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Recursos para humanizar a assistência aos pacientes com covid-19 internados no Hospital Eduardo de Menezes (HEM), as videochamadas e o uso de pranchas de comunicação alternativa trazem impactos positivos para a saúde de homens e mulheres atendidos na unidade. A instituição da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) é a primeira de Minas dedicada exclusivamente ao tratamento do coronavírus.
"Essa comunicação com os parentes nos fortalece. A preocupação com a gente foi tanta, que eles fizeram isso. Parecia que eu estava em casa, de tanto amor que recebi. Tenho muita vontade de viver", conta o aposentado Luiz Viana, 67 anos. Com a videochamada, ele conseguiu se comunicar com a esposa, Ana Maria, praticamente todos os dias ao longo de duas semanas em que esteve internado, em estado grave no HEM.
A esposa, que também testou positivo para a covid-19, mas não precisou ser internada e permaneceu em isolamento em casa, diz que foi a primeira vez que ficou tanto tempo longe do marido. Segundo Ana Maria, as visitas virtuais ajudaram a reduzir a saudade, a ansiedade e o sofrimento, porque ela podia acompanhar, mesmo de longe, a evolução do quadro de saúde de Luiz.
Humanizar
As visitas virtuais foram adotadas em abril, por iniciativa da médica coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Teresa Barros. O objetivo é humanizar o atendimento aos familiares, devido à suspensão das visitas presenciais - medida de segurança necessária em razão da alta transmissibilidade do novo coronavírus. Os aparelhos utilizados (celulares e tablet) foram doados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por uma empresa privada e por uma pessoa física.
A iniciativa atendeu aos pedidos dos familiares que, até então, recebiam notícias sobre o quadro de saúde do paciente por meio de ligações dos médicos. A coordenadora de Serviço Social, Psicologia e Terapia Ocupacional do Setor de Internação, Carla Adriana Martins, destaca que os os profissionais também são beneficiados com a experiência, pois se sentem confortados por ajudar a amenizar a angústia dos pacientes e de seus familiares.
Todos os dias
As videochamadas são realizadas todos os dias, no período da tarde e da noite. Normalmente, são feitas pelo Serviço de Psicologia e, em algumas situações, de forma conjunta com o Serviço Social. Os aparelhos são desinfectados antes e após sua utilização.
As visitas virtuais ocorrem somente após o contato prévio com a família, como explica Carla Martins. “Fazemos isso para organizarmos o melhor o horário e também possibilitar o preparo emocional, tanto do paciente, quando está lúcido e orientado, quanto do familiar", conta.
Pranchas
As pranchas de comunicação alternativa começaram a ser usadas no início de junho, quando o Hospital Eduardo de Menezes recebeu 34 kits enviados pela SES-MG. Os materiais trazem símbolos gráficos que permitem ao paciente comunicar sentimentos, elaborar perguntas simples, responder a questionamentos e fazer pedidos. Ao apontar para símbolos ou letras nos cartões, ele pode formar pequenas frases ou indicar suas necessidades à equipe que o acompanha.
O HEM foi o primeiro hospital de Minas a adotar esse tipo de prancha com pacientes acometidos pela forma grave da covid-19 e que estão utilizando ventiladores mecânicos ou outros procedimentos que limitam ou impedem a comunicação oral.
O material, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi impresso pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia da 6ª Região (Crefono6) e é distribuído pela secretaria em hospitais, no Serviço de Atendimento Móvel a Urgências e em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) mineiras que atendem pacientes com covid-19.
Emoção
De acordo com a fonoaudióloga Viviane Bessa, que coordena o uso das pranchas no Hospital Eduardo de Menezes, os kits estão sendo bem recebidos entre a equipe. "Cheguei a me emocionar ao atender um paciente que está em uso de traqueostomia e ninguém conseguia entendê-lo. Ele chorou muito ao conseguir se comunicar por meio da prancha. As pranchas trouxeram um impacto muito positivo ao nosso trabalho", revela a profissional.
Ao adotar essa alternativa, os profissionais buscam estabelecer um elo efetivo de comunicação entre a equipe assistencial e o paciente para proporcionar um atendimento acolhedor e humanizado. O uso da prancha permite também reduzir o impacto da internação e diminuir a ansiedade do paciente, como destaca a fonoaudióloga.
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"Essa comunicação com os parentes nos fortalece. A preocupação com a gente foi tanta, que eles fizeram isso. Parecia que eu estava em casa, de tanto amor que recebi. Tenho muita vontade de viver", conta o aposentado Luiz Viana, 67 anos. Com a videochamada, ele conseguiu se comunicar com a esposa, Ana Maria, praticamente todos os dias ao longo de duas semanas em que esteve internado, em estado grave no HEM.
A esposa, que também testou positivo para a covid-19, mas não precisou ser internada e permaneceu em isolamento em casa, diz que foi a primeira vez que ficou tanto tempo longe do marido. Segundo Ana Maria, as visitas virtuais ajudaram a reduzir a saudade, a ansiedade e o sofrimento, porque ela podia acompanhar, mesmo de longe, a evolução do quadro de saúde de Luiz.
Humanizar
As visitas virtuais foram adotadas em abril, por iniciativa da médica coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Teresa Barros. O objetivo é humanizar o atendimento aos familiares, devido à suspensão das visitas presenciais - medida de segurança necessária em razão da alta transmissibilidade do novo coronavírus. Os aparelhos utilizados (celulares e tablet) foram doados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por uma empresa privada e por uma pessoa física.
A iniciativa atendeu aos pedidos dos familiares que, até então, recebiam notícias sobre o quadro de saúde do paciente por meio de ligações dos médicos. A coordenadora de Serviço Social, Psicologia e Terapia Ocupacional do Setor de Internação, Carla Adriana Martins, destaca que os os profissionais também são beneficiados com a experiência, pois se sentem confortados por ajudar a amenizar a angústia dos pacientes e de seus familiares.
Todos os dias
As videochamadas são realizadas todos os dias, no período da tarde e da noite. Normalmente, são feitas pelo Serviço de Psicologia e, em algumas situações, de forma conjunta com o Serviço Social. Os aparelhos são desinfectados antes e após sua utilização.
As visitas virtuais ocorrem somente após o contato prévio com a família, como explica Carla Martins. “Fazemos isso para organizarmos o melhor o horário e também possibilitar o preparo emocional, tanto do paciente, quando está lúcido e orientado, quanto do familiar", conta.
Pranchas
As pranchas de comunicação alternativa começaram a ser usadas no início de junho, quando o Hospital Eduardo de Menezes recebeu 34 kits enviados pela SES-MG. Os materiais trazem símbolos gráficos que permitem ao paciente comunicar sentimentos, elaborar perguntas simples, responder a questionamentos e fazer pedidos. Ao apontar para símbolos ou letras nos cartões, ele pode formar pequenas frases ou indicar suas necessidades à equipe que o acompanha.
O HEM foi o primeiro hospital de Minas a adotar esse tipo de prancha com pacientes acometidos pela forma grave da covid-19 e que estão utilizando ventiladores mecânicos ou outros procedimentos que limitam ou impedem a comunicação oral.
O material, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi impresso pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia da 6ª Região (Crefono6) e é distribuído pela secretaria em hospitais, no Serviço de Atendimento Móvel a Urgências e em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) mineiras que atendem pacientes com covid-19.
Emoção
De acordo com a fonoaudióloga Viviane Bessa, que coordena o uso das pranchas no Hospital Eduardo de Menezes, os kits estão sendo bem recebidos entre a equipe. "Cheguei a me emocionar ao atender um paciente que está em uso de traqueostomia e ninguém conseguia entendê-lo. Ele chorou muito ao conseguir se comunicar por meio da prancha. As pranchas trouxeram um impacto muito positivo ao nosso trabalho", revela a profissional.
Ao adotar essa alternativa, os profissionais buscam estabelecer um elo efetivo de comunicação entre a equipe assistencial e o paciente para proporcionar um atendimento acolhedor e humanizado. O uso da prancha permite também reduzir o impacto da internação e diminuir a ansiedade do paciente, como destaca a fonoaudióloga.