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06:00 - 06/04/2020''A sua casa agora é a grande igreja'': como será a semana santa em tempos de coronavírus
A mensagem on-line de fé substituiu em Montes Claros, município do Norte de Minas com 409,3 mil habitantes o principal ritual religioso desta época do ano. A Procissão do Encontro, realizada tradicionalmente na manhã da Sexta-feira da Paixão, com a participação de milhares de pessoas, deu lugar a uma celebração dentro da Catedral Nossa Senhora Aparecida. O templo estava fechado e com os bancos vazios. Os fiéis acompanharam a celebração pela internet. Situação semelhante à que ocorreu em vários locais do mundo.
Na Procissão do Encontro, os homens saem da catedral, carregando cruzes, tendo à frente a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto as mulheres partem da Matriz de Nossa Senhora e São José, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Nos últimos anos, o “encontro” das imagens ocorreu na Praça Walduck Wanderley, no Bairro São José.
As pregações sobre as 14 estações foram feitas pelo padre Valdomiro Soares Machado (frei Valdo), junto com outros dois sacerdotes, com apenas uma pessoa sendo responsável pelo acompanhamento musical. Durante a pregação, o frei Valdo pediu orações para os trabalhadores da Saúde que atuam na linha de frente no enfrentamento do coronavírus, bem como para os policiais miliares e integrantes do Corpo de Bombeiros.
Destacou ainda a atuação dos profissionais de comunicação nesse período da pandemia. “Vamos rezar para todos que lutam contra esse maldito vírus que atinge o nosso Brasil e o nosso mundo”, conclamou.
Via-sacra on-line
Em entrevista, após a “via-sacra on-line”, frei Valdo disse que a crise do coronavírus deixou um vazio nos templos católicos, mas que, ao mesmo tempo, o isolamento social trouxe uma maior aproximação entre as famílias. “É muito triste ver a igreja vazia, celebrara para os bancos e não ter o povo (presente). Eu tenho certeza que a Procissão do Encontro seria uma riqueza com mais de 6 mil ou 7 mil pessoas nas ruas. Isso, com certeza, deixou um vazio entre nós”, disse o sacerdote.
“Mas isso também serve de lição para todos nós, sobretudo, para que, diante da qualidade dos nossos encontros de hoje, esposa com esposa, pais e filhos, isso vai gerar uma verdadeira vida, uma qualidade de vida, que isso que devemos repensar hoje, nesse silencio total, nessa solidão total, nessa ausência total nas igrejas, mas reforçando a igreja doméstica, a igreja família”, completou.
Frei Valdo lembrou que, aos 72 anos, “jamais” imaginou que viesse a conviver com uma situação como a pandemia da COVID-19. Disse que há mais de 50 anos conviveu com a epidemia da febre amarela, que matou muitas crianças no Norte de Minas. “Agora, chega essa coisa estranha. Talvez, seja até um sinal de Deus para que o mundo melhore um pouco mais, para que as relações melhorem mais entre nós.”
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06:00 - 06/04/2020''A sua casa agora é a grande igreja'': como será a semana santa em tempos de coronavírus
A mensagem on-line de fé substituiu em Montes Claros, município do Norte de Minas com 409,3 mil habitantes o principal ritual religioso desta época do ano. A Procissão do Encontro, realizada tradicionalmente na manhã da Sexta-feira da Paixão, com a participação de milhares de pessoas, deu lugar a uma celebração dentro da Catedral Nossa Senhora Aparecida. O templo estava fechado e com os bancos vazios. Os fiéis acompanharam a celebração pela internet. Situação semelhante à que ocorreu em vários locais do mundo.
Na Procissão do Encontro, os homens saem da catedral, carregando cruzes, tendo à frente a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto as mulheres partem da Matriz de Nossa Senhora e São José, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Nos últimos anos, o “encontro” das imagens ocorreu na Praça Walduck Wanderley, no Bairro São José.
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Via-sacra on-line
Em entrevista, após a “via-sacra on-line”, frei Valdo disse que a crise do coronavírus deixou um vazio nos templos católicos, mas que, ao mesmo tempo, o isolamento social trouxe uma maior aproximação entre as famílias. “É muito triste ver a igreja vazia, celebrara para os bancos e não ter o povo (presente). Eu tenho certeza que a Procissão do Encontro seria uma riqueza com mais de 6 mil ou 7 mil pessoas nas ruas. Isso, com certeza, deixou um vazio entre nós”, disse o sacerdote.
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Frei Valdo lembrou que, aos 72 anos, “jamais” imaginou que viesse a conviver com uma situação como a pandemia da COVID-19. Disse que há mais de 50 anos conviveu com a epidemia da febre amarela, que matou muitas crianças no Norte de Minas. “Agora, chega essa coisa estranha. Talvez, seja até um sinal de Deus para que o mundo melhore um pouco mais, para que as relações melhorem mais entre nós.”