COVID-19

Apenas 41,9% da população apta a ser vacinada tomou a segunda aplicação de reforço, ou quarta dose, em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, a parcela da população com a quarta dose em dia é menor que 20%.


Assim como em todo o mundo, Minas Gerais vive uma escalada da COVID em novembro. De acordo com o boletim epidemiológico mais recente divulgado pelo estado, os casos positivos da doença subiram 652% em relação a uma semana atrás. 

Belo Horizonte segue a mesma tendência de aumento da doença. Em uma semana, segundo os dados divulgados na sexta pela prefeitura, os testes positivos passaram de 636 para 1.243.

Na sexta-feira (18/11), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou os dois primeiros casos da subvariante BQ1.1 da Ômicron em Minas, que tem provocado uma nova onda de casos de COVID-19 em todo o mundo. 

As amostras foram analisadas pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os casos confirmados são de um homem de 26 anos e de uma mulher de 24, ambos moradores da capital. Eles fizeram os testes entre 25 de outubro e 1º de novembro.

Em nota, a SES informou que “ações de vigilância para investigação e monitoramento desses casos e seus contatos já foram iniciados”. Informada pela pasta sobre a circulação da variante na capital, na tarde da última sexta-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ressaltou que, até o momento, a BQ.1 não foi identificada em nenhum teste realizado na rede pública municipal. 

O estado também alerta sobre a necessidade imediata de complementar o esquema vacinal com todas as doses de reforço, uma vez que a imunização tem se mostrado eficaz na proteção contra o vírus.

Vacinação infantil


Na última quinta-feira (17/11), Belo Horizonte começou a vacinação contra a COVID-19 para crianças com comorbidades de 6 meses a 2 anos. Ao todo, nove Centros de Saúde, um de cada regional da capital mineira, recebeu repasses da Pfizer pediátrica para o atendimento do grupo convocado, que corresponde a 4,6% do total de 61.740 bebês da faixa etária na cidade. 

Segundo os dados da PBH, apenas 25% do público alvo da vacinação de crianças de 3 e 4 anos recebeu a primeira dose. Das crianças entre 5 e 11 anos, 86,5% receberam a primeira dose, mas somente 65,2% voltou para tomar a segunda dose do imunizante. 

Público geral


Ao todo, 96% da população de BH tomou a primeira dose do imunizante contra a COVID. 88,7% voltou para tomar a segunda dose e 72,7% tomou a terceira, mas somente 19,4% se vacinou com a quarta dose.

 

Em Minas Gerais, 88,26% tomou a primeira dose da vacina. 83,45% retornou aos pontos de vacinação para tomar a segunda dose e 63,58% tomou a terceira. Mas somente 41,97% estão com a quarta dose em dia. 

Outras medidas de proteção 


A elevação do número de pacientes levou a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) a voltar com a obrigatoriedade do uso das máscaras no transporte público, estações de ônibus e de metrô, veículos escolares, táxis e carros de aplicativos.

A medida, inclusive, é defendida pelas autoridades de saúde do estado. Depois da confirmação dos casos da subvariante BQ1.1, a SES emitiu nota informativa reforçando a necessidade dos cuidados para evitar a COVID-19. Além do EPI, lavagem das mãos e álcool em gel devem fazer parte da rotina da população.

A primeira morte em decorrência de contaminação pela BQ.1 no Brasil foi de uma moradora de São Paulo, de 72 anos, que tinha comorbidades e recebeu somente três doses contra a COVID-19.