos motoristas é também com o aumento do preço caso aconteça uma nova greve. "O seguro morreu de velho. Assim que vi a fila se formando resolvi encher o tanque. Provavelmente amanhã esses postos já vão voltar a cobrar mais caro, assim como dá última vez", diz Vanoir Oliveira, de 47 anos.
Com a promessa de aumento do preço do diesel, notícia que o governo divulgou na sexta-feira, voltaram a circular os rumores - baseados em ameaças de lideranças sindicais e associações interessadas na manutenção dos preços reduzidos para os combustíveis fósseis usados no transporte de cargas no Brasil.