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string(80) "BH: Sindicato dos motoristas aponta que greve poderá estender para quarta-feira"
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string(4649) "A greve dos motoristas do transporte público de Belo Horizonte está em seu segundo dia de paralisação. Nesta terça-feira (23), o sindicato dos trabalhadores e representantes das empresas de transporte irão se reunir novamente às 14h30. Se não sair um acordo que atenda aos motoristas, a greve irá se estender na quarta-feira (24).
Enquanto um acordo não seja costurado, os motoristas manterão a paralisação. Só depois de uma proposta é que a categoria irá se reunir para decidir se voltam ou não ao trabalho.
"Não há como fechar mais uma convenção coletiva com 0% de reajuste. Hoje terá uma reunião às 14h30. A gente espera que tenha um avanço. E, avançando nessa reunião, o sindicato convocaria uma assembleia para que os trabalhadores decidam. Sem isso não tem como interromper a greve", aponta o a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH).
Ainda segundo o sindicato dos trabalhadores, caso se chegue em um acordo com o SetraBH, a assembleia seria realizada na manhã de quarta-feira (24). E com um aval dos trabalhadores o retorno dos ônibus pode ocorrer no início da tarde.
Queda de braço
As duas categorias travam uma queda de braço, que provoca um caos na mobilidade em Belo Horizonte. Os motoristas reivindicam reajuste salarial, que está congelado há três anos, dentre outras solicitações. Já o SetraBH, sindicato que representa as empresas de transporte, afirma que o setor vive uma crise sem precedentes e que não pode conceder aumento e nem atender às demais reivindicações.
Na reunião realizada na segunda-feira (22), o SetraBH aponta que não consegue custear as despesas. "Em outubro, tivemos um gasto de R$ 27 milhões só com óleo diesel, sem contar os gastos com pessoal, manutenção e demais despesas. A receita foi de R$ 64 milhões, sendo que seria necessário pelo menos R$ 100 milhões, ainda sim sem lucro", exemplifica o sindicato patronal.
Na outra ponta, os motoristas alegam que suas contas também não fecham e que o reajuste salarial é emergente. "A greve irá permanecer até que seja sinalizada uma proposta ou até o reinício das negociações com alguma perspectiva, pois eles (SetraBH) decretaram o impasse. Disseram que é 0% e não teria mais conversa", afirma o STTRBH.
Executivo
O SetraBH também cobra participação da PBH e também da BHTrans. Segundo o sindicato patronal, o poder executivo tem tratado a greve como um assunto em empresa privada e seus colaboradores. "A prefeitura precisa participar desse debate. Inclusive levamos para a reunião a proposta de criação de uma compensação extra-tarifária, na qual um percentual poderia ser utilizado para o reajuste dos salários", sugere o SetraBH.
A compensação extra-tarifária, segundo as empresas de transporte, é um subsídio que já é aplicado em várias cidades no mundo todo. Trata-se de uma fonte de recursos que poderia vir de multas de trânsito, assim como ampliação do espaço de publicidade nos veículos e até mesmo uma taxa mínima de infraestrutura, na casa de centavos, como é cobrado pelas prestadoras de serviços de água, luz e telefonia.
Segundo o Setra BH, esse recurso extra tornaria a cobrança mais justa. "A compensação extra-tarifária é aplicada em cidades como São Paulo, Curitiba e na região metropolitana de Vitória. Em Paris, ela corresponde a 60% do valor da tarifa. Hoje toda receita é obtida com a tarifa, e quando há reajuste será cobrada da pessoa de baixa renda", pontua o SetraBH.
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"Não há como fechar mais uma convenção coletiva com 0% de reajuste. Hoje terá uma reunião às 14h30. A gente espera que tenha um avanço. E, avançando nessa reunião, o sindicato convocaria uma assembleia para que os trabalhadores decidam. Sem isso não tem como interromper a greve", aponta o a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH).
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As duas categorias travam uma queda de braço, que provoca um caos na mobilidade em Belo Horizonte. Os motoristas reivindicam reajuste salarial, que está congelado há três anos, dentre outras solicitações. Já o SetraBH, sindicato que representa as empresas de transporte, afirma que o setor vive uma crise sem precedentes e que não pode conceder aumento e nem atender às demais reivindicações.
Na reunião realizada na segunda-feira (22), o SetraBH aponta que não consegue custear as despesas. "Em outubro, tivemos um gasto de R$ 27 milhões só com óleo diesel, sem contar os gastos com pessoal, manutenção e demais despesas. A receita foi de R$ 64 milhões, sendo que seria necessário pelo menos R$ 100 milhões, ainda sim sem lucro", exemplifica o sindicato patronal.
Na outra ponta, os motoristas alegam que suas contas também não fecham e que o reajuste salarial é emergente. "A greve irá permanecer até que seja sinalizada uma proposta ou até o reinício das negociações com alguma perspectiva, pois eles (SetraBH) decretaram o impasse. Disseram que é 0% e não teria mais conversa", afirma o STTRBH.
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O SetraBH também cobra participação da PBH e também da BHTrans. Segundo o sindicato patronal, o poder executivo tem tratado a greve como um assunto em empresa privada e seus colaboradores. "A prefeitura precisa participar desse debate. Inclusive levamos para a reunião a proposta de criação de uma compensação extra-tarifária, na qual um percentual poderia ser utilizado para o reajuste dos salários", sugere o SetraBH.
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