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Depois de cinco meses de angústia e 20 horas de viagem, finalmente desembarcaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (AIBH) a pequena Atinuke Pires Akinruli, de 9 anos, e a mãe dela, a psicóloga mineira Laurimar Pires. Atinuke foi sequestrada pelo pai e levada para a Nigéria em janeiro deste ano, após um juiz conceder liminar para que a criança acompanhasse o homem ao país africano.
“Foram os dias mais difíceis da minha vida. Eu estava em um país desconhecido tentando restaurar a minha família, mas não tinha nenhum deles perto de mim. Minha bebê ficou com o meu marido e eu fui sozinha. Foi um período de muita angústia, mas eu tinha claro para mim mesma que eu não voltaria para casa sem a minha filha”, afirma Laurimar.
A intenção agora é retomar a rotina. “Nosso ano começa agora. Atinuke vai voltar para a escola e nós vamos voltar a viver”, diz. No entanto, ela admite que ainda tem medo que o pai da criança possa fazer alguma coisa contra eles. “Sempre terei medo, mas tenho que confiar na Justiça”, pondera.
Michel Olusegun Akinruli, pai de Atinuke, foi preso no país africano na segunda-feira após se entregar às autoridades locais. Em entrevista ao Hoje em Dia, a advogada de Laurimar, Isabel Carolina Lisboa, afirmou que o homem havia fugido quando saiu a ordem de prisão contra ele, em maio deste ano, e só reapareceu porque a irmã dele, tia da criança, foi presa na quinta-feira (13) por ter ajudado no sequestro.
"Ele se entregou para evitar que a irmã continuasse presa, aí apareceu com toda a família", detalha a advogada. Akinruli ficou preso por dois dias e teve que assinar um documento autorizando o retorno da criança ao Brasil com a mãe em troca de sua liberdade.
No entanto, segundo Isabel, mesmo após a prisão na Nigéria, ele continua com status de foragido no Brasil. Aqui, contra Akinruli, correm processos pelos crimes de abdução de incapaz e falsificação. Agora, com a volta da menina, a diferença é que cessou a continuidade do crime, segundo explicou a advogada.
Entenda o caso
O caso do sequestro de Atinuke veio à tona em fevereiro deste ano, quando Laurimar denunciou a ação do pai da menina. De acordo com ela, Michel viajou com Atinuke graças a uma manobra jurídica que permitiu liminarmente que a menina acompanhasse o pai à Nigéria para uma viagem de férias.
"No dia 11 de janeiro ele me mandou uma mensagem comunicando que ela estava na Nigéria, e que inclusive já havia a matriculado em uma escola lá", contou Laurimar na denúncia à época.
Laurimar e Michel tinham a guarda compartilhada de Atinuke em Belo Horizonte, onde o homem vivia há cerca de 10 anos e se apresentava como cônsul da Nigéria, o que foi negado pelo Itamaraty em fevereiro. No fim do ano passado, na véspera do recesso do judiciário, o homem conseguiu uma liminar autorizando a viagem e partiu para seu país natal. Laurimar só ficou sabendo dias depois, quando a criança já estava na África.
Pouco tempo depois, o juiz que concedeu a liminar expediu um pedido de cooperação internacional para o cumprimento de busca, apreensão e retorno da criança.
Em maio deste ano, Akinruli foi incluído na lista de procurados internacionais pela Interpol. A reportagem não conseguiu contato com o nigeriano. (Com Daniele Franco)
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A intenção agora é retomar a rotina. “Nosso ano começa agora. Atinuke vai voltar para a escola e nós vamos voltar a viver”, diz. No entanto, ela admite que ainda tem medo que o pai da criança possa fazer alguma coisa contra eles. “Sempre terei medo, mas tenho que confiar na Justiça”, pondera.
Michel Olusegun Akinruli, pai de Atinuke, foi preso no país africano na segunda-feira após se entregar às autoridades locais. Em entrevista ao Hoje em Dia, a advogada de Laurimar, Isabel Carolina Lisboa, afirmou que o homem havia fugido quando saiu a ordem de prisão contra ele, em maio deste ano, e só reapareceu porque a irmã dele, tia da criança, foi presa na quinta-feira (13) por ter ajudado no sequestro.
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No entanto, segundo Isabel, mesmo após a prisão na Nigéria, ele continua com status de foragido no Brasil. Aqui, contra Akinruli, correm processos pelos crimes de abdução de incapaz e falsificação. Agora, com a volta da menina, a diferença é que cessou a continuidade do crime, segundo explicou a advogada.
Entenda o caso
O caso do sequestro de Atinuke veio à tona em fevereiro deste ano, quando Laurimar denunciou a ação do pai da menina. De acordo com ela, Michel viajou com Atinuke graças a uma manobra jurídica que permitiu liminarmente que a menina acompanhasse o pai à Nigéria para uma viagem de férias.
"No dia 11 de janeiro ele me mandou uma mensagem comunicando que ela estava na Nigéria, e que inclusive já havia a matriculado em uma escola lá", contou Laurimar na denúncia à época.
Laurimar e Michel tinham a guarda compartilhada de Atinuke em Belo Horizonte, onde o homem vivia há cerca de 10 anos e se apresentava como cônsul da Nigéria, o que foi negado pelo Itamaraty em fevereiro. No fim do ano passado, na véspera do recesso do judiciário, o homem conseguiu uma liminar autorizando a viagem e partiu para seu país natal. Laurimar só ficou sabendo dias depois, quando a criança já estava na África.
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Em maio deste ano, Akinruli foi incluído na lista de procurados internacionais pela Interpol. A reportagem não conseguiu contato com o nigeriano. (Com Daniele Franco)