MEIO AMBIENTE

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) participou, de 11 a 13/6, de visita técnica a aldeias indígenas Maxacalis, nos municípios de Teófilo Otoni, Ladainha, Santa Helena de Minas e Bertópolis. A passagem teve como objetivo acompanhar as ações do Projeto Hãmhi - Terra Viva, realizado com os Povos Tikmũ’ũn por iniciativa do Instituto Opaoká e apoiado pelo IEF.

Com a formação de 30 agentes agroflorestais dos povos Tikmũ’ũn são realizados o plantio de quintais agroflorestais, mutirões de plantio de árvores nativas da Mata Atlântica e de matas ciliares e o desenvolvimento de ações de educação ambiental e prevenção, inclusive no combate aos incêndios florestais.

O projeto prevê a recuperação de 150 hectares de mata nativa e de Mata Atlântica, além de 60 quintais agroflorestais. “O IEF doa as mudas e presta apoio técnico na construção de viveiros e quintais agroflorestais”, afirma o supervisor da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio) Nordeste do IEF, em Teófilo, Luiz Cláudio Pena Ferreira.

De acordo com o supervisor, até o momento, o projeto já promoveu o plantio de cerca de 60 hectares de sistemas agroflorestais, reflorestando os cinco territórios Maxacalis e consorciando o plantio de grãos com árvores nativas e frutíferas. “Estes plantios promovem sombras, protegem os rios e recuperam a umidade do solo, combatendo o aquecimento da temperatura”, frisou.

Replantio  

A equipe é composta por cinco coordenadores técnicos e administrativos, antropólogos, etnomusicólogos, indigenistas, pedagogos, além de cinco assessores de campo, especialistas em agroflorestas. Esses profissionais realizam ações para capacitação para o plantio, manejo e a formação de técnicos. 

Cada agente agroflorestal Tikmũ’ũn recebe um kit de equipamentos agrícolas, bem como mudas e insumos para o plantio. Para construir a sustentabilidade desta ação foram construídos três viveiros-escola e uma rede de coletoras e coletores de sementes está em construção. Cada viveiro abriga hoje mais de 12 mil mudas de diversas espécies nativas.

Após um ano da implantação já foram construídos mais de 30 quintais agroflorestais, além de mais de 50 hectares de reflorestamento de Mata Atlântica, o que proporciona a garantia de oferta hídrica e da subsistência dos povos Maxakali na região. “O projeto está sendo um sucesso e melhorando muito a vida dos indígenas”, disse Luiz Cláudio Pena.