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A Fundação Ezequiel Dias (Funed), do Governo de Minas, foi formalizada pelo Ministério da Saúde (MS) como Laboratório de Referência Nacional para febre maculosa e outras riquetsioses. Na prática, a Funed será responsável por dar suporte às análises realizadas em todo o país, orientar acerca da vigilância epidemiológica e ambiental, além de capacitar profissionais para implantar esses diagnósticos.
Há mais de uma década, a Funed, como Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), já atua como referência regional na Rede Laboratorial de Febre Maculosa e outras Riquetsioses. Nos últimos meses, a instituição vinha realizando análises e oferecendo treinamentos e capacitações para 18 estados brasileiros, além de dar suporte ao Ministério da Saúde na área.
“A Funed já atendia aos requisitos e realizava atividades compatíveis com Laboratório de Referência Nacional em atendimento às demandas do SUS de grande parte do país. Portanto, a instituição já está apta, sem a necessidade de adaptação estrutural ou treinamentos”, explica a referência técnica do Laboratório de Riquetsioses e Hantavirose, Ana Íris Duré.
Demanda
As principais demandas por análises nesta área são de Minas Gerais, seguida por Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Tocantins e Goiás. Cerca de 97% dos pedidos são para o diagnóstico de febre maculosa, 2,5% de bartonelose e 0,5% de febre Q. Entre 2019 inteiro e 2020 (janeiro a novembro), a fundação processou 3.350 amostras por meio de exame sorológico e biologia molecular.
Como Referência Nacional, o atendimento da Funed deve aumentar em 20%, considerando que a fundação já atendia a maior parte do país. A nova posição deve aumentar o número de capacitações e treinamentos oferecidos aos demais laboratórios em análises diferenciais para outras riquetsioses e também deve ampliar o número de notificações e relatórios feitos pela instituição.
“Esse reconhecimento beneficia diretamente a população, pois possibilita o aumento do repasse de recursos financeiros para aquisição de equipamentos mais robustos, implantação de novas metodologias e diagnósticos complementares para melhor atendimento às demandas do SUS”, aponta Ana Íris Duré.
Vigilância intensificada
Segundo o diretor do Instituto Octávio Magalhães (IOM), Glauco Carvalho, responsável pelo trabalho na Funed, a atuação está em consonância com o projeto da fundação de fortalecer as iniciativas promovidas pelo Ministério da Saúde. “O objetivo é intensificar a vigilância ambiental e epidemiológica, bem como aprimorar o conhecimento sobre as áreas consideradas silenciosas para a febre maculosa e para outras doenças transmitidas e/ou veiculadas por carrapatos no Brasil”, explica.
Relevância
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa e outras riquetsioses – quaisquer doenças infecciosas causadas por bactérias da família Rickettsiaceae e transmitidas por carrapatos, ácaros ou piolhos – têm sido registradas em áreas urbanas e rurais no Brasil. A maioria dos casos é oriunda dos estados das regiões Sul e Sudeste.
O diagnóstico clínico da febre maculosa é complexo e a sua sintomatologia se confunde com outros agravos. Em casos de suspeita, o médico deve iniciar o tratamento com antibióticos em regime de urgência até a conclusão do diagnóstico laboratorial. Para isso, é fundamental ter uma rede laboratorial fortalecida e descentralizada, capaz de realizar o mapeamento epidemiológico da doença.
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Há mais de uma década, a Funed, como Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), já atua como referência regional na Rede Laboratorial de Febre Maculosa e outras Riquetsioses. Nos últimos meses, a instituição vinha realizando análises e oferecendo treinamentos e capacitações para 18 estados brasileiros, além de dar suporte ao Ministério da Saúde na área.
“A Funed já atendia aos requisitos e realizava atividades compatíveis com Laboratório de Referência Nacional em atendimento às demandas do SUS de grande parte do país. Portanto, a instituição já está apta, sem a necessidade de adaptação estrutural ou treinamentos”, explica a referência técnica do Laboratório de Riquetsioses e Hantavirose, Ana Íris Duré.
Demanda
As principais demandas por análises nesta área são de Minas Gerais, seguida por Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Tocantins e Goiás. Cerca de 97% dos pedidos são para o diagnóstico de febre maculosa, 2,5% de bartonelose e 0,5% de febre Q. Entre 2019 inteiro e 2020 (janeiro a novembro), a fundação processou 3.350 amostras por meio de exame sorológico e biologia molecular.
Como Referência Nacional, o atendimento da Funed deve aumentar em 20%, considerando que a fundação já atendia a maior parte do país. A nova posição deve aumentar o número de capacitações e treinamentos oferecidos aos demais laboratórios em análises diferenciais para outras riquetsioses e também deve ampliar o número de notificações e relatórios feitos pela instituição.
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Vigilância intensificada
Segundo o diretor do Instituto Octávio Magalhães (IOM), Glauco Carvalho, responsável pelo trabalho na Funed, a atuação está em consonância com o projeto da fundação de fortalecer as iniciativas promovidas pelo Ministério da Saúde. “O objetivo é intensificar a vigilância ambiental e epidemiológica, bem como aprimorar o conhecimento sobre as áreas consideradas silenciosas para a febre maculosa e para outras doenças transmitidas e/ou veiculadas por carrapatos no Brasil”, explica.
Relevância
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa e outras riquetsioses – quaisquer doenças infecciosas causadas por bactérias da família Rickettsiaceae e transmitidas por carrapatos, ácaros ou piolhos – têm sido registradas em áreas urbanas e rurais no Brasil. A maioria dos casos é oriunda dos estados das regiões Sul e Sudeste.
O diagnóstico clínico da febre maculosa é complexo e a sua sintomatologia se confunde com outros agravos. Em casos de suspeita, o médico deve iniciar o tratamento com antibióticos em regime de urgência até a conclusão do diagnóstico laboratorial. Para isso, é fundamental ter uma rede laboratorial fortalecida e descentralizada, capaz de realizar o mapeamento epidemiológico da doença.